Análise

O MEU PAÍS II – REFLEXÃO ACADÉMICA

“Tenho acompanhado o Programa Nós Por Lá, do “Jerónimo Moniz e Nilton Medeiros”, e francamente, do que tenho visto e ouvido, noto, que as coisas se começam a mudar; as pessoas, já começam a ver o seu país, (S. Tomé) de forma diferente; falam, dizem o que pensam, fazem apelos diversos aos governantes, exigem mais dos mesmos, é, uma forma de participação.

O MEU PAÍS II

REFLEXÃO ACADÉMICA

Eugénio Tiny

– De volta –, cá estou eu novamente, para dar continuidade a minha reflexão anterior, sob o título, “O Meu País”:

Mas, antes de tudo, quero agradecer a todos aqueles que consideraram de útil a minha reflexão política sobre “S. TOMÉ E PRINCIPE”, no quadro do trigésimo oitavo aniversário da sua independência.

– Não é, a primeira vez, que me debruço, cuidadosamente, sobre actividades reflexivas em jeito académico, (como bem, tenho sublinhado), relativas aos diferentes assuntos políticos nacionais. As minhas aventuras nessas lides já datam, de algum tempo a esta parte: as várias “Reflexões e Opiniões” que, no entretanto, fui produzindo, foram publicadas a seu tempo, no JORNAL O PAÍS, (“A ERA DO PETRÓLEO”, um Editorial afeto ao IUCAI, INSTITUTO UNIVERSITÁRIO, DE CONTABILIDADE, ADMINISTRAÇÃO E INFORMÁTICA): Infelizmente, nem sempre, os textos de suporte, foram produzidas com a qualidade mais desejada, quer, do ponto de vista da gráfica e da grafia, como até, dos seus próprios conteúdos, que, reconheço, deverem ser, constantemente melhorados. Assim, por exemplo, dentre as reflexões e opiniões já publicadas, destaco as seguintes: “O ESTADO DO DIREITO”, “A POLÍTICA E OS PARTIDOS POLÍTICOS”, “CONTRIBUIÇÃO PARA AS PRISIDENCIAIS 2011, I e II”, “OPINIÃO SOBRE A CIDADE S. TOMÉ”, “OPINIÃO SOBRE A TAXA DA JUSTIÇA EM S. TOMÉ E PRÍNCIPE”, “REFLEXÃO SOBRE A NECESSIDADE DE UMA NOVA DIVISÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA DO PAÍS” e “SOBRE A AUTORIDADE DO ESTADO”, “A JUSTIÇA EM S. TOMÈ E PRINCIPE”, O COMÉRCIO EM S. TOMÉ E PRÍNCIPE, I, II e III, DESLOCAÇÃO AO EXTERIOR DO SENHOR PRIMEIRO MINISTRO, CHEGADA AO PAÍS DO SENHOR PRIMEIRO MINISTRO, “O MEU AVÔ e a má-língua sobre ele,” (ver o “J. O País Digital”), etc.

Todavia, o mais importante, (entendo eu), é, que possa de forma livre, “sublinho”, e liberal, continuar a dizer o que penso, independentemente, de quaisquer outros juízos, que se podem fazer sobre os mesmos factos, e, ou, assuntos, contanto que, essas reflexões, (opiniões, ou outras, que sejam), contribuam de alguma forma, para o bem geral; é, muito bom, e até mesmo desejável, que seja assim: ora, sempre pensei deste modo, e também, na verdade, por esta atitude, sou muitas vezes, incompreendido e censurado; é, normal! A luz e a escuridão, só são inimigas temporárias. Uma não vive sem a outra:

– Mas, tenho perguntado a mim mesmo, para o meu próprio reconforto: – o que me importa isto –, se o bem-estar geral, tem vindo a ser apenas, a sombra da sua realidade projectada? Que perderia em presença de quaisquer criticas? Nada, nada…

– Senhor leitor, – perdoe-me! Não, não posso responder a sua pergunta relativamente à posição dos Partidos Políticos, MLSTP/PSD, PCD, MDFM/PL, no seio da actual TROIKA, porque não é, esse, o meu objectivo principal: seria considerado “presunçoso”, e, à luz da minha própria experiência da vida, (não desejo, de modo algum, esta “tara” para minha carroçaria que é pequena por demais. O que lhe posso todavia dizer, para que você faça o seu próprio juízo é, que, o peso que tem cada Partido Político na cena política são-tomense, seja ela, no quadro duma”TROIKA, como é, o caso”, não está só, na proporção relativa a sua representação parlamentar, mas sim, no de figuras que os compõem em cada momento: assim, por exemplo: – pode chegar a chefia do governo, quem o povo ignorou nas urnas, e não seria, a primeira vez, e, como vão as coisas, “Parlamento e o Governo”, agora, legitimadíssimos, pela ADI, pouco espero, que seja à última. O Dr. Patrice Emeri Trovoada foi também Chefe do Governo, em substituição do Eng. Tomé Vera Cruz, quando não tinha sido o seu Partido vencedor das eleições… Mas, devo, por razões de justiça esclarecer, que o seu partido, tinha representação parlamentar; o que, ainda assim, não valida, em condições normais, e de competitividade democrática, o “facto político realizado”. E foi ainda pior, o seu desfecho, através da recorrente Moção de Censura. Portanto,” neste particular tão bestial”, não quero dizer mais nada, porque a promiscuidade nesta esfera, tem sido, de tal ordem, que ninguém, (dos envolvidos), pode atirar a primeira pedra…

Karl Popper – disse na sua Obra, Conjecturas e Refutações –, cito, não há fontes últimas do conhecimento. Todas as fontes, todas as sugestões são bem-vindas, fim de citação: Quero mais, do que simples resposta, a sua pergunta;  – quero, que através dos factos, por mim apresentados no, “O MEU PAÍS”, “você” faça, à sua própria reflexão –, e, de modo que, se for possível, se possa constituir, uma corrente espiritual reflexiva sobre o país, capaz, de influenciar os corações das mulheres e dos homens, (principalmente, daqueles que governam), para feitos políticos e sociais mais promissores.

Como? É pois, a pergunta que amiúde se colocam:

– Por exemplo: tenho acompanhado o Programa Nós Por Lá, do “Jerónimo Moniz e Nilton Medeiros”, e francamente, do que tenho visto e ouvido, noto, que as coisas se começam a mudar; as pessoas, já começam a ver o seu país, (S. Tomé) de forma diferente; falam, dizem o que pensam, fazem apelos diversos aos governantes, exigem mais dos mesmos, é, uma forma de participação. Ao nível interno, há também movimentações diversas, manifestações de desagrados etc. ; há dias, fiquei muitíssimo satisfeito, quando vi na Televisão Nacional, um cidadão, chamando a atenção das autoridades, para a necessidade urgente, de se proceder a remoção de um gerador, ignorantemente instalado, de forma, a não só, obstruir a visibilidade ampla, de um Quadro, produto do trabalho conjunto, do saudoso artista plástico moçambicano, Malangatana e são-tomenses, como também, o da sua própria destruição, através dos derrames dos lubrificantes e fumos do escape; é, uma outra forma de participação.

Note-se: Aristóteles criticou Platão, “seu mestre”, porque achou ele, que este, (Platão), tivera muito boas intenções, sobre a cidade ideal, mas, nenhuma experiência governativa de ser realçada; (não ter governado): porém, ainda assim, não o deixou de elogiar, quanto, ao alcance na época, dos seus ideais, porque, acreditava, (em 384-322 a.C.), como acredito também hoje, (em 2013 – 07-31), que os espíritos dos bons hábitos e costumes, (numa palavra, espíritos inteligentes), não deixarão de reaparecer, (de forma muito particular e ímpar), na consciência de algumas mulheres e de alguns homens, para a sua eventual construção; (Um País melhor).

Com isto, penso ter chegado ao aspecto crucial da minha anterior reflexão:

– Ao aceitar-se a ideia aristotélica, provinda da antiguidade clássica sobre a individualidade ímpar de cada ser humano, “hodiernamente comprovada pela ciência”, e, se, se juntar a esta ideia, uma outra, “noutros termos”, de que o País não se compõe apenas de uma multidão de homens, (mulheres e homens), mas de espécies diferentes de homens; e ainda, de que ele, (o País), não subsistiria se todos eles, (mulheres e homens), fossem semelhantes e iguais; então, num estado de raciocínio assente na lógica, se punha, (ou se podia colocar, como, seria óbvio e natural), a seguinte pergunta: como se deve posicionar, quando a vontade da maioria é, simplesmente ignorada e desprezada, e imposta uma outra unipessoal, ou de outra índole, “egoística”?

Certamente, que numa situação destas, geram-se máculas espirituais, por virtudes das várias expectativas “ naturais”, goradas e não concretizadas.

Mas, o que é mais grave, e “TODO POLÍTICO, OU INICIADO DA POLÍTICA” precisam sabê-lo, – a ninguém, por mais douto que seja, a natureza, (DEUS), conferiu o poder omnisciente de, por antecipação, destino político, ou qualquer outro, de precedência “ontogénica” –, “que só a ela cabe saber”, reservado a cada indivíduo, no seu individual, dentro de uma sociedade.

Por isso, aceite-se, ou não, na política, pela sua importância, na determinação da prossecução complexa da vida colectiva, (daí o seu nascimento primeiro que todos os outros ramos do saber humano conhecido), qualquer procedimento no sentido contrário é, presunçoso, gera máculas espirituais graves, e quase sempre, pagos por custos elevadíssimos; “nalguns países, com guerras e assassinatos, noutros, como, no nosso, em perdas do dinheiro, estagnação, desorganização, “invejas entronizada” fugas de cérebros e outras mazelas mais”, porque, a vida em sociedade não pára.

– Deste modo, para que o caminho se abra, há que pagar as máculas, (erros cometidos), duma forma ou doutra; eis, por conseguinte, acredito piamente, as causas de alguns desperdícios financeiros recentes, em S. Tomé e Príncipe. Nada, acontece por acaso!

Então, porque ninguém possui a faculdade universal da verdade, há que deixar a natureza fazer o seu percurso, fazer a sua própria selecção, porque dela sim, tem-se, firme certeza, de que não se engana nunca.

S. Tomé e Príncipe, como país independente, precisa de fazer o seu ajuste de contas com o passado recente:

– O Governo da Região Autónoma do Príncipe, liderado pelo senhor Eng.º Téc. To Zé Cassandra, curiosamente, para a minha surpresa, (resulta daí, o pragmatismo aristotélico, sobre a existência da diferença ímpar, entre os homens), apercebeu-se disso, não sei como, e fê-lo temerário, mas deu, corajosamente, o seu primeiro, passo; torna-se necessário, “na minha modesta reflexão académica”, avançar mais e rapidamente, para que se possa remover os obstáculos espirituais que, se não vê, infelizmente, mas que se têm, constituído, em fortes entraves para o desenvolvimento equilibrado do País.

Já escrevi sobre isto, e volto a repô-lo aqui, sem desejar, como é óbvio, que alguém me dê alguma importância; mas, oxalá, não poder estar mais certo.

– “A República” são, duas Ilhas principais; “Gerhard Seibert, tratou-as como ninguém, comparando-as com outras ilhas povoadas da mesma maneira, no seu Livro, Camaradas, Clientes e Compadres”; aquando das suas descobertas, em anos diferentes, por João de Santarém e Pêro Escobar, segundo, o que reza a história, não havia ninguém; isto significa que os actuais naturais residentes e não residentes descendem de outros povos, trazidos pelos portugueses às Ilhas:

Ora, João de Santarém e Pêro Escobar, foram navegadores, descobridores; mas, não foram colonizadores. Esses homens, portugueses, em muitos casos, “deportados” ou desterrados, (uma pena, que vigorou até muito recentemente, na ordem jurídica criminal portuguesa,” nº 2 do art. 56º do C. Penal Português, Manuel Lopes Maia Gonçalves”), (deportado), termo odiento, que, Francisco Torrinha ocultou no seu Dicionário da língua portuguesa, iam ao caminho da Índia, em busca das suas especiarias na época, muito apreciadas na Europa daquele século, (tais como: sedas, canelas, e outra mais, que me revelou a história.

Assim, se pode perguntar: para que serve então, comemorar-se as datas, destas descobertas, (21 de Dezembro), quando, o “nacionalismo exacerbado”, (até certo ponto, aceitável por altura da independência nacional; mas, inexplicável, nos nossos dias), levou a que se tivesse retirado e colocado no chão, as Estátuas representativas destes dois Navegadores Portugueses, (em S. Tomé, uma das mais velhas cidades coloniais em África), que são, indiscutivelmente, nossos patrimónios nacionais? É, preciso, que se saiba, e que se diga em voz alta que as referidas Estátuas são nossas, e não, dos portugueses: – Veja-se, o que, por sua vez, se dependurou, em lugar duma delas, (uma das referidas estátuas), em frente ao Estádio Nacional 12 de Julho; está lá qualquer coisa, que não se sabe, ao certo, o que é; se uma bola? Se um chuto? Ou se uma chupeta para crianças?” Uma pouca-vergonha, de qualquer modo”! Um País!? 38 Anos da independência!? Não:

No entretanto, na República de Cabo Verde, nada disto aconteceu: – As estátuas estão lá, nos seus respectivos lugares; com isto, o País construiu mais Praças e mais Avenidas, para colocar os seus heróis quando for caso disso, e avança para o desenvolvimento médio. É um problema de mentalidade! NINGUÉM SOBE, QUANDO COLOCA OS SEUS ANTEPASSADOS NO CHÃO; FICA NO CHÃO; SEJAM ELES, BRANCOS, OU NEGROS.

ONDE RESIDE A PREGUIÇA MENTAL, SÓ OS QUE PENSAM SÃO DESIGNADOS DE MALUCOS “ Bodim”.

Vou continuar…

8 Comments

8 Comments

  1. Bebeth

    6 de Agosto de 2013 at 8:53

    O que será que ele quis dizer com isso tudo?

    Reflexão académica??!

  2. vergonha

    6 de Agosto de 2013 at 10:46

    só pode ser reflexão de um académico saido do IUCAI

  3. Estanislau Afonso

    6 de Agosto de 2013 at 15:27

    Este artigo é muito bom para a pessoa que tem visão, que sabe ver e analisar. Gostei imenso deste artigo de reflexão, porque é mesmo para aqueles que pensam.

  4. Poto Zamblala

    7 de Agosto de 2013 at 10:28

    Senhor Tiny, tenha muito cuidado com o que escreve, se é que acha que sabe escrever. Devias primeiro pensar depois escrever e não escrever e depois pensar.
    Sei que fazes parte da direcção de um partidopolitico e a agir assim, a pensar assim estarás a por em causa a credibilidade do seu partido.
    Cresça apareça e depois tenta convencer outros.

    • Budu dawa

      7 de Agosto de 2013 at 19:50

      O Poto Zamblala cheira-me a gente do MDFM…será o Lucas a puxar orelhas ao seu colega de partido? Heheh!

  5. .Adeuao

    7 de Agosto de 2013 at 20:48

    Quando deixaram cair o governo de Patricio, diziam que o programa Nós por Lá era um programa de Patricio Trovoada e que o jornalista que o fazia era o pau mandado de Trovoada.
    E agora. Já deixou de o ser?
    O mesmo diziam que o SATOCAO também era a empresa dele. E agora deixou de ser?
    Informem-me

  6. Inimigo dos amigos

    8 de Agosto de 2013 at 10:34

    Resposta:

    O jornalista e sua equipa continuam a ser paus mandados avençados por Patricio Trovoada.

  7. Barão de Água Izé

    9 de Agosto de 2013 at 13:15

    País que nega o seu passado ou inventa um passado ou “heróis” por conveniências ideológicas é um País que terá um futuro baseado no oportunismo politico.
    As estátuas que estão junto ao Museu são de STP e não de Portugal, e para respeito da História que não coloca em causa a nossa independência, deviam ser repostas nos seus lugares originais, até para memória futura das novas gerações.

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