Opinião

O regresso do nosso D. Sebastião

Estando a aproximar-se o “dead line” para a marcação das próximas eleições Legislativas, Autárquicas e Regionais, como esperado, o Presidente auto-exilado da ADI, numa jogada de antecipação estratégica, decidiu anunciar, para breve, o seu regresso ao País.

Naturalmente que a data final do regresso do nosso D. Sebastião só será conhecida depois do Presidente Pinto da Costa marcar efectivamente a data das referidas eleições, não vá “o mais velho” passar-lhe a perna e adiar as ditas, obrigando-o a permanecer mais tempo do que o necessário em território nacional. Nada a estranhar, até aqui.

O estranho é que, objectivamente, nada se alterou no cenário político actual para justificar a mudança de posição do soberano da ADI, já que várias vezes afirmou que fora obrigado a abandonar o país e o povo que tanto ama (com ele, a sua família, os seus caros e os seus animais de estimação) porque era vítima de perseguições e sentiu que a sua vida estava em perigo.

Nessa ordem de ideias, mantendo tudo exactamente como estava, esse recuo vem confirmar que há uma coisa que Patrice Trovoada ama acima de tudo, mesmo acima da sua própria vida: O poder. Dê-se as voltas que quisermos dar, há um facto indesmentível:

O cidadão Patrice Trovoada só consegue viver em São Tomé e Príncipe quando está no poder ou quando está em campanha, a lutar pela conquista deste mesmo poder e aposto que, caso a ADI não ganhe as próximas eleições, na semana seguinte o cidadão Patrice Trovoada apanhará o avião para o estrangeiro e só regressará em meados de 2016, mesmo a tempo de se candidatar às eleições presidenciais que se realizarão naquele ano.

Os sub-dirigentes da ADI, os seus militantes e o “povo pequeno”, como gosta de dizer, continuarão no país, para o que der e vier, porque não têm condições para ficar quase dois anos no estrangeiro a viajar e a viver faustosamente dos rendimentos. E também, tenho que dizê-lo, porque têm cá as suas raízes, a sua família, a sua vida, logo, gostam de viver e trabalhar em São Tomé e Príncipe, seja em que circunstancia for.

Todo este circo montando em volta da fuga do ex-Primeiro-Ministro, justificada e defendida cegamente pelos seus discípulos, militantes e seguidores fiéis de alguns órgãos da comunicação social local e estrangeira fez-me lembrar um episódio que presenciamos há algumas semanas, na sequência do trágico naufrágio de um “Ferry-boat” na Correia do Sul, onde perderam a vida mais de 200 pessoas.

Dias depois do acidente, ficou-se a saber que o comandante do navio, numa atitude de singular covardia, foi o primeiro a abandona-lo, depois de ter tido participação directa no seu naufrágio, deixando a sua sorte a restante tripulação e todos os passageiros (incluindo as crianças e os idosos), contrariando a velha máxima popular que afiança que “o comandante é o último a abandonar o barco”.

Além de enfrentar a barra do tribunal por negligência, agravada pelo facto de ter sido o primeiro a abandonar o navio, o comandante foi julgado e fustigado pela opinião pública e por todos os órgãos de comunicação social. Essa mesma reacção popular aconteceria em qualquer País normal.

Como sabemos, o nosso São Tomé e Príncipe não é um País normal. Uma semana depois de sair do Governo, Patrice Trovoada entrou num avião privado e fugiu para destino incerto, mesmo antes de ser atacado pelo seu sucessor e acusado seja lá de quê, o que só aconteceu meses depois, no tal propalado debate sobre o Estado da Nação.

Abandonou o barco e deixou para trás os seus fiéis seguidores, a mercê das águas que inundavam o navio “ADI”, incluindo aqueles que eram membros do seu Governo, logo, também susceptíveis de serem perseguidos e acusados de serem cúmplices de qualquer trafulhice que o seu chefe tenha feito.

Esses permaneceram “heroicamente” no País e, pelo que se saiba, continuaram nas suas vidas, não foram julgados nem presos, nem torturados e nem mortos. Como não tinham outra saída, como não tinham cash disponível para um auto-exílio dourado no estrangeiro ficaram no país e nada lhes aconteceu.

Nem sequer foram punidos pelo crime (assumido por eles) de terem levado os dossiers dos vários ministérios para casa, deixando os seus sucessores sem norte e sem hipótese de garantir a continuidade do Estado. Toda gente achou isso normal.

O maior partido da oposição, num contexto político difícil, ficou assim órfão do seu dono, ou melhor, do seu líder e passou a ser comandado por controlo remoto e por mensagens de vídeo, porque ele decidiu covardemente que não tinha o dever moral de ficar e lutar ao lado dos seus, dando exemplo de coragem e de verticalidade, na defesa daquilo que dizia ser uma injustiça tremenda e uma cabala orquestrada pelo Presidente da República. Todos acharam normal e, quase ninguém lhe cobrou nada, mesmo os seus militantes.

O Ex-Primeiro-Ministro Pósser da Costa também foi perseguido e acusado de envolvimento no caso GGA, assim como a Ex-Primeira-Ministra Maria das Neves. Tomé Vera Cruz e Rafael Branco também viram os seus nomes associados à casos de corrupção, mas nenhum deles fugiu com o rabo entre as pernas e todos permaneceram no país, ficando à mercê da justiça. Sabem porquê?

Porque quem não deve, não teme e só mentes férteis e alucinadas podem pensar que no mundo globalizado de hoje, a comunidade internacional e os parceiros estratégicos do país iriam permitir que o Patrice Trovoada fosse perseguido e molestado pelo poder actual sem provas concretas e irrefutáveis de corrupção. Mas mesmo assim, muitos acharam essa desculpa normal.

O senhor Patrice Trovoada trabalha actualmente como comentador na sua própria televisão privada, o que lhe permite viver faustosamente em Portugal, numa das zonas mais caras de Lisboa, sustentar financeiramente todas as actividades do seu partido e continuar a viajar pelo mundo fora em primeira classe ou em jactos privados.

Não se lhe conhece nenhum investimento de fundo, nenhuma empresa lucrativa e nos dois anos que esteve como Primeiro-ministro ganhava menos de 2.000,00 € por mês. Todos acham isso normal.

A ADI, depois da fuga do seu líder, tem revelado um desnorte confrangedor, sem rumo e sem ideias, agindo por improviso, assumindo posições estapafúrdias, para depois recuar (vide o caso do abandono dos seus deputados da Assembleia Nacional), sem apresentar um programa alternativo de Governo (coisa que todos reclamavam dos outros partidos quando eram oposição) apostando todas as fichas na marcação das próximas eleições, que acreditam piamente que lhes serão favoráveis, em virtude da força do dinheiro que o seu líder garante e todos os seus militantes acham isso normal. Nem mesmo os dirigentes residentes questionam tal deriva ideológico-programática.

Patrice Trovoada decidiu regressar apenas para ser candidato ao cargo de Primeiro-ministro, e naturalmente que será recebido de braços abertos, em festa, pelos seus indefectíveis apoiantes. Centenas de motoqueiros e palaiês irão certamente busca-lo ao aeroporto, a troco de 200 ou 300 mil dobras e 5 litros de gasolina.

Irá gritar aos quatro ventos que foi vítima de uma perseguição diabólica e teve que sair do país para salvar a sua sensível pele, mas que nunca abandonou e nem deixou de pensar no “povo pequeno” e que é por ele que regressa para dar o peito as balas.

O facto de apenas ter ganho coragem para faze-lo na época das eleições, justamente quando precisa do apoio e dos votos desse mesmo “povo pequeno” para tentar voltar ao poleiro é mera coincidência. Veremos se o povo pequeno cairá outra vez nesta cantiga. Veremos se o “povo pequeno” achará isso normal. Veremos.

Aurélio Pontes

38 Comments

38 Comments

  1. PÔVÔ DE LEMBÁ

    7 de Maio de 2014 at 13:28

    Será que este homem é santomense , ele só vive no nosso país só quando ele está no PODER , o POVO já abriu os olhos deixa ele vir para São-TOMÉ , PARA DAR-MOS ELE O QUE ELE MERECE , VAMOS COMER DINHEIRO DELE A VONTADE E PARA ELE ARRUMAR DE NOVO COM A SUA FAMÍLIA, O SEU CÃO DE ESTIMAÇÃO CARROS E OUTRO. DÉSSÉ BÍ SÓ , Ê KUNÁ NÓN SÁ CÚ UÊ FISSADO MACHÍ..—

    • Vedê

      7 de Maio de 2014 at 16:20

      Esses gajos do ADi acham que o povo continua burro. Eles não sabem o que os espera. podem vir com toda bufunfa do mundo. deça vez vão ter o que merecem. ladrões, bandidos. caorruptos.

  2. luisó

    7 de Maio de 2014 at 14:23

    Muito bem escrito e realista.
    Só uma atenção: ele não vive em lisboa mas sim em cascais numa espetacular moradia ao gênero do visto-gold.
    Os meus parabéns.

    • Keba

      7 de Maio de 2014 at 16:42

      “que lhe permite viver faustosamente em Portugal, numa das zonas mais caras de Lisboa”

      Cascais pretence ao destrito de Lisboa.

    • Sandra

      7 de Maio de 2014 at 17:53

      E dizem que foi comprada em cash por 4 milhões de dolares…realmente dinheiro é capim para esse senhor. Dinheiro de Taiwan, dos negocios dos barcos e de muitas outras coisas. São tomé abre os olhos.

  3. Água Grande Sem Água

    7 de Maio de 2014 at 14:24

    Meu caro, gostei da sua crónica. Todos nós já sabemos o que se passa com esta personagem. É muito triste porque ele mesmo foi dos políticos da nova geração que fartava de se gabar e dizer em voz alta, nas entrevistas e nos comícios, que era diferente dos outros políticos nacionais, que a sua grande preocupação era o povo de S.Tomé e Príncipe, que iria mudar a forma de fazer política no país e outras baboseiras. Constata-se agora que Patrice Trovoada é provavelmente pior do que os outros políticos. Que eu saiba nunca vi nenhum presidente de outro partido nacional abandonar o partido e ficar fora do seu próprio país durante 2 anos e só regressar precisamente nomento eleitoral. Isto é uma pouca vergonha. Como o senhor disse demonstra que ele só está interessado no poder. É esta a nossa maldição. Andei a investigar na Internet e perguntando a outras pessoas se soubessem de algum caso no mundo que um líder de ummpartido abandonou o partido durante 2 anos deixando sem liderança efetiva estando no estrangeiro para só regressar no momento eleitoral e constatei que não existe nenhum caso comparado com este. Isto é inacreditável. Estamos metidos numa grande confusão porque eu não vejo saída para este país com dirigentes deste tipo. Quem faz isto é capaz de vender o próprio país.

  4. Feira Grande

    7 de Maio de 2014 at 15:07

    Meu caro senhor infelizmente o Patrice Trovoada só enganou quem acreditou nele. Eu tenho muita pena destas pessoas porque eu por acaso conhecia-o bem de outras lutas. Isto ainda é o príncipio daquilo que está para vir. Se existe um político que só pensa nos assuntos pessoais utilizando a política para este efeito esta pessoa é o Patrice Trovoada. Ele é capaz de pisar tudo e todos em prol dos seus objetivos e interesses. Esta reação dele não é de hoje. Ele como conhece o povo que tem está absolutamente convencido que vai ganhar as eleições porque basta enganar aqui, enganar acolá, se for preciso ele até assina papéis a garantir que ele é capaz de fazer isto e aquilo, promete empregos políticos a alguns delfins se seguidores, manda outros e dar uma volta e quando ele conseguir aquilo que quer acaba a mama. Como é possível um líder abandonar o barco e ficar tanto tempo fora do país fazendo a vida dele sem passar cavaco a ninguém. Isto é de doidos. E segundo dizem ele já garantiu na televisão dele que ele é candidato ao cargo de 1º ministro e também de presidente da república. Isto pode ser, minha gente? Estamos fritos. Cada um a pensar na sua vida e o povo a passar fome. Mas para algumas pessoas eu até acho que é bem feito. Não é a primeira vez que este homem engana estas pessoas.

  5. Alvarinho

    7 de Maio de 2014 at 15:41

    Desde quando o Patrice Trovoada está interessado em ajudar a resolver o problema do povo? Ele quer poder, para fazer negócios dele, andar a viajar de um lado para outro, andar a mandar dinheiro para fora do país, viver a grande e francesa. O povo é que se lixa. Quem estava convencido que o Patrice Trovoada iria resolver o problema do povo tira o cavalo da chuva. Para aqueles que lhe ajudam a ganhar o poder e que são amigos mais próximos, mesmo burros, ele coloca nalguns cargos de ministros, secretários de estado, diretor, assessores e deputados dá-lhes uma viagem de vez em quando e está tudo feito. E assim vamos construindo um lindo país.

  6. Toca a Marchar

    7 de Maio de 2014 at 15:56

    Patrice Trovoada é uma desilusão completa. Um homem que tinha tudo para se transformar num dos melhores políticos nacionais da sua geração transformou-se rapidamente num maior flope. Até quando meu S.Tomé Poderoso?! É um grande mentiroso, engana as pessoas, é muito convencido, não é assim tão competente como se pensava, é um grande traidor,enfim. A lista é comprida. Nunca pensei que ele acabasse desta forma tão leviana e triste.

  7. arroz podre

    7 de Maio de 2014 at 16:09

    Sr. Aurelio Pontes ñão é voçê que recebia USD=800,00 mensalmente do Gabinete do Ministro da Saúde?
    O que disses-te o povo não está aí, porque o povo santomense gosta e gostou da governanção do ADI chefia pelo seu Presidente Patrice Trovoada.
    Pergunta o Pinto da Costa o que Ele Gosta mais.

  8. Anzol sem isca

    7 de Maio de 2014 at 16:42

    Os poucos dos mais velhos que ainda existem ( estão em vida) devem informar aos mais novos (jovens)que a consciência não têm preço, por isso a consciência não deve ser vendida por 200.000 ou mais dobras.

    E contar aos mais jovens a história dos nossos antepassados que perderam as suas terras por profunda ignorância.Fazer os Jovens saber que quando os portugueses descobriram (chegaram a)S. Tomé e Príncipe, todo terreno (as terras) pertenciam os nossos antepassados (os nativos, isto é, os naturais de S. Tomé e Príncipe. Mais perderam a posse dos seus terrenos não pela venda mas sim em troca de garrafas de genebra, bebida muito apreciada pelo nossos antepassados( precioso botê de genebra).

    Explico Depois de embebedar-se com genebra atiravam a pedra e onde a pedra caía, todo espaço percorrido pela pedra ficava a pertencer ao português que pagava com a garrafa de genebra.

    • luisó

      7 de Maio de 2014 at 23:47

      SR. anzol,
      estou completamente abismado com a história que conta sobre STP.
      Já tinha ouvido um pouco de tudo mas esta que acabou de contar no minimo deve ser para rir…
      Quem foram os mais velhos que lhe contaram isto?
      Efeitos ainda dos vapores?
      Credo.

    • Anzol sem isca

      8 de Maio de 2014 at 9:22

      Caro compatriota Pontes as minhas felicitações pela excelente análise. E aproveito essa oportunidade para alertar a nossos concidadãos palaiês e motares para o facto de:

      Dinheiro vale o que vale

      Mas para cidadão esclarecido

      Dinheiro não valer tudo

      Já não estamos no século XV, XVI XVII, XVIII, XIX nem século XX.

      Em São Tomé e Príncipe já não temos ignorantes de séculos passados em que havia pessoas que só vive o presente sem pensar no seu próprio futuro e dos seus filhos, como também já existe muitas outras deliciosas bebidas de altos valores mas já não servem para troca dos nossos bens nem dos nossos direitos e dos nossos filhos.

      Também temos a consciência de que a bebedeira é prejudicial a saúde e socialmente condenável.

      É imperioso que Santomense fique esclarecido e ganhem consciência de uma vez por toda que estamos em pleno século XXI a viver em São Tomé e Príncipe Independente, o que significa que cada cidadão Santomense deve assumir senhor do nosso destino.

      A experiência já nos provou que a venda de consciência (conhecido banho) põe em causa a nossa soberania como País independente e não só, deixa transparecer que a venda de consciência( banho) tem sido responsável pela péssima ou desastrosa escolha dos representantes (deputados) para órgão máximo das grandes decisões do nosso País (Assembleia Nacional).

      Hoje, só há uma única verdade, a existência somente de Santomense do século XXI, mesmo os indignados de STP tal como os próprios militantes do ADI devem ou pelo menos devem reconhecer que ADI só tem um único dirigente e sequioso de poder (PT) que reside no estrangeiro. O mais grave é que os militantes do ADI estão adormecidos e num sono bastante profundo para não se aperceberam que Patrice Trovoada não conferiu nem reconhece direito de dirigente a nenhum dos seus militantes porque não está interessado em construir uma equipe para governar São Tomé e Príncipe.
      Será que militantes de ADI não se aperceberam dessa humiliação, e também não se aperceberam que Patrice Trovoada regressa a S. Tomé e Príncipe não por patriotismo para governar nem para aí viver, mas tão-somente porque é a única forma para conseguir alcançar o poder e lhe permitir concretizar seu objectivo pessoal secreto, ou a incompetência não lhes deixa aperceber dessa nua e crua verdade?
      Ainda não acreditaram que o Patrice Trovoada se não conseguir alcançar o poder retornará a viver no estrangeiro, enquanto os militantes adormecidos continuarão sem o seu único dirigente e insubstituível chefe até as próximas eleições (próxima oportunidade).

      Era bom que os militantes do ADI lembrassem o velho ditado

      “ camarão que dorme, onda leva”
      Ao despertar desse profundo sono com a realização de congresso para autodefinir-se seleccionando seus dirigentes e eleger um novo líder.

      Haver vamos.

  9. Pão Sem Chouriço

    7 de Maio de 2014 at 18:22

    Este homem só vai regressar ao país para saber da vida dele, dos familiares dele e dos amigos mais chegados dele. Quando ele tiver cumprido a sua missão ele manda o país para o lixo. Ele não é diferente dos outros. É provavelmente até pior. A diferença é que algumas pessoas ainda conhecem pouco da escola dele.
    Fui

  10. Mutende

    7 de Maio de 2014 at 19:58

    Falam o que quizerem,o senhor Patrice Trovoada e o politico mais enteligente que ja apareceu na nossa praca.Se nao aparecer um lider para eleminar os politicos ladroes do nosso pais,nunca mais o povo saotomense vive como seres humanos.

  11. Falar Verdade

    7 de Maio de 2014 at 20:40

    Falem o que quiserem, mas uma coisa é certa, o cidadão Patrice Trovoada será de novo o primeiro ministro de STP!

  12. Lagaia

    7 de Maio de 2014 at 22:31

    Tudo isto é triste! O país nunca mais arranca com políticos desta envergadura. Tenho muita pena desta nova geração e sobretudo das crianças que não terão futuro num país com dirigentes deste calibre. Quem ouvia este senhor Patrice Trovoada a falar antes de ganhar as eleições anteriores pensava que ele era um Santo no meio dos Diabos. Agora parece que os outros são Santos e ele é que é Diabo. Em quem que o povo pode confiar?

  13. Maria Ricardo

    8 de Maio de 2014 at 8:22

    Patrice Trovoada esqueceu que este povo evoluiu mais, em relação aos anos noventa. Ele que venha… Num país sério, deveria ser preso e julgado pelos crimes que cometeu.

    • T.A.L

      8 de Maio de 2014 at 9:31

      Concordo e subscrevo as suas palavras minha senhora. Este senhor disse tantas coisas, as pessoas confiaram nele e agora vê-se o que está a acontecer. Provavelmente é o mais mentiroso do que os outros anteriores. Maldição que tomou conta da terra…

  14. manuel soares

    8 de Maio de 2014 at 9:45

    Meu caro Aurélio, tudo bem mas o homem não deve regressar a sua terra natal, que mal tem isso? Ouça ele não devia ter saído nunca daí digo-te. mas que carga de água alguém que foi primeiro ministro abandonar a terra por motivos estes ou aqueles, quem o ia prender? Eu não acredito, nesta terra de bandidos e corruptos com rabo na estrada, pudera? É verdade que quem não deve não teme, não sou político mas quero ver o que dará as próximas eleições, vocês estão a glorificar e a fazer publicidade para o homem estando sempre a atacá-lo e a por o nome do homem na ribalta, não deram conta disto? Calmia Lili , caldo de galinha e água quente não faz mal a ninguém, aguardem para verem como o homem será recebido em apoteose quando pisar o solo pátrio , mais uma vez por vossa causa!

  15. Eterno Madiba

    8 de Maio de 2014 at 14:16

    Quando queremos defender os nossos interesses fazemos de surdos e cegos.
    Quem se lembra quanto tempo o sr. Pinto da costa esteve fora do país enquanto não estava no poder?

  16. Anzol sem isca

    8 de Maio de 2014 at 14:18

    Compatriota Luisó

    É de estranhar mas ainda tens muito que ouvir sobre nossos antepassados.

    A história que acabastes de ler foi contada por meus avôs, a humildes adolescentes em que fiz parte, há mais de 70 anos, credíveis intelectuais cidadãos, que nasceram nas últimas décadas do ano 1800.

    Já ouvistes falar do Sr. Tomé Stlalvatela, de ôque Sanapenha, Sumécuto Cavalho de matuangi, Sum Pédu Ramo de melhorda, Sum Palumaia de félabalia, Sum Zuzué Aguiar de libamatu, Sumécolema Glêza, Sum Pêdlonho, Sum Teléneto, Samuximenta Aguiar e Samablanco Aguiar de libamatu e outros sem número que só jogavam bisca (61) com jovens humildes que lhes ouviam com toda atenção. E dentro desse fraterno convívio esses mais velhos transmitiam suas experiências, conversavam, contavam histórias e narrativas sobre o passado.

    Não acreditar é mesmo que não acreditar que os primitivos viviam nas cavernas, não conheciam fogo, escreviam na folha das plantas chamada “papiro”.

    Mas pra quem leu a História Universal, sabe que passamos por várias civilizações: – Pré-história (Civilização Persa e Civilização Hebraica). Idade Média (Civilização Grega e Romana). Actualmente desfrutam Civilização em que homem passou de máquina a Industrial, passou de conhecimento técnico a científico. Portanto o homem deixou de viver na caverna, passou a comunicar-se a grande distância, viaja voando confortavelmente no espaço, vai a lua e está de viagem à Marte. O homem evolui-se e desenvolve-se com o tempo e em cada segundo que passa.

    Gostaria de sublinhar que essas histórias e narrativas devem ser encaradas apenas como riscos e não como exemplo a seguir.
    Acredito que nunca tinhas ouvido essa narrativa mas também acredito que há sempre uma primeira vez.

    Aconselho e agradeço sua reflexão, porque o que mais interessa são boas e importantes lições que podem ser uteis para melhorar condição de vida colectiva do nosso povo…

    Só pode dar quem tem mas quem não tem também não pode dar. A história ainda que fosse inventada, sempre tem uma lição.

    • luisó

      8 de Maio de 2014 at 17:54

      “Só pode dar quem tem mas quem não tem também não pode dar. A história ainda que fosse inventada, sempre tem uma lição”.

      A minha avô quando eu era de tenra idade também me contava histórias ao pé da fogueira e eu acreditava em tudo, mas quando cresci e estudei percebi que era mesmo isso, “histórias”.
      Em relação ao que escreveu só comentei porque fiquei com a sensação que o meu amigo ainda hoje acredita nessas histórias dos mais velhos. Deve consultar os documentos do arquivo ou de historiadores nacionais que estão bem documentados e aí ficar a perceber como foi a coisa e, no meu entender, não vale a pena contar a verdade a esses mais velhos porque não iam entender e a realidade deles é bem diferente da sua que já teve hipótese de estudar graças ao século XXI.
      Foi só isto. Cumprimentos.

    • Anzol sem isca

      9 de Maio de 2014 at 1:18

      Caro Luisó

      Para esclarecimento de sua curiosidade,não sou e nunca fui estudante do século XXI. ofereço informar-lhe que na minha idade de adolescência não havia preparatória nem liceu em S. Tomé e Príncipe. Mas ávido de aumentar os meus conhecimentos, depois de ter prestado serviço militar ,aventurei viajar para Angola onde consentindo sacrifício de trabalhar e estudar, concluí os meus 7.ºano dos liceus actual 12ºano, desde meados de ano 60 do século XX.

  17. Anzol sem isca

    9 de Maio de 2014 at 0:26

    <Caro Luisó,

    "Deve consultar os documentos do arquivo ou de historiadores nacionais que estão bem documentados e aí ficar a perceber como foi a coisa e, no meu entender"

    Perdoe-me afirmar, sem qualquer pretensão de reprovar ou de dar lições, que seu entender está errado.

    De que arquivo ou historiadores nacionais refere ou pretende insinuar?

    O mais grave é inventar o que não pode ser inventado.

    Porquanto essas coisas são narrativas transmitidas verbalmente aos descendentes pelos nossos ancestrais e nunca mereceram qualquer registo ou arquivo por parte do colonizador.

    E para ser entendido terá de se situar no espaço do tempo em que apareceu intelectuais nacionais com a capacidade para escrever, de forma a legar-nos no suporte de papel (documentos) as histórias e narrativa dos factos, para ser arquivado, o que, como se sabe, não acontecia no período remoto da colonização de São Tomé e Príncipe.

    • luisó

      10 de Maio de 2014 at 12:10

      ok companheiro, fico por aqui.

  18. Fernado Castanheira

    9 de Maio de 2014 at 11:33

    O Patrice \Trovoada e mesmo um bandido armado. As contas devem ser prestadas. Saiu o Pai, ou seja, filho de peixe sai peixe.
    Sao tao rancorosos e maus que mesmo a falarem se nota logo.
    Tudo tem o seu devido tempo e espero que o Povo saiba o que quer.

  19. Feira Ponto

    9 de Maio de 2014 at 15:28

    Opinar é muito facil mas, uma opinião isenta, imparcial pensando no bem e sem ver apenas os seus intereces é muito dificil. Digo, mais isto não está ao alcance de muitos. Quando as perseguições e ofensas for na carne própria a opinião muda.
    Ha quem mesmo cá em São Tomé e Príncipe a sua opinião parece quem vive fora deste planeta.
    No meu entender precisas de fazer uma auto reflexão sobre tudo quanto disse mas, sem pensar em ter algum cargo politico no atual quadro.
    Pense no que se passou com o arroz “podre” de donativo, a forma que o país anda e o tipo de governo que temos. Melhor dito o “desgoverno”.

  20. cobra preta

    11 de Maio de 2014 at 12:45

    Que grande artigo meu caro Aurélio Pontes! felizmente existem jovens tão conscientes e tão capazes de fazer análises com tanta profundidade! Lanço um desafio à todos os eleitores que imprimíssemos este texto e distribuíssimos para os outros jovens pelo país inteiro!

    Esse senhor, Patrice Trovoada, que ninguém sabe o que faz na vida, mesmo os seus mais aguerridos apoiantes, está a ser beneficiado pelo grande propaganda falsa em vários órgãos de comunicação em que ele se infiltrou e pagou gente que fazem a sua imagem. Vejam RDP-África (o comissário político da ADI Óscar Medeiros, Abílio Neto, Carlos Menezes etc); Andim (Águas e o padre); alguns jornalistas da TVS (Cátia Aragão e o João Ramos).

    Espero que os jovens sãotomenses sejam críticos e tenham a capacidade de dar uma boa lição ao senhor Patrice Trovoada.

  21. pascoa

    13 de Maio de 2014 at 10:27

    Um belo artigo. Bem escrito, raciocínio lógico e coerente. Boa análise dos factos. parabéns ao autor.

  22. Honorio Lavres

    13 de Maio de 2014 at 21:39

    Honorio Lavres 13 de Maio de 2014 as 21:20 Responder
    Meu caro Camarada Escritor!

    Não seria de bom agrado fomentar ainda mais o problemas politico em são Tome e Príncipe,seria de todo infeliz a sua declaração escrita,.Vamos deixar de brincadeiras,eu vivo em Reino Unido, digo te que tenho acompanhado a situação do pais estou cada vez triste,deixa de estar a acusar pessoas, o pais precisa sem duvida de um entendimento social, vamos trabalhar nisso, promover um encontro Nacional entre Pinto da Costa, Fradique de Menezes, Miguel trovoada, após este encontro de consolidação social, um outro entre os lideres partidários,com presença destes 3 protagonistas do pais,e dai arrumarmos a casa,e deixar de falar dos outros ,porque deves pensar bem antes de falar mal de alguém,não si recolhe as cinzas com a mesma facilidades com que se espalha,e outro meu amigo a língua não tem ossos, mas e forte o suficiente para cortar um coração,por isso tenha cuidado com o que diz,o que importa não e quantidade, queremos qualidades,
    Viva STP, Viva todos os partidos politico de STP juntos seremos sem duvidas mais fortes. Para resolver todos os problemas do pais.
    Honório Lavres,
    Londres 13 de Maio de 2014

  23. NÓS DE SANTA CATARINA

    14 de Maio de 2014 at 10:06

    Povo de São-Tomé e Príncipe , esse senhor Patrice Trovoada , veio para nossa Vila , andou ponta à ponta , coisa de praga naquele dia choveu bastante , e água entrou em toda a vila e como propaganda Politica ele falou para a população, não preocupe dentro de dois dias irei mandar uma equipa para iniciar esse trabalho de drenagem , o que nós sabemos , nem patrice trovaoda em Secretário Distrital da ADI , nenhum Deputado da ADI, mais aqui na nossa vila estamos a espera deles aqui na vila de santa catarina , até bolsa de estudo ele nos prometeu, aqui é mundo ele vai ficar aqui nesse mundo para nós da Vila de Santa Catarina estamos a esperar campanha dar no chão para darmos corrrrrrrida a muitos dirigentes.
    HAVER VAMOS

  24. Camarada

    14 de Maio de 2014 at 14:00

    Nao e o meu desejo nem minha vontade ,mas tenho quase a certeza que se esse mafioso candidatar ele vai ganhar,porque o nosso povo nao sabe votar.As pessoas nao querem saber do pais mas sim da sua vida e seu bem estar. O nosso povo tambem nao ajuda na hora de mostrar o cartao vermelho a este Patrice Covarde

  25. Noite Escura

    14 de Maio de 2014 at 15:06

    Um comentador disse que o senhor Patríce vive em Cascais. O que ouvi dizer ´é que ele vive no distrito de Lisboa, mas não em Cascais. Informa-te melhor!

  26. Gd

    17 de Maio de 2014 at 12:29

    Gostei dos comentários. S.Tome e Príncipe está de parabéns

  27. Fs.

    17 de Maio de 2014 at 12:32

    Sr g, estás enganado

  28. Danilo Torpedo

    25 de Maio de 2014 at 13:44

    Cada um é como cada qual. Somos diferentes um do outro. Cada um com a sua opiniâo. Até ai tudo bem. Mas sr. Aurélio Pontes é um ASNO. O sr andou a receber dinheiro ($800,00)do Min da Saude, Ministério que seu irmâo tutelava e foi demitido por causa disso. Mas que cara de lata o sr tem em escrever um artigo sobre terceiros. Será que as pessoas nâo sabem quem o sr é ou têm memória curta. Olha ligue pra mim, quero lhe dar os meus parabéns pessoalmente. O sr realmente superou em tudo. ASNO.

  29. anilza da graça

    18 de Junho de 2014 at 18:33

    patrice é…

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