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Entre a Excelência, o Desenrascanço e a Desconfiança

No fim de semana passado tive a oportunidade de participar numa iniciativa, em Lisboa, que juntou cerca de duas centenas de pessoas de proveniência geográfica diversa, Portugal e  outros destinos, desenvolvida por uma associação designada por Grupo Liceu Nacional de S.Tomé e Príncipe   (GLNSTP  80 – 85) onde, para além da dimensão lúdico ou recreativa associada à mesma, foi possível, num clima de convivialidade intergeracional, rever amigos que já não via durante longos anos, refletir e trocar ideias, com várias pessoas, ainda que de forma fugaz, sobre os problemas do país e, fundamentalmente, sobre o associativismo na diáspora, nas suas várias vertentes, bem como sobre mecanismos de exercício de cidadania como ajuda ao desenvolvimento da nossa Terra.Achei a iniciativa fantástica, com um nível de organização e mobilização inusuais no nosso país, que deveria servir de modelo para este e/ou outros âmbitos. Quero reiterar os meus parabéns aos organizadores da referida iniciativa.

Posteriormente, já em casa, decidi rever, no mesmo fim-de- semana, o documentário FITXICÊLU de São Deus Lima. Trata-se de um trabalho extraordinário, pedagogicamente muito relevante em termos de conteúdo, mensagem e testemunhos pessoais, que deveria servir para abrir um grande debate no país sobre algumas práticas e comportamentos, socialmente condenáveis, contra os mais pobres e vulneráveis da nossa Terra, que são os idosos, por conotação inadvertida destes, sem qualquer culpa, com atos de feitiçaria.

A São Deus Lima, (e toda a sua equipa), com este trabalho, veio demonstrar-nos, que, momentaneamente, face à crise socioeconómica que o país atravessa, é proibido envelhecer-se em S.Tomé e Príncipe e que tal pode ser sinónimo de abandono, humilhação e morte. Isto deveria convocar os políticos, as instituições da república, o poder judicial, as Escolas, as famílias e os cidadãos em geral para um grande debate no país sobre o assunto em causa e, consequentemente, criar condições para a mudança de mentalidade, neste âmbito, sobretudo junto das nossas crianças e jovens, tendo como finalidade, entre outras coisas, o ensino   de conteúdos de cidadania e direitos humanos, transversalmente, nas nossas Escolas; a emergência de um enquadramento procedimental, no âmbito da Justiça Criminal,para dissuadir esta prática e reforço da responsabilidade familiar em prol da defesa dos interesses dos nossos idosos.

Depois de tantas privações e males infligidos às nossas crianças, durante décadas, uma sociedade que trata desta forma os seus idosos pobres, com práticas de crenças emtorno de feitiçaria levadas ao extremo do fanatismo, é uma sociedade insana e próxima do abismo. Os políticos e cidadãos em geral que, perante uma denúncia pública como esta que a São Deus Lima acaba de fazer, fecham os olhos e assobiam para o lado, são, consciente ou inconscientemente, os carniceiros de serviço.

Num país com imensos problemas e uma tendência para o desenrascanço como receita crónica para a resolução dos mesmos, estas duas iniciativas, relatadas acima, uma de caráter associativo e outra de caráter profissional/individual, são reveladoras de que, dentro e fora do país, se pratica a excelência nalguns domínios. Não sendo casos únicos, dentro e fora do país, gostaria, no entanto, que esta tendência fosse regra e não exceção. Um país pobre como o nosso, com poucos recursos,  em todos os domínios da vida e de realização em comunidade, por mais pequenos e insignificantes que fossem os gestos e iniciativas, deveria ter como lema a excelência, evitando, desta forma, o desperdício de recursos.

Se este foi o filme, do fim-de-semana, relatado acima, que me deixou satisfeito, a semana seguinte, todavia, foi um autêntico desastre. Em quase todos os meios de comunicação social, desta feita, só se falava de S.Tomé e Príncipe de forma deprimente e vexante o que deixou a nu uma das nossas maiores fragilidades: o desenrascanço como receita para o desenvolvimento do país.

O primeiro sinal deste sintoma deu-se com o aparecimento de uma doença misteriosa no país, infecciosa e não contagiosa, segundo as palavras da senhora ministra de Saúde, embora não se conheça o agente biológico específico associado à mesma, que já afeta cerca de 2000 mil pessoas, com mortes associadas, e tem entupido o único hospital central do país e tirado serenidade aos mais pobres e vulneráveis da nossa sociedade.

Como em tudo o que se faz na nossa terra, resolveu-se, mais uma vez, de acordo com a nossa receita do desenrascanço,  combater avulsamente as consequências da referida doença em detrimento da criação de condições de prevenção que minimizassem as suas causas. É óbvio que, agindo assim, torna-se difícil, enquanto o governo nos entretém com declarações contraditórias e inconsequentes, conhecer a origem da referida doença,  o agente biológico específico que a provoca bem como o receituário para o seu tratamento.

Para resolver ou minimizar o problema do fraco rendimento das famílias muito pobres, que é maioritária no nosso país, começou-se a importar bens alimentares e fardos de roupa usada, de origem diversa, que entram no país sem qualquer controlo ou monitorização anterior ao processo de comercialização das mesmas, e todo o mecanismo da sua redistribuição e venda, localmente, é feito sob condições de conservação e acomodação degradantes. Basta ver as condições em que alguns destes produtos são acomodados e vendidos nos nossos mercados.

Da mesma forma, alguns produtos, sobretudo as bebidas, que são produzidas e comercializadas no contexto local, não sofrem qualquer acompanhamento, desde o processo de produção até ao consumidor. Todas as pessoas, minimamente informadas, sabem que, sem vigilância ou monitorização sanitária, é impossível garantir que alimentos e bebidas cheguem às populações de forma segura e inócua.

Os hábitos de higiene pessoal e comunitária que constituíam alicerces fundamentais na promoção da saúde individual e comunitária, no interior das casas familiares, nos quintais, nos bairros, nas Escolas e nos mercados, transformaram-se, na nossa Terra, numa raridade como os Gugús. Só gente com muita sorte é que os consegue observar.

Um governo que tem como principal missão defender o “povo pequeno” não sabe isto? Por que razão não criam condições para a modificação da realidade prevalecente? Por que razão só manifestam preocupação com as consequências decorrentes das políticas que implementam em detrimento de um rigoroso planeamento preventivo, a montante, neste âmbito? Temos o povo que temos e é necessário criar condições para a sua educação e formação em todos os níveis.

Não se compreende, também, que a preocupação com o saneamento, que está sempre associada à transmissão de doenças, seja a última aposta dos municípios, sobretudo o de Água Grande, que conseguiu transformar a capital do país numa lixeira a céu aberto. Como é que as doenças misteriosas não aparecem em S.Tomé e Príncipe? O próprio hospital central transformou-se, por negligência e irresponsabilidade  ao nível da sua gestão e prioridades políticas, num centro de disseminação de doenças.

Compreendo, por isso, que o governo fique possesso com os deputados da oposição pelo facto destes terem decidido, no âmbito das suas funções, fazer uma visita ao hospital central para se inteirarem do estado dos doentes e tomarem contacto com os factos relacionados com esta doença misteriosa. Se os deputados não podem fazer esta coisa simples, perguntar-se-á, então: por que razão foram eleitos?  Se existe coisa que deveria unir o governo e a oposição, em prol da resolução dos problemas dos mais vulneráveis da nossa terra, é exatamente este.

Só posso entender esta declaração de guerra e perseguição, por parte do governo, aos deputados da oposição, como desconfiança crónica e medo. O governo tem medo do quê? O que é que o governo quer esconder?

Depois do desenrascanço, a desconfiança é outro dos nossos maiores pecados. Tenho  dificuldades em compreender como é que num país tão pequeno como o nosso os políticos desconfiam tanto uns dos outros e, por outro lado, o povo desconfia, cada vez mais, dos políticos. Esta espiral de desconfiança generalizada é muito prejudicial para o aprofundamento da nossa democracia e vida em comunidade.

É esta mesma desconfiança que levou Patrice Trovoada, contra todas as expetativas e sugestões, a impor, ao seu partido e ao país, a candidatura do Evaristo de Carvalho ao cargo do presidente da república. Patrice Trovoada quer muito ser o próximo presidente da república e, depois daquilo que o Fradique de Menezes lhe fez, ele só tinha como alternativa escolher alguém, como candidato ao cargo de presidente da república, que não lhe despertasse qualquer sintoma de desconfiança para assunção desta ambição daqui por 4 anos.

Evaristo de Carvalho era a pessoa ideal, em termos de personalidade, de idade e, até, de modus faciendi. Não me surpreende nada, por isso, as peripécias relacionadas com o mandato de Evaristo de Carvalho no domínio da promulgação do orçamento de Estado para o presente ano, por manifesta pressão do governo, bem como a subalternização das suas funções, por opção própria, em detrimento do governo e, especialmente, do primeiro-ministro, exatamente numa altura de alguma turbulência política no país que aconselharia um ligeiro pendor presidencialista do sistema para atenuar abusos de poder como aquele que temos assistido.

Patrice Trovoada, tendo em conta as suas ambições políticas pessoais, fez muito bem. Tenho, contudo, muitas dúvidas, que o país tenha ganho alguma coisa com esta decisão. Muito pelo contrário! Além disso, o magistério presidencial de Evaristo de Carvalho deverá representar, com este estilo, uma machadada nas pretensões dos defensores do sistema presidencialista para o nosso país.

Mais uma vez, Evaristo de Carvalho “desenrascou” Patrice Trovoada, por desconfiança deste em relação aos outros políticos nacionais, e o povo, enrascado, vive em desconfiança permanente com as decisões políticas do Evaristo de Carvalho. Viveremos os próximos 4 anos neste sintoma de desenrascanço e desconfiança permanente.

É este mesmo sintoma de desconfiança, perante uma simples convocação de manifestação popular por parte de alguns jovens, decorrentes das condições socioeconómicas difíceis que o país atravessa, que levou o ministro da Defesa e Administração Interna a convocar uma quantidade anormal de polícias, armados até aos dentes, para controlarem 8 manifestantes indefesos. Ninguém percebe tanto músculo na manifestação de autoridade perante 8 jovens que somente queriam manifestar por melhores condições de emprego no país e de aprofundamento da nossa democracia. Foi patético ver o desfile, nas ruas da capital do país, de mais de uma centena de polícias cercando 8 jovens indefesos.

Agora que o país reatou as relações diplomáticas com a China, depois de uma interrupção com motivações meramente mercantilista, achei interessante revisitar Confúcio, através da leitura de alguns trechos deste grande pensador Chinês.

Num diálogo entre Confúcio e o seu discípulo, aquele sugeriu, mediante uma pergunta deste, que os alimentos, a confiança e as armas seriam os ingredientes fundamentais a um bom governo. Os alimentos, segundo Confúcio, seriam necessários para manter os cidadãos satisfeitos e impedir qualquer tumulto relacionado com a génese na fome. A confiança, por outro lado, de acordo com Confúcio, seria necessária para que, caso a comida faltasse, os cidadãos continuassem a acreditar que os seus líderes estão a procurar resolver os problemas. As armas, por fim, seriam usadas, como último recurso, caso nenhuma das duas condições anteriores resultasse.

O discípulo, todavia, insistiu perguntando-o: e se for possível somente uma coisa, qual deveria ser a escolhida? Confúcio respondeu: que seja a confiança!

De facto, constatamos nesta mensagem de Confúcio a valoração da importância da manifestação da reciprocidade e valores éticos nas relações interpessoais, sendo a confiança nos contextos individuais e políticos um recurso fundamental para a vida em comunidade  de forma pacífica.

Agora, pergunto: qual daquelas três coisas é que temos? O povo não tem comida; os políticos não confiam uns nos outros e, o povo confia, cada vez menos, nos políticos. Só resta ao governo, neste âmbito, as armas e, para tal, basta ver a sua exibição pública na última manifestação de 8 jovens. Será com as armas que vamos erguer o país?

Também, por isso, tenho muitas reservas relativamente ao facto dos Chineses voltarem a reatar as relações diplomáticas connosco, na base de total confiança, depois de os termos tratado da forma que tratamos, anteriormente, através dos mesmos protagonistas que voltaram a criar condições para este reatamento diplomático. Seria bom que os nossos governantes lessem Confúcio!

Adelino Cardoso Cassandra

 

 

26 Comments

26 Comments

  1. Agente da PIC

    13 de Fevereiro de 2017 at 10:34

    Meu caro amigo, mais uma vez o senhor consegue fazer um retrato deste país que considero excelente. Estamos numa situação complicada e só quem não quer ver é que não vê a realidade difícil que o país está a atravessar. Muitos dos problemas deste país exigem investimentos mas uma parte dos mesmos tem a ver com políticas que não são implementadas e que tem a ver com coisas básicas. Eu neste momento não sou militante de nenhum partido nem estou para ai virado. Há coisas que eu não compreendo. Por exemplo eu não compreendo porquê que o governo fica chateado com os deputados só porque vão fazer uma visita ao hospital. Eu não compreendo porquê que o governo vê a situação de porcaria que existe no mercado e não faz o controlo disto que é fácil fazer. Não é preciso muito dinheiro para limpar e organizar este mercado e não sei porquê que eles não fazem isto. Não é preciso muito dinheiro para tratar do lixo na cidade. Não fazem porque não querem fazer.Não percebo como é que querem construir Dubai sem fazer em primeiro lugar estas coisas básicas. Eu acho que já chega de desculpas. Este governo já tem suficiente para fazer pequenas coisas para o país. Eu nem sequer estou a exigir grandes obras como muita gente fala por ai. Estou a pedir coisas simples como tratar lixo, limpar mercado, controlar medicamentos que entra no país, ter uma escola organizada, ter um hospital limpo, etc, etc, etc.
    Muitos parabens pelo seu trabalho e continua a nos brindar com estas coisas.

  2. Sotavento

    13 de Fevereiro de 2017 at 11:34

    Grande ártico.Parabéns Adelino.

  3. Gabinete de 1º ministro

    13 de Fevereiro de 2017 at 11:37

    O governo entrou numa fase descendente. É preciso muita coragem e trabalho para reverter tudo isto. Os bons exemplos devem vir sempre de cima. O resto é conversa para fazer boi dormir.

  4. Danço

    13 de Fevereiro de 2017 at 11:56

    Bravo, senhor Adelino Cardoso Cassandra. Meus sinseros parabens.

  5. Preto

    13 de Fevereiro de 2017 at 12:08

    Entao Telanon, o Rei de Marrocos foi ao Príncipe ou não?

  6. Filipe Manquengo

    13 de Fevereiro de 2017 at 12:33

    Boa explanação para os nossos políticos. Agradeço ao senhor pelos artigos que tem mandado.
    Filipe Maquengo

  7. Estamos Tramados

    13 de Fevereiro de 2017 at 12:53

    Estes nossos governantes sabem lá quem é Confúcio. Deixaram de ler desde que sairam das universidades e alguns nem sequer lêem coisas que tem a ver com os cursos que tiraram e o trabalho que fazem. Isto também é um dos nossos atraso. As pessoas fingem que sabem, que são competentes mas são analfabetos. Muitos deles são ministros. Sãotome e Príncipe é o país mais fácil do mundo para se chegar ao ministro e diretor. Depois são desmascarados porque não conseguem nem fazer um projeto para desenvolver o sector que estão a trabalhar.

  8. Treta

    13 de Fevereiro de 2017 at 14:44

    Depois de andar a gabar que vai construir Dubai, vai fazer isto, vai fazer aquilo, eís o que nos trouxe: lixeiras, doenças e desorganização total. É muito triste tudo isto. Muito obrigado senhor Adelino.

  9. Mapi

    13 de Fevereiro de 2017 at 15:54

    Muito obrigada Adelino Cassandra.

  10. Gugú

    13 de Fevereiro de 2017 at 16:03

    eu não digo mais nada. Tá tudo dito e escrito neste grande artigo. meus parabens caro amigo.

  11. Já Falei Pronto

    13 de Fevereiro de 2017 at 16:26

    Coitado do Evaristo Carvalho, com idade já avançada que foi meter-se neste trinta e um e está a ver a vida dele a complicar sem necessidade. Deveria estar em casa dele a tratar dos netos e agora tem que estar a aturar o senhor Patrice Trovoada com as suas traquinices e espertezas.
    Só Deus é que nos pode ajudar neste momento.

  12. Alfândega

    13 de Fevereiro de 2017 at 18:38

    Palavra de honra que este governo que eu votei nele já está a exagerar nas falhas. Depois de tanta esperança hoje eu só vejo falhanços e desorientação. Só espero que nestes 2 anos possam fazer alguma coisa de fundo para revalidar o voto. Senão… Adêwua Congo…Muita gente vai chorar.

  13. WXYZ

    13 de Fevereiro de 2017 at 22:17

    Elogio a primeira metade do texto. Mas, depois a segunda metade veem os habituais ataques ao governo, ao Patrice Trovoada, ao presidente da republica. Isto talvez ao facto do autor estar fora da realidade em STP. Tem informadores. Mas torna se necessario de quando em quando regressar ao pais para vivenciar o dia a dia ca da terra. “Por exemplo eu não compreendo porquê que o governo fica chateado com os deputados só porque vão fazer uma visita ao hospital”. Governo ficou chateado porque queria protejer os pacientes e ao mesmo tempo os deputados de oposicao. Foram desobidientes tendo em conta que ainda nao sabemos muito sobre esta doenca. Pra ja, a visita do Jorge Amado ao hospital foi so com a intensao de tirar proveito politico. Tanto foi que ele nem sequer deixou os outros representantes d outros partidas d oposicao fazer uso de palavra. Serviu se de protagonista de tudo. A enfermidade esta no pais ha ja algum tempo. As autoridades teem vindo a lidar com ela. Teem lancado alguns spots televisivos com o objectivo de evitar um alastrar maior. As coisas nao estao bem como gostariamos mas estao melhor comparativamente a diversos mandatos governamentais anteriores. E verao que pela primeira vez depois de muitos anos teremos um governo que vai cumprir o mandato completo. Estabilidade politico governativa e muito bom pra qualque nacao. E bom se torna que estejamos preparados pra dar este governo mais oito ou pelo menos mais quatro anos de mandato. So assim veremos um STP melhor.

    • Realidade

      14 de Fevereiro de 2017 at 5:44

      Senhor WXYZ
      Percebo a sua desculpa partidaria e tbem sei q os outros nao fizeram cuase nada pelo paìs mas dar mais 4 anos para um governo em Sao Tome e Principe LIDERADO por patricio trovoada …. garanto te na certa que significa mais 4 anos de retrocesso e miseria .. este cidadao de nacionalidade duvidosa è imcopetente(falta de estudo), malicioso(tem characteristicas dictatorial), vadio e preguiçoso ao mesmo tempo (vive ostentando).
      Nao da um comprimdo no hospital mas prefere dar carros d luxo aos juizes pk seràaaaaa? Sinal claro do coruptor.. juizes bem pagos significa liberdade total mesmo ter cometido crimes d toda especie.
      Terei esperança no futuro de Sao Tome e Principe se este cidadao nao for lider politico ou governmental… a nao ser que ele mude muito muito as suas caracteristicas negativas….
      Por mi, que ganhe qualquer partido mesmo sendo ADI mas sem aquele individuo como lider… ele na sabe nada de gestao, ele so è muito esperto com dinheiro mas è um grande fraco na gestao de tudo

    • Voz do povo

      14 de Fevereiro de 2017 at 7:52

      Kkkk! Fazer o quê? Dar esse governo mais oito anos? Estás doido ou quê? Se em dois ainda não saímos do fundo do túnel, achas que com oito vamos sair. Acorda rapaz. Pelo menos uma vez seja realista na tua vida, este governo já deu o que tinha para dar. Sim, vamos deixar terminar o mandato, se é isso que você chama de estabilidade, porque fruta podre cai sozinha. Próximas eleições, o ADI só ganhará com aldrabice. Portanto, a Sociedade Civil, a Comunidade Internacional, o MLSTP/PSD, o PCD, e todos outros partidos terão que ficar muito atentos, para não acontecer o que aconteceu nas últimas eleições presidenciais. Já ouvi vozes dizendo que a ADI terá que ganhar. “Povo é, bili uê ó”.

    • WXYZ

      14 de Fevereiro de 2017 at 19:48

      Sociedade Civil, a Comunidade Internacional, o MLSTP/PSD, o PCD, e todos outros partidos terão que ficar nao so muito atentos como tambem muito bem preparados para assumir a governancia deste pequeno arquipelago. Agora. Respondam me por favor! Quem voces veem com capacidade de lideranca suficiente para erguer esta pequena nacão? Se houvesse alguem esta pessoa ja devia estar no terreno a atuar. A oposicao tem que copier os bons habitos doutros paises. Aquele que pretende ascender ao cargo de lideranca deve comecar a preparer terreno pelo menos com dois anos de antecedencia, deve ter cadastro de referencia que possa ser aceite pela maioria da populacao e mostrar o rosto desde agora.

  14. Careca

    14 de Fevereiro de 2017 at 9:22

    Se estes dirigentes gostasse do povo faziam as coisas doutra forma. Há muita coisa que não fazem porque não querem. São malvados e dizem que gostam de povo piqueno.

  15. TVS

    14 de Fevereiro de 2017 at 9:40

    Oh´senhor Adelino Cardoso, se o senhor soubesse perseguições que existe neste país o senhor não acreditava. O trabalho da Conceição Deus Lima, a melhor jornalista que nós temos, foi desconsiderado pelo poder e pelos senhores da imprensa. Só o povo e pessoas habilitadas que viram neste trabalho um grande documento histórico para o país. Os nossos dirigentes nem estão ai para estas coisas. Só querem ver a bufunfa com os olhos para dividirem entre eles e continuarem a enganar o povo. Noutro país este trabalho era reconhecido e a Conceição Deus Lima recebia prémios e gratificações por causa dele. Eu posso considerar que isto é que é um trabalho para o povo piqueno. Mas como estamos em s.tomé as coisas boas não são valorizadas.

  16. Água Telha

    14 de Fevereiro de 2017 at 9:55

    Não há comida, não há confiança nem há nada. O país está de rastos e só com falta de respeito. Segundo o senhor primeiro-ministro e seus apoiantes estamos no caminho certo. Haver vamos. Fui

  17. Antonio Passos

    14 de Fevereiro de 2017 at 9:56

    Meu caro Cassandra, excelente texto e eu aproveito para acrescentar mais um ponto que também tem a ver com a saúde publica que segundo informações é a utilização de “água do banho de cadáveres” na confecção de alimentos que são comercializados na nossa praça principalmente nos mercados.
    Deus nos acuda!
    APassos

  18. Flóli Canido

    14 de Fevereiro de 2017 at 12:35

    Eu sinceramente acho que o governo está desorientado. O país tem muitos problemas. Apareceu esta doença agora que é grave e ninguém sabe o que é. O desemprego é muito alto cá no país. Já se vê muitos quadros desempregados e a passar mal. Há um grupo constituido por simpatizantes e amigos do ADI que está bem e a usufruir de mordomias. Os empresários estão todos descapitalizados e na falência. Eu acho que perante este quadro o governo deveria aproximar mais da oposição em vez de andar a fazer guerra a toda a gente. O país precisa de esforço de todos para avançar.

  19. Diasporano

    14 de Fevereiro de 2017 at 13:31

    Subscrevo na íntegra o seu texto caro amigo.
    Um abraço.
    M.G.T

  20. Carlos Pinheiro

    14 de Fevereiro de 2017 at 16:38

    Deixem o homem governar minha gente. O povo é quem mais ordena. Se o povo deu a maioria absoluta ao ADI é porque reconhece o ADI como o único partido capaz de tirar este povo pequeno da miséria. Os cães ladram e a caravana passa. Patrice Trovoada é nosso líder e queremos mais 4 anos. O Jorge Amado mas é tem de ir trabalhar na roça dele que está cheia de capim.

    • Tita

      14 de Fevereiro de 2017 at 17:34

      Companheiro Carlos Pinheiro, eles ainda não perceberam isto. + 4 anos.

  21. Teu Amigo

    15 de Fevereiro de 2017 at 10:09

    Carlos Pinheiro você mas deveria pensar em melhorar as tuas qualificações em vez de estar a seguir um homem sem qualquer noção dependendo dele para tudo até para viver e ter um trabalho. Eu compreendo que você adora o teu chefe pois foi ele que te deu casa, trabalho, dinheiro e até a mulher vocês compartilham. Você foi um péssimo deputado e um péssimo diretor de turismo. Nem escrever você sabe. Eu te conheci muito bem quando estiveste cá em S.Tomé a estudar no IUCAI e as dificuldades que tinhas.

  22. Gabriel Furlani Schultz (Rio de Janeiro-RJ)

    1 de Abril de 2017 at 22:29

    Sou brasileiro, leitor do Tela Non para compreender melhor as questões da pátria irmã são-tomense e afirmo que Adelino é o melhor articulista deste veículo de comunicação.
    Parabéns pelos artigos, todos de ótima qualidade.

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