Opinião

45 anos da Independência Nacional – Estamos, neste momento, muito mais longe de uma verdadeira Democracia!

Este contexto de confinamento, decorrente da pandemia que assola quase toda a parte da terra, foi profícuo na criação de condições promotoras da reflexão, individual e coletiva. Há, sensivelmente, um mês, em larguíssima conversa telefónica com um grande amigo meu, que está neste momento bem longe do lugar onde vivo, este me confessara, entre um misto de preocupação e surpresa, que aquilo que mais o preocupa, neste momento, na nossa terra, não são os problemas socioeconómicos, a jusante, decorrentes da manifestação da referida pandemia, nem tão pouco os problemas políticos que, invariavelmente, provocam crises e instabilidades governativas cíclicas nopaís e, muito menos, ainda, segundo a sua opinião, seria o falhanço governativo momentâneo, por escassez de recursos para dividir entre a comunidade.

Na sua opinião, que refutei com contra-argumentos, o problema que iria causar estragos ao país, nos próximos tempos, como resultado ou consequências da radicalização de jogos e interesses políticos, teria contornos de natureza identitária, bastante prejudiciais aos interesses do país.

Apesar do meu interlocutor ser uma pessoa que prezo muito e, até, pelo facto de valorizar bastante as suas reflexões que, em muitos contextos, me ajudam a compreender os problemas da nossa terra, continuei a refutar a síntese da longa conversa que tivemos.

Todavia, passados cinco ou seis dias, provavelmente para reforçar o conteúdo do seu argumento, ele enviou-me, através de correio eletrónico,  esta mensagem:

<…a diferença entre os Forros e Angolares é que os ditos Forros tomaram o lugar dos colonos brancos e os Tongas tomaram o lugar dos Forros e o Angolar ficou na mesma, servindo os Forros e os Tongas nas suas campanhas eleitorais e políticas a subirem de posições. E, assim, os Angolares nunca vão crescer com essa discriminação que dizem que é discriminação positiva. Enfim… Mas tudo terá um fim se Deus quiser. Comem!!!…>

Segundo o meu amigo, quem escreveu tal post, numa rede social, é um Angolar, que, mais tarde, vim a saber, trata-se de um grande amigo meu, desde os tempos da Quinta de Santo António, cujo nome é Ostílio Cosme, em resposta, se não me engano, a uma pergunta de alguém que, fez o tal post, interrogando os internautas, na altura, se sabiam qual era, na opinião dos mesmos, a diferença entre Forros e Angolares.

Mesmo tratando-se, eventualmente, de um desabafo, característico das redes sociais, não posso deixar de constatar, na análise daquela frase do meu amigo, Ostílio Cosme, algum incómodo e revolta, fruto dos tempos que correm, que denunciam a emergência de clivagens, com conteúdo identitário, como argumentação racional de um processo de exclusão de um grupo específico da nossa terra.

Isto é grave, porque, creio eu, só em momentos políticos específicos da nossa terra, para o bem ou para o mal, tal aconteceu e, nestas alturas, a questão identitária era trazida para contextos da luta política, como motivação para o sentimento de pertença comunitária e,no momento atual, pelo contrário, a questão identitária é trazida para o debate político em redor da explicação ou reivindicações de interesses que não são de todo generalizáveis, tendo, contudo, como suporte, a exclusão de um grupo específico da nossa terra, que, eu, particularmente, nutro uma grande admiração e consideração.

Tive muitos amigos de São João dos Angolares, durante a minha estadia na Quinta de S.António, e alguns dos quais são pessoas com um espírito de solidariedade fantástico e mais genuínas que conheci durante toda a minha vida.

É revoltante e incompreensível saber, passados 45 anos após a independência nacional, quea mobilização de questões identitárias para o debate político, no país, esteja a acontecer, neste momento, fruto da exclusão ou marginalização de um grupo específico da nossa terra. Resta, contudo, diagnosticar com racionalidade, sobre as causas para esta manifestação de indignidade que, tendo em conta a praxe política da atual maioria governamental, não me parece um caso avulso ou eventualmente desprezável.

Por que razão não me parece um caso avulso ou desprezável?

Porque, depois da manifestação daquele episódio que permitiu ao meu amigo, Ostílo Cosme, escrever aquele post, acabei, ainda ontem, de receber um outro post, de outro amigo meu, cujo texto transcrevo abaixo:

<…. Então, querem retirar o P da sigla RNSTP? Senhor Diretor, promova união, temos de olhar na mesma direção.País é único! Como é possível a Rádio Nacional de S.Tomé não aceitar passar qualquer outra notícia do Príncipe, se não for falar mal da ilha ou das suas políticas…>

Segundo me dizem, quem escreveu tal post, é um grande músico e conterrâneo da Região Autónoma do Príncipe, que infelizmente, não conheço, cujo nome é Ângelo Mendes.

Soube, também, que o delegado da PIC, na ilha do Príncipe, há, sensivelmente, muito pouco tempo, agrediu de forma brutal e desumana, um pescador, de origem Angolar, durante um interrogatório policial, por motivos fúteis relacionados com a captura e consumo de tartaruga, deixando o homem entre a vida e a morte.

A família do mesmo e uma parte da população da ilha do Príncipe manifestaram indignação perante esta bárbara agressão e o Governo Regional diligenciou, junto do Governo Central e de outras entidades, para que o problema fosse resolvido e explicado.

A Comunicação social Regional fez uma reportagem, de denúncia, sobre o assunto em causa e enviou para a TVS para que a mesma fosse transmitida. Infelizmente, a TVS, em colaboração com membros do atual Governo Central, designadamente a senhora ministra da Justiça e o responsável pela pasta governamental da comunicação social, censuraram a referida notícia ou reportagem, sem qualquer explicação objetiva. É este, infelizmente, os contornos da democracia que estamos a viver, neste momento.

Ficamos todos a saber que a vida daquele cidadão tem menos valor do que a de qualquer outro Santomense, ou, dito de outra forma, com este governo da república, há cidadãos mais respeitados do que outros, consoante a sua origem e estatuto social ou económico.

Estamos a viver, com muita pena minha, tempos difíceis, neste momento, onde, por ingenuidade ou inexperiência política, falta de bom senso e, sobretudo, a manifestação de muita ignorância e defesa de interesses de um grupo específico de pessoas, são fatores que estão a contribuir para que os decisores políticos, desta nova maioria, estejam a empurrar o país para uma situação onde a manifestação dos sintomas da grave crise socioeconómica, decorrente da manifestação da pandemia do COVID-19, esteja a misturar com manifestações de indignidade, mais ou menos declarada, decorrentes da exclusão ou marginalização de grupos comunitários específicos da nossa terra, por razões identitárias ou de outra natureza.

É bom, contudo, que esta nova maioria entenda, se é que não sabem, que, em democracia, nenhuma instância social se pode colocar em situação de dona e representante da totalidade do país.

E o que mais me indigna é que são estes tiques totalitários, que mais criticavam no governo anterior, que, neste momento, ao contrário daquilo que aconteceu com o governo da ADI, começa a ganhar contornos, na governação desta nova maioria, permitindoa emergência de problemas e clivagens identitárias na nossa terra. Isto é preocupante e pode ter consequências aterradoras, no futuro, para o país.

Se é verdade que, da parte do MLSTP, este comportamento não me surpreende muito, apesar do slogan “Unidos Venceremos”, tendo em conta, por exemplo, aquilo que, Rafael Branco, como primeiro-ministro, fez ao Príncipe, relativamente ao problema do cabo da fibra ótica, excluindo a ilha em causa deste processo, ao contrário daquilo que Cabo Verde fez, e, desta forma, amplificando o seu isolamento no mundo; por outro lado, tenho dificuldades em compreender e aceitar a posição do PCD e de outras forças políticas, da atual maioria governativa, neste processo.

Esta posição do governo do MLSTP e, especificamente, do senhor Rafael Branco, foi, provavelmente, a decisão mais segregadora, desde a independência nacional, com o objetivo de marginalizar e isolar um grupo comunitário específico da nossa terra, que qualquer governo tomou no país.

Se, neste âmbito, não me causou qualquer admiração ou surpresa, relativamente ao silêncio e complacência de alguma elite nacional, sobre este caso, tenho, contudo, dificuldades em compreender as razões que levam esta mesma elite a indignar-se quando, dos respetivos contextos comunitários, nalguns casos eternamente confinados e maltratados, prevalece a manifestação de uma atitude de revolta e radicalização, nalguns momentos, perante tais desmandos e atitudes.

Não creio que o caminho que esta maioria governamental escolheu, de livre vontade, seja o melhor para o país. Não me indigna nada ou me causa qualquer pavor, por exemplo, a reflexão e debate em torno de problemas identitários ou de outra natureza, no contexto democrático, muito pelo contrário, estes confrontos são desejáveis e, até, estimulantes.

O que me indigna é a tentativa de se querer transformar uma maioria eleitoral e governativa momentânea, que tem um posicionamento político particular, em algo que todos deveriam sujeitar, sem qualquer debate e reflexão. A rádio e televisão nacionais não são patrimónios públicos desta maioria governamental ao ponto de tentarem excluir ou impedir informações de quaisquer outros grupos comunitários.

E, tendo em conta a manifestação deste episódio insólito, neste momento, fica a impressão, perante os cidadãos, que a entrega de viaturas novas, pelo senhor primeiro-ministro, aos órgãos de comunicação social de S.Tomé, recentemente, foi uma encomenda estratégica para o trabalho de segregação e censura jornalística que acabaram por fazer relativamente ao Príncipe e outros grupos comunitários.

Em política, aquilo que parece é, sobretudo porque este ato não foi condenado por qualquer membro do governo central, incluindo o responsável da referida pasta governamental.

Num país decente, os responsáveis governamentais destas pastas seriam demitidos. Não são pessoas credíveis para fazerem parte de qualquer governo de qualquer país.

É por isso, também, que tenho dificuldades em compreender a bondade proclamatória discursiva do primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, em torno da defesa dos ideais da democracia e, por outro lado, a realidade prevalecente no país. Estamos, neste momento, passados 45 anos da independência nacional, mais próximos de um regime monolítico do que de uma verdadeira democracia, diante de um governo da república sem uma ideia para o país, sem um rumo, sem coordenação, sem valores e princípios e cujo âmbito de realização está repleto de malfeitoria.

Temo que o meu amigo tenha toda a razão!

É bom, contudo, que esta nova maioria, que se julga dona do país inteiro, interiorize algo de importante neste processo que traduz a moral do famoso poema de Goethe: “espíritos poderosos só devem ser convocados pelos mestres que os podem dominar”. Não sei, contudo, se, neste momento, existe no seio desta nova maioria, mestres feiticeiros com capacidade de parar as consequências do feitiço que estão a engendrar.

Adelino Cardoso Cassandra

30 Comments

30 Comments

  1. STP

    6 de Julho de 2020 at 13:32

    Obrigado pela reflexão Adelino. Parabéns. Espero que nos próximos 50 anos pode haver mais inclusão com Príncipe.

  2. Até quando

    6 de Julho de 2020 at 13:34

    MLSTP é maior mal do país desde independência. Os ministros só a fazer asneira pra prejudicar país. Até quando?

  3. Triste

    6 de Julho de 2020 at 13:36

    Quando era ADI no poder os camaradas elogiavam artigos de Adelino. Agora não gostam de ver ele escrever. Só insultam. Credo gente

  4. Ladeslau

    6 de Julho de 2020 at 14:15

    Só um cego é que não olha que este governo está a seguir por um caminho de desastre. Desde que eu nasci neste país e estou fora de Portugal a 13 anos, nunca vi outro governo igual a este. Criticaram muito o Dr.º Patrice Trovoada e agora eu acho que este governo é muito pior. A senhora dos negócios estrangeiros faz este ministério como casa dela. A senhora do Turismo é das pessoas mais burras que eu conheci. Não serve bem para chefe de mercado. A senhora da Justiça não sabe nada da área que está a comandar. A senhora da educação não vale a pena falar. Onde vamos parar com esta brincadeira toda é que eu não sei. Um país que precisa nesta altura de bons dirigentes para competir com outros países vai colocar só pessoas incopententes no governo? Chiê!!!! Isto é muito triste. País de atrasados!!! Palavra de honra minha gente. Eu já estou farto disto tudo. Desculpa-me falar assim mas isto revolta uma pessoa.

  5. Fui do UMPP Sei o que falo

    6 de Julho de 2020 at 14:29

    ADELINO CASSANDRA se soubesses a democracia que o teu irmão TóZÉ CASSANDRA implantou aqui no Príncipe, dava-te nojo de olhar para cara do teu mano. Teu irmão é nojento, porco, bandido, ditador e corrupto. Imagina que teu irmão vendeu roça de Estado na ponta do sol com a praia de Iola por 350 mil euros para um português não pagou nenhum tostão de imposto.

    • Seabra

      7 de Julho de 2020 at 0:56

      Valido ???

    • Outra vez

      7 de Julho de 2020 at 3:48

      Vem ao público dar cara. Gente sabe quem vc é k esconde com estas insinuações e quer lugar dele. País não vai andar com perfil falso k não tem coragem de dar cara e assumir conversa

  6. Folho de pescador

    6 de Julho de 2020 at 14:51

    Os Angolares sempre foram sacrificados neste país e o MLSTP foi o primeiro governo que começou com esta praga.

  7. desiludido da independencia

    6 de Julho de 2020 at 15:21

    Eu digo todos os dias aos meus amigos e familiares. Este país não tem remédio. Cada governo que entra faz pior do que outra que estava lá. Toda a gente ouviu o senhor J.B.J dizer em voz alta que ele iria acelerar a democracia, respeitar os direitos humanos, fazer a justiça para toda a gente, blá, blá, blá,. Agora está a acontecer estas coisas todas. O senhores da PIC bate nas pessoas, presos são baliados pelos guardas, a senhora ministra de negócios estrangeiros transforma o ministério em roça dela, a ministra da cultura, comércio e turismo passa a vida na feitiçaria no ministério, a minsitra da justiça pensa que é ela que manda na justiça e manda prender pessoas como coisa que ela é juiz. Que país é este? Sinceramente. Vão se catar mais é.

  8. Diasporano

    6 de Julho de 2020 at 15:51

    Esta ministra de justiça sabe tanto de justiça como eu sei de cozinha. Só em S.T.P é que estas coisas acontecem. Para fazer interrogatórios judiciais é preciso bater pessoa até coisa matar. Depois o Jorge vem falar de democracia. Vai comer uma coisa que eu sei.

  9. Autarca

    6 de Julho de 2020 at 15:55

    o partido está a ficar muito manchado com o comportamento deliquente destes ministros. O primeiro ministro tem de mexer com o corpo senão adêua congo. Quem avisa amigo é. Não foi para isso que eu votei no MLSTP.

  10. G..J.R

    6 de Julho de 2020 at 16:36

    Este país está desgraçado com estes dirigentes. Maldita gente que não percebe nada e cometem sempre os mesmos erros na governação. Vão pagar um dia estes desmandos que estão a fazer. São porcos e sujos e não merecem o respeito de ninguém.

  11. Ferreira Caetano

    6 de Julho de 2020 at 16:48

    Rafael Branco foi o pior primeiro ministro que este país teve até hoje. Ele só se preocupou em aumentar a sua fortuna. Ele hoje em dia é uma das pessoas mais ricas deste país. Tem terrenos, casas e empresas. Tudo isso com bens do estado. Não compreendo por isso como é que o atual primeiro ministro tem ainda a lata de colocar este homem a acessorar o governo com um bom tacho onde ele ganha uma fortuna. Este homem, o Pósser da Costa e a Maria das Neves deviam estar na cadeia. São todos bandidos e ladrões deste triste povo. Este povo se não fosse o que é estes dirigentes seriam queimados vivos. Pronto falei. Ferreira Caetano

  12. Forte e Feio

    6 de Julho de 2020 at 17:42

    Quem avisa amigo é. O Jorge sabe muito bem aquilo que falamos. Não foi para isso que lutamos. Isso é uma aldrabice e engano ao povo. Eu não contrubi para derrubar o anterior governo para agora estarmos a castigar os mais pobres nos tribunais com porrada. Se a ministra da justiça não serve vai para casa. O senhor Adelino Lucas se não serve vai para casa. Os outros a mesma coisa.

  13. Conforme

    6 de Julho de 2020 at 21:34

    Estes tipo da PIC senpre tiveram esta mania de dar pessoas porrada para aceitar que fez crimes. Num país sério este polícia ia para olho da rua e pagava uma boa indeminização coitado. Este Adelino Lucas é um grande corrupto e incopetente. Numa democracia ainda se faz censura, eu nunca vi isto. Estamos lixados com estes políticos.

  14. Fode Budo

    6 de Julho de 2020 at 21:44

    Isto não é novidade para ninguém. No tempo de regime único o MLSTP fazia muito pior. As pessoas tomavam pau de verdade. Burro velho não muda. Esta gente não aprende nada. Se eles fazem isto com Angolares eles fazem com outras pessoas. Basta ver a forma como certos dirigentes deste partido fala em relação aos outros líderes de outros partidos. Eles não perdoam nada. Algumas destas pessoas, tirando alma que não merece, foram para o governo com a intenção de resolver definitivamente as suas vidas. Estão a aparecer fulu-fulu. Tudo que aparece a frente tentam levar. Basta ver o exemplo da ministra dos negócios estrangeiros.

  15. Ex Governante

    6 de Julho de 2020 at 21:52

    Mas aonde é que está a novidade? MLSTP nunca mudou. Quem mudou é o PCD, o MDFM e os outros. Infelizmente vão desaparecer mais cedo daquilo que eu espero. Basta chegar as eleições.

  16. Revolução em marcha

    7 de Julho de 2020 at 7:12

    É mesmo que teu irmão Tozé faz com a rádio REGIONAL os opositores não têm acesso a rádio REGIONAL. A rádio REGIONAL funciona como pertença da família de Rodrigo Cassandra. Adelino teu irmão Tó ZÉ CASSANDRA não é flor que se cheire

  17. Ralph

    7 de Julho de 2020 at 8:47

    Manter uma demócracia forte e estável parece ser difícil em países pequenos e insulares, principalmente quando aquele país não tem nem muitos recursos naturais nem vantagens físicas ou geográficas. Resistir à atração da corrupção e do nepotismo não parece ser fácil. Não posso pensar em muitos exemplos de tais países que tenham conseguido fá-lo ao longo prazo. Todavia, vale a pena continuar a persistir.

  18. SEMPRE AMIGO

    7 de Julho de 2020 at 9:51

    Senhor Adelino Cardoso Cassandra!Abra o jogo!Não consegui desvendar o que pretende trazer a ribalta com este artigo de opinião.Hoje é o “angolar”,amanhã será o “tonga”,depois de amanhã será o “cabovedê”,em seguida e finalmente será o “forro”,porque (desculpe tentar ler o seu pensamento) o “moncó”não entra nesse jogo.Sempre li com muita atenção e, criteriosamente, os seus artigos de opinião publicados no TELA NÓN.Não o conheço pessoalmente,contudo,através dos seus artigos com um nível intelectual respeitavel, fui alimentando a esperança de poder vir a conhece_lo pessoalmente…….Senhor Cassandra um cidadão de seu nível intelectual deve libertar-se das cargas do passado que só perturbarão a sua visão objectiva da realidade.

    • Meu Primo

      7 de Julho de 2020 at 16:28

      senhor sempre amigo, deixa o senhor Adelino Cardoso Cassandra escrever. O senhor concorda com esta coisa que aconteceu no Príncipe onde um senhor de origem Angolar foi espancado pela polícia quase que morria? Senhor concorda com isso. Diz-me por favor. Eu também sou de origem Angolar, vive uma parte da minha vida em Ribeira Afonso e no Príncipe também com os meus pais na roça Infante. Aquele senhor que foi espancado é filho do meu tio. Senhor acha que uma pessoa pode ser maltratada com a cara toda quebrada e ossos partidos, lesão nos rins, por causa de apanhar tartaruga. O senhor concorda com isso? Acho muito bem o senhor Adelino Cardoso Cassandra falar sobre isso. Não chegou aquilo que o MLSTP fez antigamente que prendeu e matou muita gente notra altura incluindo o meu primo que apanharam e levaram porque virão ele a querer ir pescar de madrugada e pensaram que ele era golpista. Vocês vão pagar isto muito caro. Quando morrerem vão para inferno. A riqueza que estão a criar vai convosco. Malditos.

  19. Boa

    7 de Julho de 2020 at 11:06

    Os angolares Gabão Tonga e caverdianos foram sempre discriminados pelos forros sendo certo que esses forros são os piores seres que jamais se viu na face da terra pois não trabalham, são mesquinhos invejosos intriguistas e ainda por cima invejam mulheres de outros quando são chefes. É esta a radiografia desta sociedade que muitos escondem.

  20. PIC

    7 de Julho de 2020 at 11:08

    Entreguem esta país para Portugal e ao mesmo tempo pede desculpa aos Portugueses pela ousadia de querer tomar independencia. Que independencia nos estamos nele que entra governo e sai governo e em ez de as coisas melhorarem ficam a piorar só. Quem ouviu o senhor Jorge Bom Jesus a falar antes de ir para o governo está completamente com a cabeça em água. O senhor prometeu e quase jurou que ia fazer diferente, que ia respeitar democracia e direitos humanos, que ia acabar com corrupção, que ia governar para toda a gente, ia, ia, ia, ia, ia, ia,…
    Com que cara que ele fica quando se ouve uma coisa desta que batem os presos quase até morrer por causa de apanha de tartaruga e ainda por cima proibe para isso não passar na televisão.
    Com que cara é que ele fica quando a ministra dos negócios estrangeiros envergonha o país nos negócios dela envergonhando toda a gente.
    Com que cara é que ele fica quando o senhor Adelino Lucas proibe jornalistas de passar notícias na televisão.
    Com que cara ele fica quando o senhor Pósser da Costa fica com grande terreno de estado para vender para Sonangol.
    Tenham vergonha minha gente. Já chega de tanta bandalheira no país.

  21. Caboverdiano

    7 de Julho de 2020 at 17:51

    sempre amigo, isto sempre foi assim em S.Tomé. Os caboverdianos, os angolares e os do príncipe sempre sofreram neste país. Alguns forros é que comiam tudo e ainda hoje continuam a comer. Concordo com o senhor que escreveu. Qual necessidade do senhor rafael branco fazer isto com as gentes do príncipe. É para eles focarem cada vez mais para trás? É assim que se governa um país? Se cabo verde não fez isso e tem mais ilhas que s.tomé porque que s.tomé fez isso. O interesse era só prejudicar as gentes do príncipe. Eu não vejo outra explicação. Porque bater no senhor de Angolar até quase ele morrer? Porque que fizeram isso? É porque não gostam de Angolar. Sempre foi assim cá em s.tomé. Quando não é com cabo verdiano é com angolar ou gente do príncipe.

  22. DUDNETO

    8 de Julho de 2020 at 10:00

    Para Adelino Cassandra

    Senhor Adelino Cassandra, admiro muito seus post, no entanto quero lhe perguntar certas coisas, o senhor vive somente a criticar que tudo vai mal neste país, ok, só se tem esse pensamento porque seja como for alguém tentou fazer alguma coisa só erra quem tenta, só vai longe quem insiste, nessa lógica lhe pergunto:

    Durante os seus anos de vida o que fez pelo nosso belo país? O estado fez conceções de terra teve interesse em alguma parcela para plantar e gerar riqueza? Se fez alguma coisa meus parabéns.

    Diferenciação entre forro, angolar, tonga e moncô, Cabo-Verdianos ou Gabão como é dito na nossa gíria, demostrando que o forro tem tendência de ser superior, como um bom professor que é, deverias em primeiro lugar ensinar as pessoas do porquê desse comportamento do forro, pois esse comportamento vem também do senhor, de não aceitação da escravatura. Os nacionais santomenses dizem que nunca foram escravos, o senhor deve lecionar sobre a história do nosso país, desde a descoberta até a independência. Já fez isso?

    O cabo de fibra ótica que não foi ao Príncipe, todo mundo está careca de saber que este país não tem recurso próprio, qualquer coisa temos que pedir aos parceiros, dependendo da situação os parceiros envolvidos fazem também suas contraproposta, no ramo de negócio ninguém quer perder. O senhor pode apresentar documentos comprovativos de que na apresentação do projeto de fibra ótica o príncipe já estava excluído pelo então governo?

    O senhor angolar que foi espancado pelo agente da PIC, sei que os nossos policiais estão mal preparados em lidar com situações adversas, eu próprio tenho um problema contra o estado e fui chamado ao PIC, o que agente me fez, não quero aqui mencionar pois não interessa nada, não me bateu porque o meu nível de conhecimento parece ser superior ao dele, ele tentou dobrar-me, mas não conseguiu. No seu post o senhor diz que alguém disse que o angolar foi espancado, ok. O senhor procurou saber se no momento de abordagem que tipo de conversa existiu entre o agente e o senhor angolar? Se o senhor estivesse em São Tomé neste momento de pandemia veria o comportamento dos nossos concidadãos.

    Censura, está patente não é mentira, isso acontece em todas as governações, só não entende ainda, porquê que o senhor não criou uma ONG das causas justa neste país? Uma ONG que investigue tudo mais um pouco.

    Responde-me isso no próprio jornal.

  23. SEMPRE AMIGO

    9 de Julho de 2020 at 14:13

    AMIGO(A?) ! Li o seu comentário ao artigo do cidadão Adelino Cassandra.A dada altura o amigo(a) escreveu:”Manter uma democracia forte e estável, parece ser difícil em pequenos países e insulares,principalmente quando aquele país não tem muito recursos”.A sua acertada reflêção e preocupação coincide com a afirmação do senador americano,WILLIAM FULBRIGHT,que no seu livro A,” ARROGÃNCIA DO PODER”,escreve:”Temos(nós os americanos que nos conduzimos como se fossemos donos da terra) de nos convencêr que os métodos democráticos têm registado maior número de fracasso do que de êxitos na Asia, Africa e na América Latina e que, enquanto populações em rápido crescimento continuarem a pressionar economias que só muito lentamente se desenvolvem as convulsões violentas não são apenas possíveis mas, na realidade, muito prováveis.Temos(nós santomenses-cabovêdê,angolar,tonga,moncó,forro,mulatos ,brancos e…) sobretudo agora ,perante o grande desafio que a pandemia covil-19 nos colocado,de vi

  24. SEMPRE AMIGO

    9 de Julho de 2020 at 14:39

    ….de estar unidos no combate á tudo e todos que consciente ou inconscienteemente, nos podem levar a confrontos divisionistas.E otempo chegará(,espero que seja o mais cedo possível)em que teremos a oportunidade de auscultar a nossa República,detectar as suas enfermidades, descobrir ,sem complexo ,as nossas fraquezas e melhorar as nossas virtudes.UNIDOS ,vamos enfrentar e vencer covil-19. SEMPRE AMIGO.

  25. SEMPRE AMIGO

    9 de Julho de 2020 at 14:44

    Esqueci de es crevero nome do AMIGO(A).Chama-se RALPH(?)

  26. SEMPRE AMIGO

    9 de Julho de 2020 at 18:55

    Li o comentário do cidadão(ã?)Ralph que a dada altura escreveu:”Manter uma democracia forte e estável parece ser difícil em países pequenos e insulares,principalmente quando aquele país não tem recursos naturais”Fim da citação.Essa sua pertinente reflexão fez-me lembrar uma idêntica reflexão escrita por um senador americano WILLIAM FULBRIGHT ,que no seu livro A ARROGÂNCIA DO PODER,escreveu:”Temos de nos convencer( nós os americanos que se conduzem no estrangeiro como se fossem os donos da terra)que os métodos democráticos têm registado maior número de fracasso do que de êxitos na Ásia,na África e na América Latina e que enquanto populações em rápido crescimento continuarem a pressionar economias que só muito lentamente se desenvolvemos convulsões violentas não são apenas possíveis mas, na realidade, muito prováveis”.O momento histórico que estamos a atravessar,com a transição do mundo unipolar para o mundo multipolar, deve obrigar-nos(á nós santomenses-“tonga”,cbovêdê”,angolar”,moncó”,forro”,mestiço”,”tuga”)a estarmos unidos para enfrentar com sucesso o grande desafiou que temos pela frente a saber:libertaros santomenses da ignorância,da mediocridade,da fome,com uma estratégia de desenvolvimento capaz de valorizar as nossas múltiplas potencialidades.

  27. Filho do príncipe com Orgulho

    9 de Julho de 2020 at 22:46

    Eu concordo 100 por cento com tudo aquilo que o Adelino escreveu. Todo esse abuso que acontece ainda no Príncipe também tem colaboração de algumas pessoas do próprio Príncipe. O senhor Damião Vaz de Almeida é um deles. Ele andou como lacaio a permitir que todo este mal que o MLSTP fazia o Príncipe ainda hoje continua. Ele foi malvado mesmo contra a terra dele. É por isso que esta gente não gosta de gente do Príncipe e até abusam. Davam migalhas ao senhor Damião Vaz de Almeida e a família dele para sacrificar gente cá do Príncipe. Este abuso um dia vai acabar. Escrevem isso que eu estou a dizer. Podem ter toda a certeza disso que eu estou a dizer. S.António do Príncipe vai ajudar a acabar com este abuso. Toda a gente sabe que as pessoas do Príncipe, as pessoas de Cabo Verde e os de Angolares são maltratadas nesse pais. Isto não é novidade para ninguém. A única pena minha é que exite naturais do Príncipe que também participaram neste regabofe. No caso o senhor Damião Vaz de Almeida. Mas podem crer que o MLSTP cá no Príncipe vai acabar. Escreve isso que estou a dizer. Ainda por cima tendo António Burro como lider principal. Continuam a abusar do Príncipe que voces estão no bom caminho. Malditos.

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