Opinião

Um desconforto desnecessário

Este nosso artigo surge uma semana depois do que nos pareceu constituir um retrocesso na dinâmica do nosso país. O nosso primeiro impulso foi escrever uma Carta Aberta ao Sr. Primeiro Ministro de São Tomé e Príncipe, Dr. Jorge Bom Jesus,logo após nós, emigrantes são-tomenses, termos ouvido, com perplexidade,do Sr. Primeiro Ministro as seguintes palavras num minicomício durante a inauguração do Mercado de Bobô-Forro, no dia 23 de julho de 2020:

  • Cada um que está no estrangeiro (“cóbo d’áua”) a mandar bocas, que venha para aqui ajudar-nos a combater o coronavírus, ajudar-nos a desenvolver o país;
  • Aqui é que queremos ver homem. Quem é homem vem para aqui!
  • Quem é homem não foge!

A perplexidade advinha do facto de, como emigrantes, estarmos convencidos de que essa linguagem é completamente inadequada num país  de emigração, que é São Tomé e Príncipe, em que cerca de 35% da população vive fora do país, população a que se convencionou chamar a Diáspora São-tomense, gente que trabalha fora, cria raízes fora, planta as suas sementes fora, mas nunca esquecendo a sua pátria, São Tomé e Príncipe. Porque apenas os néscios não entendem que há muitas razões por que um nacional decida viver fora do seu país, sendo todas elas certamente dolorosas e difíceis.

Porém, no dia seguinte, em outra atividade política, o autor de tais palavras veio dizer que toda a gente sabia a quem eram dirigidas as suas palavras do dia anterior. Sinceramente, pior a emenda que o soneto! É verdade que estamos conscientes da circunstância política do gesto e do ato e, muitos saberiam (ou adivinhariam),quem seria o destinatário direto de tais palavras. Ora, esta razão não procede, porque mesmo no calor de uma “atividade política”, um político – pelo menos um político avisado e experiente, como se supõe que um Primeiro Ministro deva ser – não pode deixar-se levar pelo taticismo e proferir palavras ambíguas suscetíveis de criar mal-estar generalizado, como foi o caso destas declarações, porque houve gente que se sentiu desconfortável pois fora habituada a ouvir estas palavras, que lhe retiravam legitimidade enquanto são-tomenses, desde o tempo da outra “senhora” – leia-se, o tempo do partido único, tempo de má memória, queremos crer mesmo para muitos do então establishment.

Quanto ao facto de as palavras serem dirigidas a um adversário político, Patrice Trovoada (até porque de outra forma as declarações seriam de uma misoginia e de um machismo inaceitáveis nos tempos que correm!),continua a ser nefasta e muito inadequada tal atitude:teria sido, isso sim,politicamente produtivo e socialmente pedagógico que, em vez de “piadas”, como se diz em São Tomé e Príncipe, um político – e, mais ainda, um Primeiro Ministro, presidente do partido no Poder! –se dirigisse ao adversário de forma direta, sem ambiguidades,de modo a não confundir Patrice Trovoada com a Diáspora de São Tomé e Príncipe.

O que aconteceu foi que, antes do pronunciamento posterior em que o PM se “explicou” (mas sem assumir que errou, o que lamentamos, pois fazer mea culpa não diminui ninguém), muitos são-tomenses no exterior, homens e mulheres que representam aproximadamente 1/3 da população do país, se sentiram incomodados com tais declarações porque leram nelas a revitalização de um atestado de menoridade que o regime da I República sempre passou àqueles nacionais que vivem fora do país, como se fossem menos são-tomenses, párias, cidadãos sem direitos de cidadania plena. Se antes tal mentalidade se entendia no quadro de um regime que não respeitava opções individuais (e outras opções, aliás), hoje essa linguagem revela não apenas um pernicioso atraso ideológico como um desconhecimento da dinâmica do mundo moderno, que não se pode fechar em fronteiras fixas.

Mas esse desconhecimento seria tanto mais grave quando vindo de um responsável político, que não se acredita que não saiba o lugar dessa população que vive fora do país e de alguns aspetos a ela associados, tais como:

  • que ela mantém laços com o país através das suas remessas que alimentam as famílias mais carenciadas do país;
  • que ela investe as suas parcas poupanças na construção civil no país;
  • que ela complementa as insuficiências do Serviço Nacional de Saúde, através do envio regular de medicamentos para familiares e amigos;
  • que ela é – apenas os ingénuos não o reconhecem – manipulada politicamente através das redes sociais quando convém.

O que nós, são-tomenses que vivemos fora do país e que vamos contribuindo como podemos para o desenvolvimento do país, gostaríamos de ouvir do sr. Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus (e, antes dele, muitos outros, pois esta tem sido uma reivindicação recorrente, pelo menos desde a abertura multipartidária) eram notícias sobre:

  • Alteração da lei eleitoral para podermos votar nas próximas eleiçõeslegislativas;
  • Criação de condições para que podermos fazer passaportes nas Embaixadas e Consulados;
  • Redução de taxas alfandegárias como medida de incentivo ao nosso regresso ao país;
  • Redução de taxas de juros bancárias e outros incentivos para captar as nossas poupanças;
  • Sensibilização dos Ministérios e outros órgãos do Estado para incentivarem a participação de quadros da Diáspora em projetos em curso nessas instituições públicas.

Claro que sabemos que aquele ato em Bobô-Forro foi um momento menos feliz e não um gesto verbal a que o bom povo costuma a classificar como “fugiu-lhe a boca para a verdade” – isto é, que disse aquilo que pensa. Nem queremos acreditar em tamanho atraso na forma de pensar o nosso país, que é um arquipélago e que tem de se pensar para além das fronteiras territoriais. Outros países,insulares ou não (mas sobretudo aqueles), têm-se desenvolvido de mãos dadas com os emigrantes, integrando essa mais-valia na dinâmica desenvolvimentista do país. Está na hora de aprender com os outros, onde os outros fizeram – e têm feito – bem. A pólvora está descoberta – porque não utilizá-la?

Lisboa, 30 de julho de 2020

Alcídio Montoya Pereira (Técnico bancário, Portugal)

Inocência Mata (Professora universitária – Portugal)

João Viegas (Informático, Portugal)

Liberato Moniz (Arquiteto, Portugal)

20 Comments

20 Comments

  1. FDP

    30 de Julho de 2020 at 22:47

    Palhaçada de artigo. Inocência uma infeliz!

  2. Gregorio Furtado Amado

    30 de Julho de 2020 at 23:03

    Os meus agradecimentos senhora professora. Mas cuidado porque amanha pode haver insultos ou queixa crime na justiça. É o que vivemos atualmente aqui.

  3. Humbah Aguiar

    31 de Julho de 2020 at 5:42

    Sempre respeitei muito os autores deste artigo e admirei muito, particularmente, o Alcidio Montoia Pereira. Alcidio, sempre muito iisento e fugindo com firmeza à futilidades. Não conheço bem, João Viega, mas sempre me pareceu pouco dado a futilidades e nada dado a sentimentalismo. Tanto a Professora como o Liberato Todos sabemos o que lhes move, logo natural que as suas declarações sejam consoante o que lhes vai na alma no momento, mas isso não lhes desvincula do facto de serem todos considerados gente importante e intelectuais da nossa sociedade, com conhecimento considerável das questões sócio-política-cultura e económica de STeP, assim quaisquer que fossem as declarações de um líder do país, saberiam de antemão interpretar e esclarecer aos menos ilucidados do que se trata, ainda por mais qdo depois há um esclarecimento posterior de quem as proferiu. Cabe aos intelectuais esclarecer e ilucidar os que menos conhecimento têm para entender certas questões e não ajudar a deixar as pessoas, mais confusas ainda. Desta vez, fizeram um trabalho, totalmente, contra Povo e não a favor do dele. O que me deixa, profundamente, desiludido com os mesmos. Humbah Aguiar

    • Alfredo Bom Jesus

      31 de Julho de 2020 at 12:34

      Subscrevo totalmente o conteúdo do artigo destes compatriotas que estão na diáspora. Isso contribui para enriquecer a nossa democracia. O artigo está bem feito e o conteúdo do mesmo reflete, com argumentação, as preocupações dos seus autores e também de outras pessoas da diáspora, como é o meu caso. Admito que aja pessoas, mesmo na diáspora, que não estão de acordo com o conteúdo do artigo em causa. Isto também é respeitável.
      O que eu não compreendo, nem admito compreender, é a postura antidemocrática de alguns conterrâneos que ousaram dar a sua opinião aqui neste espaço sobre o referido artigo, designadamente o senhor Humbah Aguiar e outros.
      Meus senhores, em democracia, opinar sobre assuntos da república não é um crime nem nenhuma ousadia. É um ato de cidadania. O senhor Humbah Aguiar deveria saber isso. Quando o senhor diz banalidades e tontices em diretos que mais fazem lembrar o nosso carnaval, em termos de conteúdo político e social, eu, mesmo não concordando em quase nada com aquilo que diz, respeito a sua opinião e até encorajo-o a continuar na linha que o senhor escolheu para falar sobre o país. É um direito que o senhor tem que eu lutarei com todas aminhas forças para que o senhor continue a usufruir deste direito.
      Nunca sequer passou-me pela cabeça que o senhor faz o que faz porque “todos sabemos o que lhe move, logo é natural que as suas declarações sejam consoante o que lhe vai na alma no momento”.
      Nunca diria isto de si e senhor sabe porquê? Porque eu sou democrata e, sobretudo, respeito as opiniões de todas as pessoas, independentemente do seu status político ou social. O senhor acha que a professora Inocência Mata e Liberato Moniz falam e escrevem sobre o nosso país porque eles têm alguma motivação, política, social, financeira ou de outra natureza, para o fazer. É isto que o senhor sugere. Se o senhor não conhece a professora Inocência Mata, como afirmou no seu texto, como é que pode sugerir que ela escreve por alguma motivação pessoal e não se trata de um somente ato de cidadania?
      O senhor deveria ver-se ao espelho antes de emitir esta opinião e este ato diz muito das suas qualidades como ser humano e sobretudo como democrata e cidadão. O senhor perde toda a razão quando critica os outros, sobretudo os políticos, acusando-os de serem ditadores ou antidemocratas porque aquilo que o senhor escreve sobre a professora Inocência Mata e outros conterrâneos que escreveram este artigo é típico de um ditador.
      Repara que o senhor, em nenhum momento do seu texto, desmontou com argumentos o conteúdo do artigo destes conterrâneos. É isto que eu esperava que o senhor fizesse, como democrata. Ou seja, que o senhor desse a sua opinião contrariando a tese defendida por aqueles compatriotas naquele artigo. O senhor, em nenhum momento do seu texto, faz isso. Limita a fazer insinuações de caráter sobre os articulistas sem rebater qualquer argumento que os mesmos avançaram no referido artigo. Isso diz muito do seu caráter. Por isso, as críticas que o senhor faz aos políticos nacionais perdem legitimidade porque o senhor, com este comportamento, comporta-se como uma miniatura destes políticos que o senhor condena e apouca. Santa paciência!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
      Tenho dito.
      Alfredo Bom Jesus

    • Humbah Aguiar

      4 de Agosto de 2020 at 10:20

      Não preciso escrever uma tese para interpretar o discurso feito pelo primeiro-ministro JBJ, até porque foi um dos mais claros e diretos que aquele fez. O artigo passa, completamente, ao lado, colocando a Diáspora como todo em foco, o que não é verdade, e com o imediato esclarecimento do PM JBJ tornou-se o artigo inútil e Com um ‘quê’ de mal intencionado. De todos que assinam o artigo, os que tive alguma convivência de perto e que sabem bem quem sou, é justamente a Dr. Inocência Mata e o Arquiteto Liberato Moniz, um que sempre manifestou publicamente o desagrado com o tempo do partido único e outro a intenção de ser Presidente da República, muito público. De resto caro Alfredo Bom Jesus, os comentários e reações a este artigo, revelam tudo: 21-7. Pela Honestidade Intelectual, Humbah Aguiar

  4. Inconformado

    31 de Julho de 2020 at 5:42

    Vivo na Europa a 24 anos e meio e subscrevo a 100% aquilo que o sr Primeiro Ministro disse.

  5. Sem assunto

    31 de Julho de 2020 at 5:53

    De fato o país precisa de gentes aqui, sim, e não de opniadores e agitadores fora dele. Se a carapuça serviu é porque vocês são realmente tudo aquilo que o senhor Primeiro ministro referiu no seu comício menos conseguido.
    Inocência Mata, pessoa idónea e de notoriedade elevada, venha aqui caríssima, a USTP precisa de quadros técnicos com bagagem como a da senhora, com o regresso dos camaradas e companheiros ao poder até gentes com licenciatura estão a lecionar naquela coisa.
    Quanto aos outros subscritores podem ficar ali mesmo, de manda bocas já temos aqui de sobra, e opniadores de tudo e d de nada já temos aqui de sobra.

  6. Inconformado

    31 de Julho de 2020 at 6:05

    É muito fácil ser treinador de bancada, mas gerir a pobreza é outra história.
    Só critiquei o anterior governo devido a deriva dictatorial que o país estava se escambando e o clima de ódio que estava sendo instalado em São Tomé e Príncipe (pelo menos aparentemente(corrigem-me se eu estiver errado)) Isto não quer dizer que não crítico mas não o faço sistematicamente. Aprendam com um Santomense de ouro chamado Fernando Simão. Vocês que estão na vossa zona de conforto sabem o que é ser político em S. Tomé e Príncipe?! Que quando não estas no poder corres o risco de ficar desempregado apesar de seres um bom técnico? Pondo em causa o sustento da tua família e depois dizer se eu soubesse ficaria em Portugal. O senhor PM Jorge B. Jesus se não estou no erro é formado em letras, hoje se calhar estaria em Portugal com cabeça fria a cuidar da sua família

  7. SANTOMÉ CU PLIXIMPE

    31 de Julho de 2020 at 7:25

    Andam, andam, qual as vossas contribuições, tristeza………..

  8. José de Neves

    31 de Julho de 2020 at 8:10

    Uns acham-se superiores porque estão nas ilhas a “lutar por um STP melhor” os outros acham-se melhores porque “estão da Diáspora”. Achando-se todos melhores uns que os outros, menorizam-se mutuamente nesta porcaria de joguinho de soma nula.

    Continuamos divididos e bem divididos, como sempre e com determinação, a caminho de lugar nenhum dando espaço ao esperto que no meio desta guerrinha sem sentido come a carne do lombo sozinho.

    Para bom entendedor meia palavra basta!!

  9. 100% São-tomense

    31 de Julho de 2020 at 8:52

    Agora eu pergunto, o que Alcídio Montoya Pereira (Técnico bancário, Portugal)

    Inocência Mata (Professora universitária – Portugal)

    João Viegas (Informático, Portugal)

    Liberato Moniz (Arquiteto, Portugal), tem feito para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe? Vocês só esperam, para opinar, faz alguma coisa para bem deste país, estão a dar tipo pessoa que sabem muito, deixa disso, muitos não são formados mas entende tudo torto.

  10. Pedro Correia

    31 de Julho de 2020 at 9:57

    Nascemos aqui, crescemos aqui, estamos aqui e esperamos moreer aqui. Este país se não desenvolveu, e está reqredindo cada dia que passa, não foi por vossa causa ( vocês de Cobo D’Awa). A culpa e toda nossa que estamos aqui, nunca saímos d’aqui, nos que estamos a construir duas sub-classes a nossa dimensão neste nosso país. A sub-classe de ricos, fruto do desbaratar do erário e bens publicos) e a sub-classe dos desgracados (onde incluímos a vossas famílias – vocês de Cobo-D’Awa). Dividir para reinar e o nosso lema. Enquanto vocês estão a pensar o país, criticando o que está mal no país, estão sofrendo na alma com os desgracados deste nosso país. Nós aqui, como dizia, enquanto voces de Cobo D’Awa manifestam o vosso sofrimento e desencanto com o retrocesso do país, por via de críticas, nos que estamos aqui, estamos a construir deforma segura o nosso pé de meia, o nosso futuro com o rombo do erário e parcos recursos do país. Nós que estamos aqui, vendemos tudo a Angola: Telecomunicações, Banca, Fábrica de cerveja, Pousada Boa Vista, largas dimensoes de terrenos, blocos de petróleo, reconstrução de miserável aeroporto, até fiscalização das últimas eleições foi feita por um general Angolano. Tudo isto porque nós que estamos aqui, somos visionários e somos Académicos em matéria de retrocesso do nosso país. Somos todos Tonga Gabon, Tonga N’Gola, Tonga Cavede e Tonga Quilimani. Por isso nos que nascemos aqui, crescemos aqui e estamos aqui, não gostamos desta terra, nem do seu povo. Só precisamos deste povo para comícios e eleições. Gostamos sim de nós e das nossas famílias. Nós que estamos aqui, somos os unicos culpados do estado calamitoso em que este país se mergulhou. Nos que estamos aqui, por não sermos hipocritas, assumimos publicamente, aqui e agora, a nossa culpa. E dizemos em alto e bom som: os cães de Cobo D,Awa ladram, masa nossa caravana passa. Estamos assim a construir os nossos pés de meia com os recursos públicos. E Isto e que mais nos interessa.

  11. ze Maria Cardoso

    31 de Julho de 2020 at 10:17

    “Cartas de amor, colóquios extemporâneos e contos tóxicos como cenários maquilhados de escamotear um corpo assassinado…” – TN 16.07.2020
    Wau! Conversa nem “friô un chuão” e já cá ando a bater as palmas ao desabafo da diáspora.
    Ainda assim hibernada devido ao confinamento pandémico, não esperava viva, corajosa e tão sensível a diáspora são-tomense que baixou a cara ao assassinato sangrento na Grande Lisboa de Wiston e massacre do pai e primo, vem insurgir-se por mais uma cuspidela do governo.
    Ao par de gritos da comunidade guineense e solidariedade portuguesa, uma alta delegação parlamentar da Guiné-Bissau está de caminho a Portugal para abraçar a família enlutada e pedir contas à Lisboa devido o brutal assassinato “racial” de Bruno Candé, apesar da ministra portuguesa da Cultura, Graça Fonseca, já ter lamentado o crime.
    Agradecimentos aos subscritores do desabafo.

  12. Pedro Costa

    31 de Julho de 2020 at 10:27

    Estou longe do raio de acção; vivo fora, mas no entanto não estou desligado do país. Todos os dias procuro informações e inteirar-me dos progressos neste país que também é meu. Infelizmente é difícil fazer muito mais não estando ali. Também não é fácil regressar de qualquer jeito para quem já tem vários anos de vivência na Europa. Vários governos deste país nunca se preocuparam em criar condições para aqueles que partisse para concluir os seus estudos, pudessem regressar e ter uma vida decente. Conheci alguns casos de regresso e que foram penosos. Não é admissível.
    Este artigo sinceramente não participaria na sua elaboração.
    Se formos ver bem,na realidade existem muitos que “vomitam” por aí nas redes sociais afirmações inaceitáveis. Pessoas mal formadas e mal informadas; 99,9% nem sequer sabem estar, e têm sempre opiniões. Todos sabem dizer que isto e aquilo está mal, usam e abusam de palavras inadequadas para com a figura de um 1º ministro do seu país. Há pessoas que só por terem um curso de formação profissional, já são doutores, engenheiros e já pensam terem a capacidade de dirigir os destinos do país. No entanto , não é necessário ser um sábio para o fazer. Mesmo que depois o sr. primeiro tenha vindo dizer que aquelas declarações tinha um determinado destinatário, esta ideia está enraizada na cabeça de muitos que vivem no país.
    Conheço o 1º ministro, gravitamos na mesma altura como professor, conheço bem o Liberato ( Arquiteto), João Viegas (Informático) Alcídio Montoya Pereira (Economista) e de vista Inocência Mata (Professora universitária).
    Para aqueles que estiveram 17 ou 18 anos a estudar não vêm para as redes sociais fazerem o que se vê por aí e o 1º ministro só falhou por ter vindo falar no geral. Em parte ele tem razão, agora penso eu que ele deve ter noção que os que estão em “Cóbó d´Aua” só não fazem mais porque não existem condições para tal. A classe política e quem dirige os destinos do país deve criar este ambiente. Aliás também outro pressentimento que tenho é existência de uma certa resistência e marginalização para com aqueles que o tentem fazer.
    Só espero que ele continue a tentar fazer bem o que deve ser feito por este país e este povo. De resto a carapuça só enfia naqueles que se sentirem atingidos. À estes signatários do manifesto, só posso pedir que se for possível critiquem ou apoiem como têm feito, porque o país precisa disto e que do outro lado devem aceitá-las de forma normal e positiva, de pessoas que sabem estar e que procuram sempre o bem para o país.

  13. Vendaval

    31 de Julho de 2020 at 13:08

    Com o advento e proliferação dos meios de comunicação, com maior realce as redes sócias, o país de repente passou a contar com um número explosivo de opinadores, analistas, os sabe tudo, imaculados e gênios, boa parte deles porque vivem fora e pensam serem melhores dos que cá estão. O aspeto curioso nisto tudo reside no fato de que a maioria ,deles, não são capazes de dar um rumo invejável e assertivo as suas próprias vidas, entretanto afirmam terem soluções para a multidão.
    Afronta sim, ter que dar de cara todos os dias ao se abrir o facebook com caras sinistras, arrogantes por acreditarem que expressam `corretamente´ a língua portuguesa, prepotência porque se acham acima de tudo e todos uma vez que as represálias até eles nunca chegarão, a menos que possam vir a viver um dia nas ilhas, entre outras palhaçadas.
    Venham aqui, sofrer corte de energia a qualquer altura, comer o maxipombo, andar/circular nas nossas estradas esbarrocadas, por os seus filhos nas escolas com salas de aula pouca confortáveis e sem carteiras por vezes, pagar por um sistema bancário que não funciona (todos os finais de meses conseguir tirar dinheiro nas caixas eletrônicas em são tomé é uma aflição, apara além de aglomerar pessoas, os sistema frequentemente deixa de funcionar)
    Não são gênios, não têm soluções prontas e opiniões arrojadas para tudo, venha até nós mudar o nosso Satus Quo!
    Aguardemos por vocês, os iluminatis!

  14. Olivio

    31 de Julho de 2020 at 18:00

    Sr.JBJ ,faça o seu trabalho, do qual tiro o chapéu, há uma linguagem popular que dizem ,faça o seu trabalho e não dá confiança.

    Muito obrigado

  15. Eusébio Neto

    31 de Julho de 2020 at 18:03

    Peço sinceras descul+pas aos ilustres subscritores deste protesto/carta e muito em particular a Srª Doutora Inocência Mata pessoa que, acredito goza do respeito e admiração da maior parte de santomenses, incluindo eu e não só.
    Sobre o que escreveram, oferece-me fazer duas questões:
    1- O Sr Primeiro Ministro vincou no seu discurso que as palavras “NÃO FOGE”! Será que vocês fugiram de S. Tomé e Príncipe?
    2- A dado momento da vossa carta, vocês deixaram claro que tinham percebido para quem eram dirigidas as palavras Dr.Jorge Bom Jesus. Sendo assim porque razão preferiram desviar essas palavras para a diáspora?

    A vossa carta me empurrou para uma situação muito complicada e perigosa porque começo a pensar que, afinal STP já não tem nenhum homem ou mulher sério e verdadeiramente responsável. As mentiras já começam a chegar de fontes inimagináveis.

    Como diz o povo “até no melhor pano cai a nódoa”.

    Mais uma vez as minhas desculpas Professora Inocência Mata.

    Por favor não façam mais isso, sejam sinceros e não procurem enganar as pessoas e lançar confusão.

    Eusébio Neto

  16. Vanplega

    31 de Julho de 2020 at 18:39

    Por favor, nao falem em nome de todos os emigrantes.

    Nao sei autorrizacao. Nao somos unidos, nunca comi o vos pao, nem bebi vossa agua, nao tenhem esse direito em falar por mim, tenho boca senhores/ as.

    O 1 Ministro, falou e a carapusa serviu a quem do direito, portanto, todos esses que falam em nome emigrantes, andam a procura de tachos, eu nao.

    As nossas iras nao contribui para o desemvolvimento do pais.

    Deixem de coisinhas, nao transformam pequena palavra do 1 Ministro em coisa maiores.
    O destinatario nős sabemos quem ė.
    Esses doutores, os estudos subiram a cabeça dessa gente.

    Quantos desses doutores, que pregaram a 7 ventos, que chegaram AP pais, fazuam assado e cozido?

    Chegam e sentem cheio do dinheiro e esquecem o que andam a pregar.

    Cuidado, senhores mentirisos

  17. Bem de S.Tomé e Príncipe

    31 de Julho de 2020 at 23:08

    Toda a gente percebeu bem o recado do senhor Primeiro-ministro, tanto em S.Tome como na diáspora. Só que certas pessoas, que são fãs concvitas do PT, que na diáspora, influenciadas, pelas mentiras, criticam o governo de Bom Jesus por tudo e por nada.

  18. SEMPRE AMIGO

    2 de Agosto de 2020 at 19:31

    Palavra de honra!Até agora fiquei sem compreender o porquê deste esforço” intelectual “dos quatro mosqueteiros.O senhor primeiro ministro, numa posterior intervenção sobre o assunto e para evitar aproveitamentos políticos da sua intervenção, deixou bem claro para quem era endereçada a sua intervenção no BOBO FORRO. No fim da leitura da opinião dos quatros subscritores do artigo de opinião veio-me á memória a seguinte reflexão já feita por alguém:”EM POLÍTICA OS IGUAIS NÃO SE REPELEM”

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