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Assassinatos de jornalistas diminuíram em 2019, mas Unesco continua preocupada

Em comunicado Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura diz que 56 profissionais foram assassinados no ano passado contra 99 em 2018; América Latina e Caribe é a região mais violenta, seguida de Ásia- Pacífico e países árabes; quase 90% dos crimes permanecem impunes.

De 2010 a 2019, uma média de 90 jornalistas perderam a vida por ano totalizando 894 assassinatos de profissionais da imprensa.

Os dados são do Observatório da Unesco de Jornalistas Mortos. No ano passado, houve 56 assassinatos quase metade do ano anterior, quando 99 profissionais perderam a vida ao serem atacados.

Política local

Segundo a Unesco, a média anual de 2019 é a mais baixa em mais de uma década. A violência a profissionais de mídia e imprensa ocorre em todas as partes do globo.

A América Latina e o Caribe é a região com o maior número de mortes seguida da Ásia-Pacífico e dos países árabes.

O relatório revela que a maioria dos profissionais morreu em áreas de conflito e guerra. Eles não estão somente expostos a riscos extremos quando cobrem esses eventos, mas também são atacados quando escrevem sobre política local, corrupção e crimes, quase sempre em suas cidades natais.

Dos assassinatos ocorridos no ano passado, 61% foram em países que não estavam em conflito. A cifra equivale ao dobro de casos, registrados em 2014, e representa uma alta acentuada se comparada aos últimos anos.

Campanha

Para a Unesco, a tendência é preocupante. No ano passado, a agência da ONU lançou uma campanha #DeixeaVerdadeViva ou #KeepTruthAlive, em inglês, para marcar o Dia Internacional para Acabar com Crimes contra Jornalistas.

Um outro relatório, divulgado em 2019, sugere que os jornalistas estão sofrendo, cada vez mais, ataques verbais e físicos por causa de seu trabalho.

O documento Ataques Intensificados, Novas Defesas mostra o aumento no número de prisões, sequestros e violência física assim como da retórica hostil a mídia e a jornalistas. Especialmente, as profissionais mulheres são alvo de assédio pela internet e violência de gênero.

O objetivo das ameaças a jornalistas é silenciar as críticas e o acesso do público à informação.

Impunidade

O relatório mostra ainda que poucos crimes são levados à justiça com punição dos autores.

As taxas de impunidade são de quase 90%. Menos de um em cada oito casos registrados pela Unesco desde 2006 foi dado como encerrado.

A diretora-geral da agência disse que a Unesco permanece “profundamente perturbada com a violência dirigida a muitos jornalistas ao redor do mundo.” Para ela, enquanto essa situação durar, o debate democrático estará minado.

A ONU tem um Plano de Ação sobre a Proteção de Jornalistas e a Questão da Impunidade. O objetivo é melhorar a segurança dos profissionais e combater a falta de punição para crimes cometidos contra eles.

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

2 Comments

2 Comments

  1. Roberto Moreno

    2 de Maio de 2020 at 13:14

    Neste video é citado que os jornalistas, também, são atacados quando escrevem sobre política local, corrupção e crimes em suas cidades natais. – Neste âmbito é preciso salientar que o pseudo jornalista, covarde e hipócrita, local ou mundial, também pode ser a causa para que os bons sofram por causa dos maus. Uma grande parte destes “jornalistas” estão em Portugal há 8 séculos e precisam de ser denunciados. A intenção é separar o joio do trigo e, já agora entre os advogados também, muitos dos quais “amigos” e cúmplices destes maus jornalistas. – Ambos, enquanto profissionais, de direito e de fato, na prática e no terreno, são extremamente necessários para o bem da humanidade, são verdadeiros agentes de segurança e saúde pública – mental e espiritual. Para jornalistas e advogados, a sério, caso tenha interesse em obter Dossiês que estou a organizar desde 1992, sobre a atuação “profissional” destes dois, estou à disposição, visto que – quer a Ordem dos Advogados, quer algumas centenas de jornalistas e advogados, recusam-se a cumprir, o que está descrito no Código Deontológico de suas profissões, lamentavelmente.

    • Arlindo Pereira

      3 de Maio de 2020 at 11:56

      Tens razão Roberto Moreno! Nas sociedades africanas há um silêncio total dos jornalistas, coniventes com as políticas públicas erradas.

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