Política

Governo não informou o Presidente da República sobre a decisão de suspensão do Comandante Geral da Polícia

Ausente  policia.jpg do país em missão de trabalho, o Chefe de Estado são-tomense, disse que tomou conhecimento da suspensão do comandante geral da polícia, através da imprensa e dos relatos do secretário-geral do seu gabinete. O Chefe de Estado considera que ninguém é imprescindível, por isso mesmo vê com naturalidade a queda do intendente Gilberto Andrade do cargo de comandante geral da polícia nacional. Fradique de Menezes, garante que ninguém do governo lhe deu qualquer satisfação sobre a decisão de suspender o comandante geral da polícia. «Não fui contactado nem pelo Chefe do Governo, nem pelo ministro do sector. Soube pelo meu secretário-geral. São coisas que acontecem», afirmou para depois acrescentar que ninguém é imprescindível. «Neste mundo nem este que está a falar agora, é imprescindível. Não digo agora rei morto rei posto, mas a vida é assim. Não há pessoas insubstituíveis nós temos é que manter uma instituição como aquela, com uma certa disciplina, um certo mando, uma certa maneira de visão da coisa pública», frisou.

O Chefe de Estado, esclareceu que antes mesmo de iniciar a sua viagem de trabalho ao estrangeiro que demorou 15 dias, já se via o fumo prenunciando o fogo que acabou por arder a carreira do jovem quadro da polícia formado em Portugal. «Antes de eu sair em viagem que se falava que havia problemas, que o nome do comandante foi evocado na questão dos Ninjas, agora soube que se acrescentou-se mais alguma coisa na utilização de alguns bens pertencentes a polícia nacional ao serviço privado», precisou.

O governo esteve reunido em conselho de ministros na última quinta feira para analisar também a crise de liderança na polícia nacional, mas até esta sexta-feira ainda não tinha divulgado as decisões tomadas.

Abel Veiga

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