A reunião que deveria reunir em São Tomé os ministros da defesa e segurança dos 8 países membros da comissão do golfo da Guiné, estava prevista para Março último. Segundo o secretário executivo da comissão, o ex-presidente são-tomense, Miguel Trovoada, contratempos surgidos, provocaram o adiamento. Junho é a nova data. A comissão do golfo está preocupada, com algumas ameaças que estão a surgir na região. Miguel Trovoada, recordou o ataque ao palácio presidencial na Guiné Equatorial, e a instabilidade em São Tomé e Príncipe, ambos os casos em Fevereiro passado.
Segundo o secretário executivo da comissão do golfo da Guiné, a cimeira que deverá ter lugar em São Tomé e Príncipe em Junho próximo, visa a criação de um mecanismo de segurança que dê estabilidade a região rica em petróleo. «Houve ataque ao palácio em Malabo, houve situações de instabilidade criadas aqui em São Tomé e Príncipe, há uma série de situações que preocupam ao mais alto nível os chefes de estado dos países membros da comissão do golfo da Guiné e há que encontrar uma resposta adequada para que esta parte de África seja um lugar de paz não só para o desenvolvimento dos países, mas também para o comércio internacional», explicou Miguel Trovoada.
Os actos de pirataria que estão a acontecer no corno de África, sobretudo na costa da Somália, despertam a atenção da comissão do golfo. A região africana pode se afirmar como uma alternativa fiável para o comércio internacional. «Com a instabilidade que tem havido na costa da Somália, tem feito com que a rota do atlântico seja privilegiada e necessariamente a rota do atlântico para o comércio internacional passa pelo golfo da Guiné», enfatizou, o secretário executivo da comissão do golfo.
Miguel Trovoada que se reuniu com o Presidente da República Fradique de Menezes, desloca-se a seguir ao Gabão e a República do Congo. Países membros da comissão do golfo, onde Trovoada vai colher apoios para a preparação da reunião de defesa e segurança em São Tomé e Príncipe, mas também para sensibilizar os estados membros a financiar o orçamento da organização sub-regional.
Abel Veiga