Maioria das 6,2 milhões de vidas salvas nos últimos 16 anos é formada de crianças; OMS celebra avanços, mas adverte que 830 milhões de africanos continuam em risco de contrair a doença.
OMS aponta ainda a fragilidade dos sistemas de saúde para controlar e eliminar a malária. Foto: Banco Mundial/Arne Hoel
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A malária não é mais a principal causa de morte de crianças na África Subsaariana, afirmou a diretora regional da Organização Mundial da Saúde, OMS, para África.
Matshidiso Moeti assinalou “progressos substanciais” para controlar a doença em declarações feitas em Adis Abeba, capital da Etiópia. O país acolheu o Comité Regional da OMS para África até este domingo.
Estratégia
Os 47 Estados-membros da OMS na região africana adotaram por unanimidade um novo quadro que vai orientar os países africanos na execução da Estratégia Técnica Global para a Malária para os próximos 15 anos.
Desde 2000, as taxas de mortalidade devido à doença caíram em 66%, com 6,2 milhões de vidas salvas. A grande maioria crianças.
A proposta da responsável é que haja intervenções e ações prioritárias específicas pelos países africanos para se livrarem da doença.
Avanços
Entre os anos 2000 e 2015, o número de casos e de mortes por malária em África diminuiu 42% e 66%, respetivamente.
Mesmo com os avanços, a doença continua a ser um importante problema de saúde e de desenvolvimento regional.
África ainda suporta o maior fardo da malária com cerca de 190 milhões de casos, que correspondem a 89% do total do mundo. O continente registou 400 mil mortes em 2015, que equivaleram a 91% do total global.
Risco
A OMS revelou que 830 milhões de africanos continuam em risco de contrair a malária, daí o compromisso da agência com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de acabar com a epidemia em 2030.
Mais de US$ 66 mil milhões serão necessários para eliminar a doença da região até 2030.
No ano passado, duas em cada cada três famílias tinham a sua própria rede mosquiteira tratada com inseticida, em comparação com apenas 2% em 2000.
Moeti disse que é necessário que um maior número de africanos “consiga dormir debaixo de uma rede”. A necessidade é “continuar a investir na mudança de comportamento das pessoas”.
Tratamento
Os sucessos celebrados pela agência incluem a testagem de mais pessoas com suspeitas de malária antes de receberem tratamento. Em 2014, foram 65% dos examinados antes de ser tratados em comparação com 41% em 2010.
Os desafios para combater a malária incluem as lacunas no acesso aos métodos de prevenção, poucas intervenções disponíveis e o aumento da resistência a medicamentos e inseticidas.
A agência aponta ainda a fragilidade dos sistemas de saúde para controlar e eliminar a malária. Em 2014, a epidemia do ébola na África Ocidental fez recuar nos ganhos para controlar a malária na Libéria, na Serra Leoa e na Guiné Conacri.
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FCL
22 de Agosto de 2016 at 19:53
Pois… realmente, segundo, o mestre Mamadou Javali Nazaré, a principal causa é o excesso de filhos……..mas quando não é ele o pai