São Tomé e Príncipe, vivera tempos de glória nos famosos ciclos de cacau, café e cana do açúcar. São memórias de um passado rico, que contrastam com a vasta delapidação do presente. O matagal tomou conta das grandes roças de cacau e café, e os únicos vestígios do presente são os restos de um património delapidado pela natureza, e os seus habitantes.
A falta da estabilidade política, a desorganização da vida económica, a escassa experiência, o escasso talento da nova classe politica e a incapacidade técnica de um aparelho administrativo desmotivado não permitiram que fizéssemos grandes progressos no desenvolvimento económico e social de São Tomé e Príncipe. Temos de reconhecer que esses aspectos decorriam também de fatores estruturais e de uma inabalável vontade política, mas o certo é que tem sido preponderante a falta de vontade politica e a incapacidade técnica.
A pobreza está firmemente instalada entre nós, se bem que não disponhamos dos indicadores que a permitam avaliar. Inclusivamente, o desemprego e o clima de anomia que se verificou ultimamente nas relações de trabalho, que permitiu os atrasos nos pagamentos dos salários, têm agravado de uma forma sensível o nível da pobreza.
Isto não significa que não tenham sido feitos esforços sérios no domínio das políticas socias, mas todos esses esforços goraram por ausência de um plano a médio prazo. A dolorosa transição para as sociedades Pós-industriais impõe, em toda a parte, a revisão dos objetivos precedidas de análise de políticas sociais.
O nosso relativo atraso poder-nos-á, nalguns casos, beneficiar e permitir-nos-á evitar erros que os outros tenham entretanto cometido. Não podemos, no entanto, entrar em pânico e enxertar linhas de ação que tivermos escolhido dos elementos que nos sejam totalmente estranhos. Não podemos ceder à tentação de ao mesmo tempo, preconizar a criação de estruturas do Estado de bem-estar e desmantelar essas estruturas.
As ideias só podem ser transportadas para o mundo real quando a realidade o exigir. Só será possível desenvolvermos um pensamento político-social claro e coerente quando tivermos obtido a estabilidade de que necessitamos para voltarmos a ser revolucionários.
A Agricultura vive hoje em mar de penúria, o êxodo rural é o fenómeno que tem ganho mais forma. Entendo que o Governo deve definir políticas sustentáveis, de longo prazo, para o sector Agrícola criando meios e incentivos com objectivos de atrair mais pessoas para o sector, sendo que o desenvolvimento económico de São Tomé e Príncipe passa também pela agricultura, pesca e turismo, e não exclusivamente pelo Petróleo que até agora não é uma realidade palpável. É necessário criar mecanismos para controlar o grande fluxo de êxodo rural e tentar inverter esta tendência dando melhor qualidade de vida a população, e consequentemente ao progresso das populações.
Adilson Tiolo,
Estudante de Finanças Empresariais
Antagónico
14 de Junho de 2013 at 13:51
Meu caro, Adilson Tiolo! Congratulo-me com a sua escrita, porém, o título não condiz com o corpo do texto, seguinte:
1º- Para se falar de análise económica, precisa-se centrar no ciclo económico e mensurar variáveis;
2º- Quanto a sociedade, gostaria que falasse muito do casamento e do divórcio entre politica, educação Vs mentalidade.
Ps: Trata-se do meu ponto de vista, o que poderá melhorar a sua visão subsequente sobre esta temática social.
Barão de Água Izé
15 de Junho de 2013 at 1:16
Sem se tomar em devida conta o que aconteceu na e à Economia de STP a partir da hora zero da Independência, qualquer análise pecará de insuficiência.
Só corrigindo alguns dos erros e péssimas decisões que foram continuadamente tomadas de então até agora, e que destruturaram a Economia de STP, poderá a nossa Terra erguer-se de novo dando condições mínimas de dignidade e qualidade de vida aos seus filhos.
Seria sim, um debate interessante de como recuperar o tempo perdido, olhando para o passado com outras prespectivas de como a Economia deveria ter continuado a operar.
Normany Dias
15 de Junho de 2013 at 12:41
caro amigo. sobrescrevo na generalidade a visão que tem dos problemas de STP e as formas para o resolver.
soleida carvalho
16 de Junho de 2013 at 11:01
Adilson tiolo grrande artigo, temos que incutir nos santomense que agricultura Pesca e turismo é a base da nossa da nossa economia é triste ver muitos homens a vender calcinha na praça motoqueiro e sabemos que temos grande rossa para trabalhar enfim sem fim’ o que achas disto kanimambo
Hamilton dias
17 de Junho de 2013 at 11:18
Barão de Água IZÉ concordo plenamente com com a sua analisem um debate muito interessante como recuperar as terras que no passado girava receitas para estados.. um bom artigo Adilson tiolo tas de parabéns.. força jovem …
jovem de 90 anos
17 de Junho de 2013 at 11:21
vender artigos na praça não e vergonha pra minguem , isso acontece em toda parte do mundo , o que e vergonhoso e isso que os políticos fazem em s tome isso sim e vergonhoso , e preciso uma mudança de mentalidade em todos nos , quando vamos votar devemos exigir saber em quem vamos votar porque isso nos afeta bastante na nossa vivencia , investir no turismo na agricultura na pesca no homem e na mulher com os 100% de Curu picão , de ma gestão de ma fé em que isso fálera , mas de que tudo devemos investir mais contra i impunidade , em s tome para a nossa desgraça noa estamos a produzir riqueza mas sim estamos a produzir ricos
-isto sim e uma tremenda vergonha .
-será que o povo de s tome não sabe fazer boas escolhas ou não sabemos a quem estamos a escolher .
– e preciso mais o que para pararmos com esta robaleira que acontece em s tome.
temos que saber que os governantes não foram la para ser servido mas sim para servir . cabe a nos povo cada um de nos mudarmos os curso das coisas se não tamos mal….
João Sacramento
17 de Junho de 2013 at 11:51
Espero que no futuro não seja igual a muitos políticos da nossa praça gostei imenso do teu Artigo usaste uma palavras muito interessante neste artigo a palavra,anomia,, sinceramente,, tocaste no ponto essencial.. realmente é um estado de falta de objectivo e perda de identidade, um Pais que deixa morrer agricultura,NÃO cria mecanismo em pro-desenvolvimento de Turismo e pesca cada um com sua iniciativa para bem comum pessoal e o povo na miséria, onde vamos parar ….
pinta cabra
19 de Junho de 2013 at 17:16
parabéns meu caro. gostei do artigo