Política

Rafael Branco recebido em Luanda com honras militares e tapete vemelho

Pela rafael-branco-bom.jpgprimeira vez um Primeiro Ministro de São Tomé e Príncipe, desembarcou sobre um tapete vermelho no aeroporto de Luanda. Simpatia do poder em Angola para com Rafael Branco, numa visita que pretende relançar a cooperação entre os dois países, que na última década conheceu significativo abrandamento. O governo do MLSTP/PSD, tradicional aliado do MPLA no poder em Angola, já tinha avisado que Angola era o parceiro estratégico em África. Antes mesmo de ser investido como Chefe do Governo, Rafael Branco havia pedido ajuda a Luanda, nomeadamente para o congelamento do preço dos combustíveis em São Tomé Príncipe.

A primeira ajuda de Angola, a favor do Governo do MLSTP/PSD e do povo são-tomense, foi acertada antes deRafael Branco, ser nomeado Primeiro Ministro e Chefe do Governo. Assim que o Presidente da República aceitou o seu nome para o cargo, o Presidente do MLSTP/PSD, viajou para Luanda em Junho, para negociar o preço dos combustíveis no mercado são-tomense.

Teve sucesso, porque logo depois a empresa são-tomense de combustíveis dominada pela Sonangol, efectuou um ajuste dos preços dos combustíveis, muito abaixo do valor inicialmente previsto. A situação financeira da ENCO, obrigava um aumento de 10 mil dobras sobre cada tipo de combustível, mas o acerto de Rafael Branco e terá influenciado no sentido do aumento ser fixado em apenas 2 mil dobras.

O Primeiro Ministro de São Tomé e Príncipe, que iniciou terça feira a primeira visita oficial a Angola, deverá assinar acordos que permitem a dinamização da cooperação bilateral. Os acordos que deram corpo a fracassada comissão mista entre os dois países realizada no início de 2008, poderá ressuscitar com a visita de amizade do governo do MLSTP/PSD.

Segundo fonte do Téla Nón em Luanda, o tapete vermelho que foi extendido para Rafael Branco receber os cumprimentos de boas vindas do seu homólogo angolano Fernando Nandó, tem grande significado em termos das futuras relações bilaterais.

A presença da Ministra da Defesa Nacional, Elsa Pinto, e do Ministro das Obras Públicas e Infra-Estruturas, na delegação são-tomense, prenuncia o reforço dos laços em dois sectores onde no passado recente a participação angolana baixou de forma acentuada.

A abertura das fronteiras dos dois países para facilitar a livre circulação de pessoas e bens e fomentar o investimento privado são programas que as duas partes analisam há vários anos mas sem implementação prática. Pode ser que a visita do amigo Rafael Branco, abra os corredores para maior troca comercial entre os dois estados.

Abel Veiga

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