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Continuação de chuvas deve fazer subir vítimas das cheias em Moçambique

Parceria – Téla Nón / Rádio ONU

Calcula-se que 48 mil pessoas já foram afetadas pelas cheias e tempestades; caso seja solicitada ONU diz que vai apoiar; representação da organização manteve debateu o assunto esta sexta-feira.

Governo moçambicano emitiu alerta vermelho. Foto: Irin/Alexis Adele

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O número de afetados pelas fortes chuvas em Moçambique poderá ultrapassar os atuais 48 mil, com a continuação das chuvas fortes que caem no centro e norte do país.

As Nações Unidas já manifestaram prontidão em apoiar às vítimas das cheias e tempestades, caso sejam solicitadas. O mau tempo ocorre desde o início da estação chuvosa, em outubro. A coordenadora residente da organização disse que um grupo de técnicos da ONU debateu o tema, esta sexta-feira, em Maputo.

Ponte Cortada

Devido às águas, várias áreas do rio Zambeze, o maior do país, estão acima do nível de alerta. A ponte sobre o rio Licungo, que liga o centro ao norte de Moçambique, está intransitável.

Sobre o isolamento das populações devido ao corte da via, a Rádio ONU conversou com o técnico de Ação Social. Amisse Assane Assane está no distrito de Mocuba, no centro, onde a ponte cedeu.

Assentamento

“O que acontece é que as águas, não muito bem por causa das chuvas que caem no distrito, vêm do distrito vizinho de Gurué que está a descarregar  das montanhas. A velocidade da água é grande, destruiu a ponte e afetou ao distrito de Namacurra. Muitas casas na foz do rio desabaram. As populações que estão logo na foz do rio foram assentadas nas igrejas e nas escolas. ”

O técnico disse que testemunhas locais dizem não observar um fenómeno igual  desde 1971.

Camisa

“Agora, está-se a planificar um bairro de assentamento para os que ocupam as escolas como centro de acomodação. Estamos a observar uma grande tristeza. Muitos bens, como comida que  estes tinham,  desapareceram. A água levou. Há pessoas que saíram de casa sem conseguir levar uma camisa ou outra peça de roupa.”

Amisse contou ainda que, a nível local,  as autoridades organizam palestras para que as populações não possam construir nas casas da foz do rio e saiam das zonas de risco.

O governo moçambicano emitiu um alerta vermelho para as regiões centro e norte, ativando  a resposta de parceiros nacionais.

 

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