Opinião

Cidades – Os custos do crescimento

 

Todo crescimento é fruto de uma ação pensada em cima de um fino planejamento – o que pode-se chamar compreendido como: pensamento estratégico aplicado ao desenvolvimento de cidades e regiões. Logo, os movimentos que tem por finalidade proporcionar qualidade de vida para a população, terá certamente os seus diversos cursos transversais. Para tanto, é fundamental investir em três eixos amplamente complexos: A preparação, a intervenção setorial e o AREL – atração, retenção e lucratividade.

O custo da preparação – Para iniciar um processo de crescimento e desenvolvimento para uma cidade, deve-se criar esforços fundamentados nos aspectos sociais, culturais, políticos, econômicos, científicos e tecnológicos. Tudo isso para realizar uma abordagem mais eficaz perante os resultados esperados – a educação da população para proporcionar melhor compreensão da dimensão do crescimento local.

A população deve fazer parte dessa construção. Por conta disso, é hora de apresentar uma das possibilidades de caminhos que permitem esta atuação in loco. O primeiro passo, é buscar promover uma ampla sensibilização de forma setorial – cuidando a princípio da preservação do patrimônio público por meio de uma campanha educativa dirigida aos diversos tipos de públicos:

– Funcionalismo público (através de ações nas repartições públicas);

– Colaboradores da iniciativa privada (campanhas dirigidas setor de comercio, serviços e indústria);

– Estudantes e seus pais (fortalecer ações que envolvam os alunos da rede municipal e caso haja, rede estadual. Bem como, convergir ações em que os pais dos alunos interajam com a unidade escolar na qualidade de bem públicos);

– Prestadores de serviços (profissionais liberais, autônomos e diaristas);

– Produtores e trabalhadores rurais (criar equipes que elevem o tom de crescimento sustentável nas zonas rurais, pois todos são membros da mesma cidade);

– Entre outros.

A equipe gestora deve buscar uma comunicação que represente unidade oral, visual, auditiva, tátil e outras, visando fortalecer a ideia de “todos por todos para uma cidade melhor.”

O custo da intervenção setorial – Após o trabalho de levantamento das necessidades da cidade aliada avaliação da capacidade para realização de investimentos nas mais diversas esferas da infraestrutura, a citar:

– Logística de transporte e escoamento da produção através dos modais rodoviários, portuários, ferroviários e aeroviários;

– Construção de estradas e rodovias amplamente sinalizadas;

– Requalificação do sistema de água, luz, esgoto;

– Revitalização e construção de praças, calçadas, áreas verdes;

– Recuperação dos biomas marinhos e terrestres (conjunto de biodiversidades em determinada área), revitalização do meio ambiente (fauna e flora) e preservação dos lençóis freáticos:

– Revitalização e construção de postos para saúde na família, hospitais aparelhados para suprir demandas de média complexidade com médicos capacitados para realizar consultas, procedimentos, atendimentos de urgência e emergência.

– Revitalização e construção da rede de colégios, creches, bibliotecas, centros de promoção e difusão da cultura regional em todos os espaços públicos prover com os respectivos profissionais e equipamentos que ponham a organizações ampla condição de funcionamento.

– Modernização e ampliação da cobertura telefônica e internet com o estímulo para que a iniciativa privada implante seus sinais mediante solicitação direta ou judicial, por se tratar de um serviço classificado como essência para a população. Da mesma forma se aplica aos outros serviços de utilidade pública: Bancos públicos e privados, correios, posto da previdência social, hotéis, pousadas, distribuidor de gás, entre outros.

Os custos com o AREL – atração, retenção e lucratividade – Seguindo a cartilha da preparação dos moradores da cidade, surge a oportunidade para atrair e manter visitantes para a cidade. A grande relevância desta iniciativa está na oferta de serviços e divulgação das potencialidades naturais. De certa forma, você fomenta algumas modalidades de turismo, a saber:  De negócios, ecológico, religioso, histórico, eventos e outros. O objetivo é estimular o consumo através de um conjunto de ações promocionais que posicione o município no cenário regional.

 

Atração: Sem cores, sons, comunicação, movimentos, natureza, comida, bebida, lugares belos e pessoas simpáticas não dá para promover atratividade convincente suficiente a ponto de gerar divisas que sustente uma cidade, por conta disso, são necessárias ações sistemáticas e harmônicas no sentido de garantir a materialização de tais anseios, mesmo porque, há milhares de cidades no Planeta e porque uma é mais atrativa que a outra?

É necessário criar um “Programa de Boas-Vindas” que seja capaz de ser traduzido e absorvido pelas pessoas de forma a consolidar uma imagem não desgastável. Essas iniciativas poderão ser vistas desde a chegada de um turista ao balcão para a compra do seu bilhete de viagem na rodoviária, passando pelo motorista do ônibus que o conduz a cidade, a chegada deste na rodoviária com equipe atuando em rodízio para garantir o receptivo, prosseguindo assim com inúmeras ações outras que podem contribuir para um melhor reposicionamento de imagem positiva.   

Retenção: Este é um dos vetores mais decisivos numa campanha de desenvolvimento local, mesmo porque está diretamente ligado a educação, costumes e valores culturais de uma localidade. Uma das preocupações está na excelência no atendimento aos visitantes e o inter-relacionamento entre os moradores da cidade destino.

Lucratividade: É o momento em que a cidade passa a arrecadar (taxas, tributos e impostos) a partir dos investimentos realizados nela. O ambiente empresarial revitaliza a saúde financeira das suas empresas, gerando emprego e renda, (clássica movimentação econômica a partir da relação da oferta e procura).   

Conclusão: Crescer é um processo sistematicamente pensado, pesquisado, planejado, executado e avaliado para acompanhar os resultados visando melhorias contínuas.

*Autor: Uemerson Florêncio – Empreendedor. Brasileiro, nascido em Salvador-Bahia. Atua com reposicionamento de pessoas, negócios e Desenvolvimento de Cidades. Diretor do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Khalifa Business, agência de negócios. Área de concentração acadêmica: Comunicação e marketing pela Universidade Salvador – UNIFACS. Faz estudos de Cultura Árabe com foco para Abu Dhabi e Dubai nos Emirados Árabes Unidos, pesquisa relações internacionais entre países desenvolvidos e faz intercâmbios com países de língua portuguesa na África.

florencio@khalifabusiness.com.br / www.facebook.com/uemerson.florencio

UEMERSON FLORÊNCIO

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