Cultura

Camilo Domingos homenageado 3 anos após a sua morte

07 de  imagem-1481.jpgAgosto de 2005, 7 de Agosto de 2008, já lá vão três anos, a cultura e em particular a música santomense, recorda neste mês de Agosto  a morte daquele que foi e continua a ser um dos músicos mais conceituados de São Tomé e Príncipe, Camilo Domingos. Na sua ilha natal, Príncipe, o Presidente do Governo regional José Casandra, colocou uma coroa de flores na lapide erguida no centro da cidade de Santo António em memória ao músico.

O seu nome próprio era Domingos Lopes Gomes. O natural de Conceição, Príncipe, nasceu a 14 de Fevereiro de 1965, filho de Tomas Lopes Semedo, natural de S.Tomé, e de Maria Cidália Gomes cabo-verdiana da Ilha do Fogo.

Após ter terminado a sexta classe deixa a ilha natal, Príncipe, com destino a S.Tomé a fim de concluir os seus estudos.

Em 1983, é chamado para cumprir o serviço militar, onde permanece até 1986. No mesmo ano, faz o curso de enfermagem e começa a exercer a função na empresa agrícola Ribeira Peixe.

Em 1987 emigra para Angola com intenção de gravar o seu primeiro disco mas não foi dessa que concretizou o seu sonho.

Decidiu deixar Angola para Portugal e depois de muitas dificuldades consegue gravar o seu primeiro álbum “Morena”. O segundo surgiu em 1991 e a partir deste momento nunca mais parou.

Da discografia de Camilo Domingos que abarca 11 discos, destacam-se “Badjuda”, És Meu Amor”, “Maninha My Love”, “Nada a Ver”, “Sunduro”, Nha Vida é Tchora”, e aquele que acabou por ser o ultimo álbum da sua relativamente curta carreira, “Dor de Mundo”.

Participou ainda em vários espectáculos em Angola, São Tomé e Príncipe, Estados Unidos e em Portugal.

Domingos Lopes Gomes, ao longo da sua vida, conseguiu três discos de ouro. “Maninha My Love” registado em 1996, “Sunduro”, em 2002 e “Dor de Mundo”, último trabalho feito em 2005 agradaram o público e permitiram obter a referida distinção.

Já com problemas de saúde, aceitou o convite da Direcção Nacional da Cultura para participar na edição de 2005 do Festival Gravana. Mas não sabia que seria a última vez que estaria num palco.

Curiosamente Camilo Domingos nasceu num domingo e faleceu num domingo, 7 de Agosto de 2005, quando eram 23 horas e 20 minutos.

Camilo Domingos foi e continua a ser um dos músicos estrangeiros mais queridos em Angola, e por essa razão, os angolanos baptizaram-no de Kota Camilo.

Volvidos 3 anos da sua morte ilha do Príncipe chora pela eterna partida dum filho que mais a divulgou no mundo.

Na passada  imagem-1522.jpg quarta-feira dia 7 de Agosto presidente do governo regional do Príncipe Tozé Cassandra depositou uma coroa de flores no monumento erguido na avenida principal da cidade de S.António em honra do malogrado cantor. Um acto emocionado que contou com a presença de familiares, amigos e fãs.

Entretanto, este sábado, o grupo Gibela em parceria com governo regional vai realizar a segunda edição do festival internacional em memória do Kota Camilo. Para esta edição foram convidados alguns músicos santomenses e angolanos entre eles destacam-se Kalú Mendes e Calo Pascoal.

Por outro lado, coincidência ou força de destino S.Tomé e Príncipe celebrou na passada segunda-feira dia 4 deste mês de Agosto, o segundo aniversário da morte daquele que foi um grande homem do teatro popular artisticamente conhecido por Butter.

O mês de Agosto fica assim marcado na história da cultura Santomense, pela perda de dois grandes vultos da sua cultura. Sendo Camilo Domingos no plano musical e Butter no plano teatral.

Teobaldo Cabral

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