Ao longo do processo de democratização iniciado em S.Tomé após a queda do Bloco Socialista nos inicios de 1990, todas as esperanças de homens e mulheres de S.Tomé e Príncipe têm sido um fracasso. A razão fundamental, está em os santomenses continuarem a apostar em pessoas ou grupos ligados ao passado iniciado em 1975.Vejamos, Quem foram os governates que S.Tomé e Príncipe conheceu nos últimos tempos e o que têm em comum ?
Salvo raras excepções, as governações têm estado a cargo dos antigos ministros ou agentes do regime ditatorial que S.Tomé e Príncipe conheceu. Pergunta-se poderiam estes individuos ou grupos, trazerem alguma coisa nova na governação democrática?
É certo que não. Primeiro porque nunca foram democrátas. Segundo foram formatados por modelos ditatoriais pelo que têm dificuldades em convivirem em sociadades de homens livres. Terceiro é a necessidade de se autoprotegerem dos crimes e desmandos cometidos. Alguém tem dúvidas que os actuais dirigentes, hesitariam a tomar uma posição clara em relação à corrupção ?
O principal problema reside ai. Associa-se a isto a incapacidade de todos nós os santomenses para de uma vez por todas decidirmos dizer BASTA ao carnaval desonesto iniciado em 21 de Dezembro de 19741.
O que Fazer ?
Justiça e Ordem Interna
Contrariamente às ideias do actual primeiro ministro, senhor Rafael Branco, que a ordem interna reforça-se com policias e militares armados, se possível capacitadas
no exterior, diria que a ordem interna começaria com o combate à desonestidade.
A DESORDEM SOCIAL é o principal problema.
Centro da Questão : As grandes mansões ou arrojadas contas bancárias dos antigos e actuais dirigentes politicos de S.Tomé e Príncipe, a contrariar com a falta de bens e serviços socias mínimos que enfrentam a maioria dos homens honestos de S.Tomé e Príncipe.
O senhor primeiro ministro, estaria em condições de explicar olhos nos olhos, ao
povo de S.Tomé e Príncipe, que os sinais de riqueza que apresenta provêm do seu árduo trabalho ou de alguma herança familiar ? Congratularia-me se o conseguisse.
1 Entrada do Governo de Transição
A ordem interna passa primeiro por mais Justiça Social, mais responsabilização na
utilização e gestão de receitas e bens que a todos nós pertence.
Um dirigente será respeitado quando tiver Autoridade Moral, não temerá do seu
povo quando fizer tudo do melhor possível para ele. Como vê, a legitimidade e
liderança conquista-se pela autoridade moral ganha com competência, justeza, etc, e não pela força.
– Tentativa de Golpe
Hoje quando ouvi a RDP sobre a decisão do Arlécio Costa em se abster de
alimentar com receios, relembrei-me de um telefonema de um amigo a falar-me dos mentores das anteriores “ Tentativas de Golpe de Estado” ocorridas em S.Tomé e Príncipe.
Fiquei de veras preocupado.
Ouvi a RDP Africa. O comentador entre outras coisas, referiu que contrariando as
decisões do juiz que ordenou a detenção dos “ implicados na tentiva do golpe” na
cadeia central, alguns foram levados para o estabelecimento prisional existente na
administração interna, onde ainda permanecem. Juntando todos esses factores, o cenário é alarmante. Os santomenses amantes da liberdade deveriam-mos estar preocupados.
Renúncia do Presidente
O senhor Fradique de Menezes com as declarações que fez, com as promessas que já tinha feito, com as suspeitas que sobre ele recaiem, não tem condições para chefiar nada. O país, S.Tomé e Príncipe, não precisa de mais arrogantes.
É desrespeito e insensatez , ele ainda não ter explicado ao país. É submissão e
vergonhoso que se lhe peça que continue.
Pedir-lhe que fique é ser conivente com a desonestidade e arrogância que
apoderou-se do país. O país precisa de um cenarário de Liberdade e Justiça, para conquistarmos a paz social.
Síntese
O povo de S.Tomé e Príncipe, começa a CHORAR. Falta-lhe sómente a ENERGIA
E DETERMINAÇÃO para que os pilares da INJUSTIÇA abalem.
Danilo Salvaterra – Fev-2009
