Política

Governo lança plano integrado para recepção e integração dos quadros que vão chegar de Cuba, Brasil e Portugal

A partipala-gov.jpgr de Agosto próximo São Tomé e Príncipe vai estar inundado de quadros. Quase duas centenas vão chegar de Cuba, várias dezenas vão desembarcar no aeroporto internacional vindos do Brasil e Portugal. Um quebra-cabeças para o governo, que já lançou um plano integrado para recepção e integração dos novos quadros. Reunido em conselho de ministros o executivo não detalhou os contornos do plano cuja execução não se adivinha fácil.

Segundo o porta – voz do governo, todos os ministros já foram orientados no sentido de participar na elaboração do plano de recepção e integração dos estudantes.

Mas na última sessão do conselho de ministros, o executivo de Rafael Branco decidiu ir mais longe. «Por exemplo o ministro da justiça foi orientado no sentido da criação de condições junto com outras instituições, nomeadamente com a ordem dos advogados no sentido de criar as condições para que os juristas recém formados pudessem ter informações a cerca do funcionamento dos nossos sistemas, da nossa estratégia do sector, dos nossos constrangimentos e essa orientação foi feita aos outros ministros da área económica. Tudo isto visando uma intervenção de todos na criação de condições para uma melhor recepção e integração dos estudantes», declarou o Ministro da Justiça e Porta-voz do Governo, Justino Veiga.

O governo diz também que «questões de habitação e pagamento são elementos que vão ser desenvolvidos e apresentados no âmbito desse plano integrado de recepção e de integração que o governo pretende proporcionar aos novos finalistas», frisou, o porta-voz.

No entanto analisando a realidade da nossa terra, o Téla Nón constata que nos últimos 6 anos em que centenas de são-tomenses foram enviados para formação no estrangeiro, numa mega operação montada pelo então governo de unidade nacional da antiga Primeira-ministra Maria das Neves, o país não conheceu qualquer evolução socioeconómica que pudesse gerar emprego para os doutores e engenheiros que começam a chegar ao país no próximo mês.

O Governo inclui habitação e outras condições sociais no plano de integração dos novos formados, mas pelo que o Téla Nón regista na nossa terra, nos últimos 10 anos apenas foram construídos alguns blocos de apartamentos na ilha do Príncipe e em São Tomé, todos já ocupados. As casas sociais construídas nos distritos, não chegaram para satisfazer as necessidades do grande número de jovens doutorados e não só em busca de um lar.

A pressão interna já é grande, e nos próximos meses vai aumentar. Tarefa difícil para o executivo, que só tem mais 6 meses de mandato.

Abel Veiga

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