Sociedade

Secretário-geral do Sindicato da Função Pública denuncia detenção ilegal por alegada preparação de intentona golpista

Aurélio Silva, líder do saurelio-silva.jpgindicato da função pública denunciou para o Téla Nón que ele e outros 4 cidadãos nacionais foram detidos pela Polícia de Investigação Criminal sob acusação de preparação de um golpe contra o Presidente da República. Segundo Aurélio Silva a detenção ocorreu na última terça-feira, e vem na sequência das declarações proferidas pelo Chefe de Estado na cerimónia de encerramento da formação do corpo da guarda presidencial.

Na referida cerimonia o Presidente da República Fradique de Menezes, deu conta que persistem rumores no país segundo as quais se pretende derrubar o Chefe de Estado e também o governo. Foi no passado sábado.

Segundo Aurélio Silva, na terça – feira quatro cidadãos nacionais que apoiam as actividades do sindicato da função pública, foram detidos pela Polícia de Investigação Criminal, nomeadamente, Pedro Bento, Bonito, Faruja, e Conceição.

O secretário-geral do sindicato da função pública, que utilizou os nomes vulgares dos 4 cidadãos, explicou que ele só foi detido na quarta-feira de manhã tendo sido posto em liberdade por volta das 19 horas. «Fomos acusados de preparar golpe de estado. Foram dizer ao Presidente da República que a gente pretende dar golpe de estado e mandaram-nos prender, porque estávamos a preparar a operação em conluio com o grupo dos Búfalos», sublinhou Aurélio Silva.

Aurélio Silva acrescentou que nunca foi militar e nunca teve uma arma de fogo, por isso não entende como é que podia realizar um golpe de estado. O líder sindical explicou que a informação foi avançada ao Chefe de Estado são-tomense por uma pessoa que não tem qualquer credibilidade.  

O mais grave é que após a detenção ficou provado que a informação era falsa. «No final tiveram que nos pedir desculpas», assegurou.

Para o esclarecimento da verdade e pela defesa dos seus direitos enquanto cidadãos os 5 elementos detidos, vão reunir-se em separado com os ministros da defesa, da administração interna e da justiça. Aurélio Silva disse ao Téla Nón que após a conversa com esses ministros, o grupo vai marcar audiência com a Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, com o Primeiro-ministro e também com o Presidente da República.

Aurélio Silva, garante que golpe de estado nunca esteve no seu pensamento nem tão pouco na cabeça dos seus colegas que foram detidos.

No entanto assumiu que no passado recente ele e os homens de terreno do seu sindicato apoiaram o partido FDC, liderado pelos antigos búfalos, na realização de uma manifestação pública dos estudantes que reclamavam vistos para prosseguir os estudos em Portugal.

Abel Veiga

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