Sociedade

Direcção da EMAE pede paciência porque a crise energética não tem fim imediato

O temposcarito.jpgo útil de vida da maior parte dos geradores instalados na central térmica de São Tomé, está expirado. Neste momento, segundo a direcção da EMAE, uma equipa de técnicos espanhóis está a fazer manutenção dos grupos de geradores. Por isso a agudização do corte no fornecimento de electricidade. Sem luz no fundo do túnel, a EMAE, diz que a iniciativa do estado são-tomense com junto a empresa Italiana Italbrevetti para aumentar a produção de electricidade acabou por ser um fracasso. O  tempo de vida de um gerador de electricidade está fixado em 15 anos, mas a maior parte dos geradores da central térmica de São Tomé tem 16 anos de serviço. Serviço ininterrupto que não permite a manutenção no tempo certo.

Na central térmica o Téla Nón testemunhou que alguns geradores têm mais de 17 mil horas de serviço, quando a manutenção deve ser feita antes das 12 mil horas.

Por isso as avarias são constantes e a manutenção dos grupos é rara. Neste momento uma empresa espanhola está a tratar dos geradores para ver se a produção aumenta.

Segundo o Director Geral da Empresa, Óscar Sousa, esta é a razão do aumento dos cortes no fornecimento e a consequente agitação popular que começou na cidade da Trindade.

Documentos que a direcção da EMAE entregou ao Téla Nón, provam que actualmente a central térmica produz 4,6 mega watts de electricidade, mas as necessidades da população anda por volta de 22 mega watts.

Até 2001 não foi feito qualquer investimento para aumentar a produção de electricidade. Única acção de registo foi a assinatura em 2007 de um acordo entre estado são-tomense e a empresa Italiana Italbrevetti, para construção da central térmica de Bôbô – forro.

Uma acção fracassada, considera a direcção da EMAE, porque a nova central que segundo o acordo deveria produzir 4 mega watts de corrente eléctrica, só tem garantido 800 quilowatts, menos de um mega watts. Um fracasso, um acordo que já começa a ser considerado como bastante prejudicial para o estado são-tomense.

Por tudo isto, Óscar Sousa, não tem dúvidas de que a crise energética vai durar muito tempo.

Com apoio financeiro de Taiwan está previsto para 2010 a inauguração de uma nova central térmica de 12 mega watts de electricidade.

Abel Veiga

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