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II Reunião de negócios entre STP e Taiwan

A segunda reunião conjunta dos negócios entre São Tomé e Príncipe e Taiwan, que começou segunda – feira no país, é mais uma oportunidade criada pelos dois países para que os homens de negócios criem parcerias para explorar as potencialidades de São Tomé e Príncipe.

A reunião que acontece na semana nacional de turismo, destaca o sector do turismo como a principal prioridade para o desenvolvimento económico do país. O Ministro da Economia e da Cooperação Internacional, Agostinho Fernandes, su8blinhou isso mesmo.

Segundo o Ministro não é na agricultura que São Tomé e Príncipe vai encontrar o principal caminho para o desenvolvimento. «Tivemos a oportunidade de perceber que o desenvolvimento económico de Taiwan, assentou-se essencialmente na agricultura. Infelizmente na nossa perspectiva STP não pode pelas suas próprias características ter a agricultura como alavanca principal do seu desenvolvimento económico», afirmou o ministro que abriu a reunião de negócios entre os dois países.

O turismo é para o Governo são-tomense a prioridade, que arrastará consigo todos os outros sectores. «Nós acreditamos e achamos que é consensual que o turismo é o sector em que devemos apostar para a partir dele e pela sua transversalidade, produzirmos impactos económicos noutros sectores como a agricultura, as pescas, os serviços o artesanato a cultura e por aí além», assegurou Agostinho Fernandes.

O Governo quer que os empresários nacionais aproveitem a oportunidade para criar parcerias com empresários taiwaneses, «no sentido de desenvolver negócios e empresas, que a partir de STP possa produzir bens e serviços exportáveis a nível da nossa sub-região cujo mercado é importante mas também a nível internacional», frisou

Taiwan que apostou na agricultura para desenvolver a sua economia, é hoje uma potência mundial em termos de desenvolvimento de negócios. Ocupa o décimo sexto lugar no ranking mundial de facilidade de realização de negócios. No ranking elaborado pelo Banco Mundial, São Tomé e Príncipe, está no centésimo quinquagésimo terceiro posto. «É uma posição que não nos satisfaz, mas devemos reconhecer, que há 4 ou 5 anos estivemos numa posição pior, o que significa que algumas coisas têm sido feitas no sentido de melhorar a nossa posição neste ranking», defendeu o ministro da economia e da cooperação internacional.

Maike Hong empresário do Comité Africano da Associação Económica, Empresarial e Internacional de Taiwan, que apresentou o historial do mundo empresarial do seu país, manifestou o empenho na promoção de negócios entre os dois países.

Por sua vez o empresário são-tomense João Gomes, fez a radiografia da situação empresarial do país, e mostrou várias pistas a seguir. «Deveríamos ter ambição de instalar nestas ilhas grandes centros de compra para as elites dos países a volta das nossas ilhas», declarou, para depois indicar as acções a serem implementadas para que o arquipélago se transforme efectivamente num centro de prestação de serviços. Um porto em águas profundas e um aeroporto efectivamente de categoria internacional, são as infra-estruturas essenciais, explicou o empresário nacional.

O turismo, é um sector de grande potencial, mas segundo João Gomes, é preciso que haja políticas claras de formação e educação das populações para o turismo de qualidade ser desenvolvido no país. Deu o exemplo das dezenas de roças que formam as ilhas de São Tomé e Príncipe, cujo património poderia gerar dezenas de pensões ou hotéis, que por sua vez gerariam riqueza e mais de 4 mil postos de emprego.

Abel Veiga

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