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Mensagem da OMS – África pelo dia Mundial da Audição 3 de Março

MENSAGEM DA DR.ª MATSHIDISO MOETI, DIRECTORA REGIONAL DA OMS PARA A ÁFRICA, POR OCASIÃO DO DIA MUNDIAL DA AUDIÇÃO 2016 

Hoje, 3 de Março de 2016, juntamo-nos ao resto do planeta na comemoração do Dia Mundial da Audição, para despertar consciências quanto à necessidade de prevenir e controlar a perda de audição, sobretudo nas crianças.O tema da comemoração deste ano é: “Perda de audição na infância: agir agora, desta forma!”.

Cerca de 360 milhões de pessoas – 5% da população mundial – vive com deficiência auditiva e quase 32 milhões são crianças. A grande maioria das crianças afectadas vive em países de baixo e médio rendimento. Na Região Africana, estima-se que 4,5% de toda a população e 1,9% das crianças africanas vivam com esta deficiência. A perda auditiva representa uma barreira à educação e à integração social. Em cenários de poucos recursos, nos quais uma criança já corre o risco de traumatismos, a perda auditiva pode também representar um elemento adicional e crucial de vulnerabilidade. Além disso, num contexto mais geral, a perda auditiva que não é tratada pode afectar o desenvolvimento social e económico de comunidades e países inteiros.

A OMS estima que 75% da perda auditiva em crianças em crianças com menos de 15 anos de idade em países de baixo e médio rendimento seja evitável. Mais de 30% dos casos de perda auditiva na infância são provocados por doenças como o sarampo, a rubéola, a meningite e as infecções nos ouvidos. Outros 17% dos casos de perda auditiva na infância resultam de complicações do parto, incluindo a prematuridade, a insuficiência ponderal à nascença, a asfixia perinatal e icterícia neonatal.

Existem boas intervenções para reduzir a perda auditiva na infância: a prevenção é crucial, através do reforço dos programas de vacinação, melhoria da divulgação das práticas da boa higiene, prestação de serviços de saúde materno-infantil mais robustos, incluindo exercer advocacia a favor da redução de medicamentos ototóxicos em mulheres grávidas e recém-nascidos.

Em crianças afectadas, a detecção precoce através de programas de rastreio auditivo e a disponibilização oportuna de intervenções adequadas, assim como a prestação de serviços de reabilitação pode minimizar grandemente o impacto adverso da deficiência e facilitar a educação normal e o desenvolvimento social.

É possível alcançar realizações cruciais nesta área, reconhecendo e dando visibilidade ao problema, partilhando a responsabilidade e a solidariedade dos governos africanos e dos parceiros, e prestando serviços acessíveis a todas as pessoas que deles precisam.

Ao comemorarmos o Dia Mundial da Audição, lanço um apelo a todos os países e parceiros para que mantenham e reforcem a solidariedade na luta contra a perda auditiva na infância na Região Africana. Isto significa colmatar as grandes lacunas em termos de recolha de dados a utilizar para fins de advocacia, afectação de recursos e planeamento adequado; melhorar a prevenção e da detecção precoce; disponibilizar serviços para o tratamento e reabilitação de todas as crianças quevivem com deficiência auditiva, e sobretudo garantir que ninguém é deixado para trás.

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