Sociedade

Falta de água afeta 3,6 bilhões de pessoas no planeta pelo menos um mês por ano

Parceria – Téla Nón / Rádio ONU

De acordo com o estudo, a poluição da água piorou em quase todos os rios da África, da Ásia e da América Latina.

19 março 2018

Direitos humanos

Consumo global do recurso sobe 1% a cada ano; relatório alerta para crescimento significativo da procura global nos próximos 20 anos; documento é formalmente apresentado no 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília.

Um novo relatório das Nações Unidas destaca que a demanda global por água aumenta cerca de 1% ao ano. Entre os motivos estão o crescimento populacional, o desenvolvimento económico e a mudança nos padrões de consumo.

A procura pelo recurso continuará a crescer de uma forma significativa nas próximas duas décadas, revela o documento apresentado esta segunda-feira no Fórum Mundial da Água, em Brasília.

Fornecimento

estudo coordenado pela Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, defende soluções baseadas na natureza, SbN, para melhorar o fornecimento e a qualidade da água e reduzir o impacto dos desastres naturais.

Cerca de 3,6 bilhões de pessoas vivem atualmente em áreas onde potencialmente falta água durante pelo menos um mês por ano. O número equivale a quase metade da população global.

A previsão é que esse número possa aumentar para entre 4,8 bilhões a 5,7 bilhões de pessoas em 2050.

Poluição

De acordo com o estudo, a poluição da água piorou em quase todos os rios da África, da Ásia e da América Latina desde a década de 1990.

O estudo cita o Brasil como um dos melhores exemplos da aplicação das soluções baseadas na natureza para melhorar o desempenho da infraestrutura de águas residuais.

O relatório prevê que a agricultura continue a ser o setor que mais vai usar água, a demanda nos setores industrial e doméstico deverá aumentar muito rapidamente.

Risco

Com as mudanças climáticas aumenta o ciclo global da água e as regiões mais úmidas geralmente se tornam mais úmidas e as mais secas tornando-se ainda mais secas.

Entre as consequências de deterioração da qualidade da água na próxima década estão o aumento do risco para a saúde humana, para o meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável.

O maior desafio para a piora da qualidade da água é o aumento de nutrientes, que, dependendo da região, é frequentemente associado ao carregamento de patógenos. Centenas de produtos químicos também estão afetando a qualidade da água.

No Brasil, a prática ajudou a aumentar a expectativa de vida económica na Hidroelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo, em, quase seis vezes. A subida foi de 60 anos quando a central foi construída para 350 anos agora.

Com a melhor gestão da paisagem e das práticas agrícolas na bacia hidrográfica, as populações reduzem sedimentação no reservatório e melhoram a produtividade e os rendimentos agrícolas.

De acordo com o documento, a agricultura intensiva aumentou o uso de produtos químicos em todo o mundo para aproximadamente 2 milhões de toneladas por ano. Os herbicidas representam 47,5%, os inseticidas 29,5%, os fungicidas 17,5% e os restantes 5,5%.

O Relatório Mundial de Desenvolvimento das Águas foi coordenado pelo Programa Mundial de Avaliação das Águas da ONU da Unesco, com a colaboração de 31 entidades das Nações Unidas e 39 parceiros internacionais da ONU-Água.

Apresentação: Monica Grayley

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