Foi o município português de Odivelas que recebeu a representação teatral são-tomense, e não Oeiras, como erradamente o Téla Nón divulgou. As reacções vindas de Odivelas para a redacção do Téla Nón, são de júbilo. A exibição do Auto de Floripes da ilha do Príncipe, foi um grande sucesso. O programa estipulava apenas uma exibição e num palco, o que limitava bastante as operações dos valorosos soldados dos dois reinos inimigos, o cristão e o mouro. O público de Odivelas pediu bis, e no dia seguinte as ruas da cidade abriram-se para o Auto de Floripes, recordar aos Europeus e Africanos, a história medieval que retrata as grandes conquistas do imperador Carlos Magno. Os bobos do castelo do Almirante Balão, rei dos mouros, a música dos tambores e cornetas da ilha do Príncipe, e o choque dos escudos no combate entre soldados cristãos e mouros, animaram o município português. O Secretário do Governo do Príncipe, Carlos Gomes, que chefia a delegação do Príncipe, confirmou para o Téla Nón o sucesso que juntou milhares de pessoas. E agora surge a questão. Porque é que o Auto de Floripes do Príncipe não pode candidatar-se a património cultural da UNESCO? Uma questão que ao que tudo indica vai alimentar o debate político entre Príncipe e São Tomé nos próximos tempos, uma vez que a Tragédia de Marquês de Mântua exibida na ilha maior, já tem tudo preparado para ter tal estatuto.