Cultura

O maior massacre dos são-tomenses pelo regime colonial aconteceu há 59 anos

Hoje é feriado nacional porque o país recorda os acontecimentos de 3 de Fevereiro de 1953. Altura em que centenas de são-tomenses, principalmente os habitantes do coração do distrito de Mé-Zochi, centro de São Tomé, foram torturados até a morte porque recusavam servir o regime colonial.

Centenas de cidadãos são-tomenses terão sido submetidas ao trabalho forçado. Muitos não resistiram a tortura e morreram na praia de Fernão Dias onde em 1953, estava a ser construído um pontão. Outros perderam a vida no trabalho forçado nas obras públicas, como a construção da antiga Pousada Boa Vista e outras infra-estruturas.

Para quem conhece a capital são-tomense, grande parte das infra-estruturas foi erguida durante o massacre de 1953. Foi o acontecimento que reforçou a determinação dos são-tomenses para a conquista da independência e despertou a comunidade internacional para a opressão a que o povo estava submetido.

No lugar onde há 59 anos, centenas de pessoas perderam a vida durante o massacre, esta sexta – feira 3 de Fevereiro, foi lançada a segunda fase da campanha que pretende promover a cidadania e unir a nação são-tomense, para conquistar o desenvolvimento. O Presidente da República Manuel Pinto da Costa é o Padrinho da campanha “Todos Lado a Lado”, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Os sobreviventes do massacre de 1953, que todos os anos visitam a Praia de Fernão Dias, onde verteram, suor, lágrimas e sangue, vivem na miséria entregues a sua sorte. O Primeiro-ministro Patrice Trovoada renovou a promessa do ano passado, no sentido de dignificar os que resistiram em 1953, assim como os que contribuíram na luta que se seguiu com vista a independência nacional.

A zona que foi palco de um dos episódios mais sangrentos do massacre, foi concedida desde 2008 a uma empresa francesa para construir Porto em Águas Profundas. O memorial que ali estava, foi derrubado mas as obras do porto nunca mais começaram. O anterior Governo tinha prometido como alternativa, construir um memorial no quintal da Roça Fernão Dias. Mas nem a primeira pedra foi lançada.

Na celebração do quinquagésimo nono aniversário sobre o massacre, o governo de Patrice Trovoada, aproveitou para exibir a planta de um novo memorial que será construído ainda este ano, em Fernão Dias.

Uma forma de perpetuar o heroísmo dos são-tomenses, que irrigaram com o seu sangue a areia, o mar e o solo de Fernão Dias, numa resistência tenaz contra o regime colonial que face a escassez de mão-de-obra para trabalhar nas plantações de cacau, pretendia contratar os fôrros como serviçais.

Abel Veiga

23 Comments

23 Comments

  1. blek

    3 de Fevereiro de 2012 at 14:28

    meus amigos foi pena isso ter acontencido em colaboração com alguns forros mas isto pode vbir a acontecer entre vós porque o pais esta a beira do culapso sem lei, sem ordem e sem politicos a altura por isso qualquer dia vão se matar uns aos outros para mim que se matem e se comam uns aos outros é o que merecemporque só sabem criticar e invejar os outros que se matem.

  2. luisó

    3 de Fevereiro de 2012 at 14:55

    “…Para quem conhece a capital são-tomense, grande parte das infra-estruturas foi erguida durante o massacre de 1953…”
    Pergunta: então o massacre durou assim tanto tempo que deu para construir tantas infra-estruturas?

    • BIO

      3 de Fevereiro de 2012 at 16:12

      mano querido, a colonização por se so é algo medonho, e o ato de massacre e morte de centenas de irmãos nossos é repugnante, mas se formos ver a origem de tantas morte, estava na preguiça do nosso povo, e continuam assim mesmo, muito preguiçosos, …morreu tanta gente porque santomenses são muito preguiçosos, talvez precisemos voltar no tempo pra reverter esse quadro

    • Filipe Samba

      7 de Fevereiro de 2012 at 9:53

      Meu
      Caro Lúcio
      Os meus cumprimentos,
      O massacre foi durante os 504 anos não para todos.
      A palavra contratar naquele período, interpretava-se como recrutar
      Os cabo-verdianos , estes sim, celebravam um contrato antes de partir para são tomé e príncipe.
      Enquanto os Angolanos , Moçambicanos não gozavam da mesma regalia
      Aos nativos ou ” Cruzamentos biológicos”, segundo O Escritor e Ensaísta, Albertino Bragança, como havia escassez de mão de obra nas roças e obras publicas, o procurador da província ultramarina decidiu fazer rusga aos nativos obrigando-os a trabalhar em diferentes domínios.
      A minha infância na roça tive a oportunidade e a sorte de escutar muitos contos verbais em forma de poesia da cultura africana, em casa de um latifundiário judeu de Senhor Dias, Ex-enfermeiro da roça Monte Café
      Com alta estima e compreensão

  3. Celmira Ribeiro

    3 de Fevereiro de 2012 at 18:12

    É preciso termos muito cuidado nas afirmações que fazemos para não caírmos em anacronismo. porque dizer que a maior parte das infraestruturas erguidas na capital foram construida durante o massacre de 1953 é muito gráve.Isto porque o massacre aconteceu em menos que um ano.

  4. luisó

    3 de Fevereiro de 2012 at 18:50

    “…numa resistência tenaz contra o regime colonial que face a escassez de mão-de-obra para trabalhar nas plantações de cacau, pretendia contratar os fôrros como serviçais…”
    Pergunta: porque é que havia escassez de mão de obra?
    Resposta: porque nem como contratados os forros queriam trabalhar.
    Aonde é que eu já vi este filme….

  5. Antonio Vaz

    3 de Fevereiro de 2012 at 18:55

    Sim Luiso, hoje todos escrevem sobre 53, e escrevem sem dar por conta que nada sabem, nem investigam. Hoje muitos aproveitam das desgraças do povo para promoverem, infelizmente hoje os ricos são todos aqueles filhos dos colonos que massacraram os saverdadeiros santomenses. mas eu acredito que brevemente algo vai mudar. De notar que so com financiamento do PNUD é que que podemos ser unidos. Logo apos a independencia o MLSTP tratou de dividir os santomenses para perpetuar no poder e hoje os seus velhos estão no poder assim como os seus filhos…

  6. Anca

    3 de Fevereiro de 2012 at 22:39

    Deixo aqui um artigo, escrito pelo José Maria Cardoso, no dia 25 de Janeiro, publicado no Téla Nón, sobre “MASSACRE DE BATEPÁ, CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE FERNÃO DIAS OU MASSACRE DA TRINDADE?”.

    E convidar os cidadãos Santomenses a investigar à sincronologias e cronologias dos acontecimentos que marcaram e continuam a marcar o país(território/população), antes e pós independência, tanto a nível social/cultural/político ambiental/económico, e financeiro, de modo à podermos entender melhor a nossa condição no presente, de modo a delinear-mos juntos lado à lado, com caminho de justiça, paz, progresso e modernização, da nossa estrutura social/cultural/política, ambiental, económica e financeira, na luta contra à corrupção, à fome, à miséria e pobreza, às injustiças e desigualdades sociais, que assola o país(território/população), rumo à crescimento e desenvolvimento social/cultural/ político/ambiental/económico e financeiro sustentável.

    Os acontecimentos que aconteceram em 1953, deve servir para, nos fazer reflectir, o quão limitada é a compreensão, o quão desmedida pode ser a ambição humana, o quão profano e inculto pode ser o ser humano, quando a vida humana do ser igual, nada importa para atingir certos objectivos, que mancham a culturas do povos. Mas, deve servir de reflexão, sobre o perdão, porque quando perdoa-mos estamos a fazer uma escolha diferente, um caminho com outro percurso, percurso de integração social, dos cidadãos, de pessoas e comunidade humana, sem discriminar, credo, cor de pele, culturas, paixões, paixões políticas, opções de escolhas, pois que a raça é somente uma Raça Humana, pois o que define o nosso tom de pele é somente uma substância, a Melanina, que nos serve à nós seres humanos, consoante a latitude/longitude, de protecção ao nosso órgão pele.

    Por outro lado, serve a nós Santomenses, tantos os de Príncipe, bem como os de São Tomé, de maneira e forma muito caracterítico, para que amenos a nossa Terra, os nossos concidadãos, de modo a que, tenhamos condições no seio do nosso País(território/população), de integridade e integração dos nossos cidadãos bem como daqueles, que connosco queiram conviver, na base de harmonia, de paz, de integração e respeito pela diferenças culturais, para que jamais os nossos concidadãos tenham ou sejam ou venham ser obrigados a partir à procura, dessa integração, noutras paragens e destinos, nomeadamente naquele destino, cuja a sua integração social no passado, tinha sido, obstruída, por meras que questões de crenças, culturais, de complexo de superioridade, o qual o curso da história da raça e da vida humana, prova o contrário, somente existe uma raça a humana com a sua diversidades e belezas culturais, consoante a latitude e longitude.

    Aqui deixo, o artigo;

    “MASSACRE DE BATEPÁ, CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE FERNÃO DIAS OU MASSACRE DA TRINDADE?”
    “2 Fevereiro 2011”

    “MASSACRE DE BATEPÁ, CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE FERNÃO DIAS OU MASSACRE DA TRINDADE?”

    “Há cerca de um ano e meio escrevi na imprensa lisboeta um artigo alusivo aos acontecimentos de 1953, em São Tomé e Príncipe, que passaram à História com o nome de “massacre de Batepá”.”

    “Conspiração e terrorismo de Estado, em São Tomé, contra as elites nativas locais”

    “Há cerca de um ano e meio escrevi na imprensa lisboeta um artigo alusivo aos acontecimentos de 1953, em São Tomé e Príncipe, que passaram à História com o nome de “massacre de Batepá”.” “Nele se mostra a espantosa ocultação que ainda hoje, decorridos quarenta e seis anos, o Estado português continua a fazer dessa tragédia, impedindo por exemplo que documentação relevante na posse dos arquivos públicos seja estudada pelos pesquisadores e divulgada junto do grande público.”

    “Sem dúvida que esta atitude das autoridades portuguesas tem permitido encobrir o nome e a conduta assassina de figuras que serviram o aparelho de Estado em São Tomé: a começar pelo próprio governador-geral, coronel Carlos Gorgulho, Machado de Sousa (Tenente da Armada e capitão dos Portos que sucedeu a Gorgulho), o coronel Alfredo Correia Nobre (Lugar-Tenente do governador, o inspector do Ensino, Firmino Abrantes (o curador dos Indígenas), Abrantes Pinto (chefe de Gabinete do governador), os magistrados Judicial do Ministério Público, Armando Lopes da Cruz (notário e ex-Delegado do Procurador da República), Tenente Raúl Simões Dias (Presidente da Câmara), Trigo Delgado (engenheiro-chefe das Obras Públicas e delegado da União Nacional em São Tomé), Manuel da Costa Morão (delegado de Saúde) e outros – todos considerados como os verdadeiros estrategas do plano macabro que mergulhou as populações nativas da colónia em estado de choque durante meses, em especial as suas elites; sem esquecer outras hierarquias que intervieram igualmente nas atrocidades; neste caso os comandantes e subordinados do corpo da polícia e das forças militares, médicos, regedores, encarregados de obras, administradores de roças, assim como comerciantes e industriais europeus; e também a própria Igreja Católica na pessoa do seu Vigário-Geral (Padre Monteiro) e do pároco Martinho Pinto da Rocha (Membro do Conselho do Governo), o primeiro talvez o mais perverso, embora o Padre Rocha não lhe ficasse atrás, porquanto, na qualidade de conservador do Registo Predial, jamais lhe sobrou a pinga de moral para, em proveito próprio e dos seus apaniguados, atropelar a lei e saciar-se com bens alheios.”

    “Na mira da Igreja esteve sempre o palacete onde funcionava a Associação Desportiva e Cultural e a sede da Sociedade Cooperativa da Caixa Económica. Estas duas entidades eram privadas e dela fazia parte a nata africana.” “José D’Alva Ribeiro presidia os destinos da primeira e era administrador da segunda.” “Este filho da terra, subdirector de Fazenda e um dos mais prestigiados representantes da elite negra santomense, constituía porém um empecilho intransponível para o Vigário-Geral, que o odiava, e para os sacedortes; e não menos para a clique de funcionários superiores que, mancomunados com o governador-geral, se abotoavam com fatias consideráveis do Orçamento do Estado.” “Em silêncio, D’Alva Ribeiro acompanhava todos esses manejos. Os seus inimigos, entretanto, pressentiam o perigo.” “Por isso o prenderam e mataram.”

    “Realmente a dimensão dos acontecimentos foi tal – um pesadelo, se se levar em conta a natureza dos crimes cometidos – que uma testemunha acabou por escrever: confesso-vos que se eu não estivesse cá a viver, a ver e a sentir a exterminação total a que pretendiam reduzir os nativos eu julgaria que em tudo isto houve uma boa parte de exagero.”

    “Sobre as causas da tragédia já se escreveram vários textos, todos apontando a desmedida ambição do governador Gorgulho, que se lançou num vasto programa de construções e melhoramentos públicos recorrendo a rusgas constantes nas povoações nativas por forma a angariar mão-de-obra barata ou gratuita.” “Todavia, como alguém salientou, aos africanos já não bastava oferecerem-se voluntariamente para o serviço.” “Depois de aceites, eram despedidos e, mais tarde, caçados como “vadios”, sem direito a qualquer tipo de remuneração.” “Apenas prevaleciam (…) condições de brutal tratamento (…). Presos e acorrentados, ficavam à mercê de chicote de guardas e capatazes escolhidos, a maior parte, entre condenados por crimes comuns.”

    “A malandragem, porém, sentia-se inquieta porque sabia estar a ser vigiada pela elite nativa de São Tomé que, além de bem representada nos escalões superiores do funcionalismo público, gozava em Lisboa de influências e bons conhecimentos.” “Porventura a pessoa mais temida era Salustino da Graça do Espírito Santo (engenheiro agrónomo).” “Quando o governador e os seus protegidos inventaram a tenebrosa história da conspiração dos negros contra os brancos e desencadearam a repressão de Fevereiro de 1953, não foi por acaso que o nome de Salustino apareceu em todos os autos de “confissão” dos presos como (…) chefe da revolução, seu instigador, seu preparador e futuro Rei da Ilha.””

    “”Portugal tem uma dívida histórica para com os povos africanos.” “Neste país até hoje ainda não se ouviu um Presidente da República ou um primeiro-ministro pedir desculpas por casos como o de São Tomé e outros ocorridos em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.” “Embora não se trate só de pedir desculpas, pelo menos o gesto denotaria uma mudança de estilo e de comportamento mais saudável para se encararem problemas ainda tão difíceis como é o passado colonial”

    “Portugal e África têm uma história em comum que precisa de conhecer.” “E bem.” “Sem preconceitos e reservas.” “Não se pretende que os criminosos de ontem sejam presos ou julgados.” “Pretende-se conhecer os factos, tomar consciências dos erros cometidos e corrigi-los no futuro.”

    “Esta a única razão do nosso combate pela História.”

    “Carlos Pacheco, historiador Angolano”

    “Almada, 22 de Outubro de 1999.”

    “In Crónicas de uma guerra inventada de Sum Marky”

    “Dedicatória”

    “Em São Tomé, no ano de 1953, houve um coronel, Governador da Ilha, e seu estado-maior de tenentes, que inventaram uma guerra, a que chamaram de “Bate-pá!””

    “Mais propriamente deviam tê-la chamado “Guerra de Mata-pá”, porque realmente foi um massacre de mais de mil pessoas inocentes.”

    “Ao Dr. Manuel João de Palma Carlos, (Advogado português que foi defender os nativos em São Tomé) cujo papel nos acontecimentos foi crucial para pôr fim à matança.”

    “E também aos que morreram por asfixia no cubículo exíguo de uma prisão na noite de 4 para 5 de Fevereiro, que vi estendidos no lajedo do pátio do Corpo de Polícia e que na minha inocência julgava adormecidos, entre os quais o senhor Alfredo Afonso e seus dois filhos e igualmente amigo do meu pai.”

    “Sum Marky”

    “In Crónica de uma guerra inventada de Sum Marky”

    “Memória”

    “No próximo dia 3 de Fevereiro, feriado nacional, quinta-feira, a juventude santomense, é, eventualmente, chamada a comparecer, uma vez mais, em peso para numa caminhada de quilómetros desde a cidade capital até a praia de Fernão Dias (Campo de Concentração de 1953) simbolizar o sacrifício e o sangue derramado pelas centenas, porque não mais de um milhar de nativos, gentes desarmadas, assassinados em poucas semanas sob o mando directo do então Governador colonial, o sanguinário Carlos Gorgulho.”

    “Passados cinquenta e oito anos da mais sangrenta data na História das ilhas de S.Tomé e Príncipe, achamos oportuno assaltar o tempo dos que comungam a tribuna do Téla Nón para um peito ao peito sem grilhetas (duas voltas de correntes) no pescoço, na cintura e nos pés como foram vítimas os filhos da terra, muitos mortos, no inferno de Fernão Dias.”

    “Assassinato de Pontes (um simples carpinteiro). Assassinato de José D’Alva Ribeiro, Joaquim Tiny, Francisco Aragão e outros (nativos e altos funcionários do Estado e proprietários de roças).” Roças e plantações dos nativos queimadas pelos capangas, trabalhadores armados das roças de Milagrosa, Java e Favorita (todas na Trindade).” Um grupo de 170 homens, que viam de Santo Amaro, aconselhados pelo Regedor Henriques com bandeiras brancas para pedir o Governador a deixar abastecer as famílias de géneros de primeira necessidade e suplicá-lo as boas graças, em Oque-Del-Rei esperava-os a tropa, que os meteu, acintosamente, em camionetas que os conduziu para Fernão Dias, como prisioneiros de guerra.” “Daí resultou a morte de muitos deles, espancados, maltratados, assassinados a tiro como aconteceu ao Inglês e outros à paulada, a chicote ou afogados, a saber: Júlio Bouças, Egídio, Mé Dano, Hajavida e muitos outros desaparecidos que se sabe, atirados ao mar com blocos de cimento atados aos pés.”

    “Quarenta outros prisioneiros morreram asfixiados numa cela dentre eles, Alfredo Afonso e seus dois filhos.”

    “Mulher grávida queimada em casa em Batepá.” Mulheres violadas.” “Crianças órfãs.” “Famílias inteiras enlutadas em nome de uma guerra inventada.” “Uma lista interminável de filhos de S.Tomé e Príncipe mortos prematuramente pelas balas da História colonial.”

    “Nesta altura que nos comove a todos, alguns até a cair no fanatismo patriótico de “fuzilar” um investigador estrangeiro que com o seu contributo nos tem construído castelos da nossa História, por ter vindo mais recentemente a praça pública abrir a sua busca de que Amador, jamais foi Rei dos Angolares (1595), urge questionar o seguinte?”

    “Tendo as ilhas de S.Tomé e Príncipe feito um percurso histórico de povoamento por colonos europeus, judeus, degredados e negros escravos sem algum momento, o poder colonial ter confrontado com alguma revolta vitoriosa em que um escravo se proclamou Rei, onde teria o governador Carlos Gorgulho, passado quase cinco séculos, inventado que o Engenheiro Salustino Graça, preparava a revolução de 1953 para se tornar Rei das ilhas?” “Havia ou não a tradição de monarquia desde os tempos remotos da escravatura?” “Só pode ter a ver com o Engenheiro ser um “madô”.”

    “O país que temos hoje de longe faz qualquer paralelismo com a colónia de ontem.” “Todavia, o povo passados os 35 anos de independência ainda não vislumbra qualquer melhoria social e económica que lhe possa outorgar alguma esperança de que valeu a pena o sangue derramado.”

    “Uma segunda geração, se não terceira geração pós independência já foi chamada a assumir o governo das ilhas do Equador e, acreditamos que tudo tem feito para se divorciar da ditadura dos primeiros 15 anos e os 20 anos de instabilidade política e governativa que não permitiram o país a se encontrar com os seus filhos para hastearem a tão desejada e prometida bandeira do desenvolvimento económico no paraíso do meio do Mundo.”

    “Passados os cinquenta e oito anos do Massacre de Batepá, quais os sacrifícios mais terão que passar o nosso povo para alcançar os nobres ensejos da independência?” “Onde andará escondida a humildade e o orgulho do santomense?”

    “25 de Janeiro de 2011.”

    “José Maria Cardoso”

    Jamais com acontecimentos passados da nossa História, como país(território/população) antes e pós Independência, devemos semear o ódio, a discórdia, o dividir para reinar, antes devemos delinear um caminho e compromisso diferente, o perdão, mediante a paz, integração e integridade social.

    Lá onde existir um Santomense, seja ele de Príncipe, bem como de São Tomé, a passar necessidades, com fome, na pobreza, na miséria, com falta de estudos, analfabeto e inculto, com falta de cuidados de saúde, jamais descansemos e relaxemos tranquilos, antes mediante à nossa Unidade, à disciplina e empenho no trabalho, todos juntos lado à lado, sejamos solidários uns para com outros.

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    Lembremos cidadãos, nós os seres humanos, devemos ser solidários, uns para com outros, embora pertencendo a povos de diferentes culturas, de diferenças de tons de pele, de credo, diferenças de gostos, de paixões políticas, pertencemos à somente uma raça, a Raça Humana.

    Do Presidente da República, do Primeiro Ministro e Chefe do Governo, a Assembleia da República, ao Presidentes do Governo Regional, aos Presidentes da Câmaras Distritais, aos Partidos Políticos, com e sem assento na assembleia da república, aos senhores deputados, bem como a sociedade civil organizada, os cidadãos comuns;
    Defenda-mos a integridade da vida humana e a integração e paz social dos nossos cidadãos, bem como daqueles que connosco convivem a procura da integração e paz social.

    Que nos sirva a todos de reflexão e de alerta.

    Bem Haja

  7. Anca

    3 de Fevereiro de 2012 at 23:06

    Libertemos dos grilhões, da corrupção, da injustiças e desigualdades sociais/culturais económicas e financeiras, dos grilhões de injuriais, calúnias, intrigas políticas, dos grilhões da inveja, dos grilhões da preguiça, dos grilhões do segregação individual e social, por causa tonalidade da pele, pois que a raça é somente uma raça humana, antes mediante a unidade e disciplina e organização, nos empenhemos na tarefa do trabalho árduo, pela integridade territorial, integração e paz social dos cidadãos, pela transparência governativa e empreendedorismo individual e social colectivo dos nossos concidadãos mediante educação/formação de qualidade, pela consolidação de um sistema de justiça rigoroso livre e moderno, pela saúde pública dos nossos cidadãos, em suma, pelo o crescimento e desenvolvimento social/cultural/político, ambiental/económico e financeiro sustentável da nossa sociedade.

    Bem haja

    Pratiquemos o bem Santomenses

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  8. Anca

    3 de Fevereiro de 2012 at 23:25

    Lá naquele lugar, no nosso país(território/população), onde existir falta de condições e estruturas/infraestruturas sociais ambientais económicas políticas e financeiras, estruturas/infraestruturas estas de autoridade e gestão do Estado, nomeada e muito particularmente, saneamento básico, vias de comunicação, água, energia eléctrica, escolas hospitais e centros de saúde, que permitem o desenrolar/desenvolver normal da vida humana, com dignidade e integridade paz social, empenhemos e nos esforcemos no esforço conjunto, para ultrapassar o handicaps e dificuldades de acesso aos serviços às nossas populações e territórios/lugares/vilas/ distritos/região/luchans.

    • Anca

      3 de Fevereiro de 2012 at 23:33

      Sem esquecer, Postos e Comando de Polícias, Quartéis Militares, bem como Tribunais e Estruturas Prisionais, bem equipados e funcionais.

      Claro, tudo isto mediante o desenvolver da capacidade dos agentes e estruturas/infraestruturas económica capaz de gerar rendas ao Estado(da qual pertencemos e somos todos)

      Pratiquemos o bem

      Pois o bem

      Fica-nos bem

      Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    • Anca

      3 de Fevereiro de 2012 at 23:44

      Pois que na sociedade, onde não há pão, em que por vezes todos ralham e ninguém tem razão;

      Nada se deve perder, antes tudo se deve e se pode transformar.

      Nada se perde, tudo se transforma

      Pois, que parar, ou cruzar dos braços, é se manter na fome, na miséria e na pobreza.

      Empenhemos todos no trabalho árduo, modernizar o país(território/população).

      Pratiquemos o bem

      Pois o bem

      Fica-nos bem

      Mais unidade, mais disciplina ordem e paz social , melhor organização, mais empenho no trabalho duro.

  9. Antonio Vaz

    4 de Fevereiro de 2012 at 4:06

    Abel Veiga and Direccao do Tela-Non
    POR FAVOR, TIRE O MEU NOME NA VOSSA PUBLICACAO E COMENTARIOS!

    I do not want to participate at this time.

    Please, remove my name from this commentaries! Unknown people are using my name and hiding their identity, it is dishonest, coward, and Tela Non is supporting this illegal and criminal act.

    Abel Veiga and Direccao do Tela-Non
    POR FAVOR, TIRE O MEU NOME NA VOSSA PUBLICACAO E COMENTARIOS!

    Antonio Vaz (verdadeiro)

    • Galo

      4 de Fevereiro de 2012 at 14:48

      ES O unico co este nome no mundo?

  10. Xavierinho

    5 de Fevereiro de 2012 at 11:55

    Meus caros, o projeto de monumento parece muito engraçado e é de justiça que se restituia o memorial às vítimas dessa barbárie. Com todo, tenho algumas perguntas: (1) Qual é o custo desse monumento e o custo da sua manutenção (num momento no qual se está a falar diáriamente de falta de financiação para os serviços básicos como a saúde, falar de custos não é coisa fútil, e também não é questão de gastar muito dinheiro num monumento se depois pode ficar abandonado como passou com o anterior). (2) O monumento vá a conter os nomes das pessoas que foram assassinadas/torturadas lá? (pessoalmente acho que seria uma boa idéia não ficar apenas com a memória da repressão, senão também é preciso lembrar a memória de cada uma das pessoas que sofreram a barbárie, que deram a vida pelas libertade). (3) A situação do monumento va estar no mesmo lugar do anterior, se precisamente esse lugar deveria ser objeto do desenvolvimento do porto de águas profundas, e, por tanto, do desenvolvimento de um novo lugar central na Ilha de São Tomé?

  11. jose sousa

    6 de Fevereiro de 2012 at 12:15

    Meus Caros Campatriotas.
    A esperanca e a ultima palavra sucumbir.
    Sabemos que SAo Tome e Principe esta enfrentando inormes dificuldades fruto, do tao especulativo negocio de petroleo que nunca vem a tona de uma vez para sempre; de modo a consolar o tao doloroso e dormento sofrimento do nosso povo.
    Temos desenvolver muitas coloquios e debates em torno de tudo que tem emperado ou travado o desenvolvimento deste tao belo pais.
    Nao caiamos na ideologia deacabida, cara de pau e barata do Mundo ocidental que no fundo nao esta interessado que a Africa desenvolva.
    Unica coisa que tem para dar e fomenter conflito para servir os seus interesses como tem sido o caso da Lybia e medio oriente em geral.
    Portanto, BILI UE povo de santo me cu plincipe.

    Jose Manuel

  12. MEZEDO

    6 de Fevereiro de 2012 at 14:44

    Caros Compatriotas,
    A 59 anos, o Regime Colonial actuava sobre os Santomenses, hoje assisti-se mesma coisa, só que ao invés de ser o Regime colonial é o REGIME DO SENHOR PATRICE TROVOADA, com promessas em cima de promessas. Todos estamos recordados que na cerimónia do ano passado, este Senhor prometera olhar, dignificar e valorizar os sub-viventes de 52, até hoje bem OITO NEM OITENTA. Um 1º. Ministro e ainda Chefe do Governo, por mais que se preze, devia parar e deixar de fazer promessas infundadas.
    Este Senhor agora arranjou moda de ultrapassar as situações que vão surgindo no País, fazendo promessas, dando inclusivé semana ou dias.
    Enganou Tózé com assinatura do Contrato Ad. de Investimento do Grupo Sul Africano, pediu ao Tózé que pedisse a população do Príncipe para não avançarem para paralização totoal do Príncipe porque dentro de oito dias iria orientar a assinatura do documento, até hoje, já se passaram 30 dias, mesma coisa disse ao Presidente da República( Senhor Presidente, por favor de-me uma semana, pediu mais uma até o Santo que tem o dia de hoje, nada.
    É assim a moda desse tipo. Mas dessa vez. nem o Tózé irá conseguir assegurar a rédia.
    O Senhor Patricio anda a abusar do Principe e sua população com promessas falsas.

    Haver vamos

  13. MEZEDO

    6 de Fevereiro de 2012 at 14:44

    Queria dizer nem oito nem oitenta

  14. Filó

    6 de Fevereiro de 2012 at 14:53

    Ao inves de se perder tempo, deviamos recuperar o tempo perdido. 59 anos,´mas ainda temos trauma do colonialismo.
    Ora vejamos!
    Farinha de milho, não faz parte da dieta alimentar deste povo.
    Varios nomes para designar a mesma coisa:
    farinha de matola
    epepa
    fuba
    cherem,
    mapira, etc.
    Farinha de milho não é ensinado na escola como alimentação para gente comer, sem esperar o barco vindo de moçambique(Matola).
    Dirigente que temos e tivemos!!!

  15. MEZEDO

    6 de Fevereiro de 2012 at 14:58

    A População do Principe, vai suportando as mazelas do Senhor Patricio Trovoada, orando através do Livro das Lamentações,( CAP. 3-VERSO 24,25,26 E 27

  16. rapaz de riboque

    6 de Fevereiro de 2012 at 19:36

    foi pena ter acontecido este massacre que teve colaboração de alguns filhos de s.tomé infelizmente foi isso é que manchou a era colonial, senão os colonos tinham passado despercebidos porque estavamos melhor do que não estamos agora . De que valeu a independencia se estamos a ser explorados e roubados da mesma pelos nossos irmãos.

  17. cobodô

    8 de Fevereiro de 2012 at 10:13

    é verdade rapaz de riboque até ja cortam pernas uns aos outros resta saber quando sera a vez do senhor dr Isidro ficar sem um membro pelo que sei ele é um gatuno profissional que quero só para ele onde é que ele foi ganhar tantas dolares para suburnar os juizes e o procurador sera que foi ganho honestamente? não acredito não havera uma cocaina e axi no meio de tanto dinheiro?

  18. santolav

    17 de Fevereiro de 2012 at 22:24

    zentchieee!!! na luta da cua vonvonfáaa. Nom ça ni bodo masacre otlo vê punda nom sca bende tela da stlangelo deça mina nom un luáaaa. gina sem nagi bé cua cu vê sca be fá: a blaga fela ponto, fela povo pá dá iné libio fé Hotel dê? a sca bende tudu plebuado cu nom té cua cu povo ca tom banho né? xi bo mece fé ké a na ca da bö chito fá magi ngué cu sun nà concefá sa cu cada de selá miscogi. Mina non sca vive ni son poçon. A bamu bili ueeeee

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