Sítio Roberto Burle Max (SRBM), na Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro-Brasil, ascendeu ao Pratrimônio Mundial da UNESCO, tornando no 23º elemento brasileiro a ser inscrito na lista, dentro da categoria chamada de “paisagem cultural”, deixando-o mais verde.
O Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) se reuniu no dia 27 de julho para votar a inscrição de novos locais em seu catálogo.
Realizada em Fuzhou, na China, a reunião foi transmitida via internet para todo o mundo e adicionou 24 novos locais à lista de Patrimônios Mundiais. Entre eles, o Sítio Burle Marx (SRBM), no Rio de Janeiro, um laboratório de experimentações botânicas e paisagísticas que sintetiza a obra do arquiteto, paisagista e artista brasileiro que o projetou.
O Comitê do Patrimônio Mundial reconheceu o “Valor Excepcional Universal” do sítio, por seu impacto no desenvolvimento do “jardim tropical moderno” por meio da combinação de ideias criativas do movimento modernista com tipologias locais e plantas tropicais.
Para o Brasil, trata-se de importante reconhecimento internacional desse legado cultural, que passou a ser o 23º elemento nacional incluído na lista do patrimônio mundial, dentro de uma categoria muito especial chamada de “paisagem cultural”. O feito evidencia o compromisso do país com a preservação simultânea de cultura e biodiversidade, do diálogo entre a arte e o meio ambiente, da convivência entre a engenhosidade humana e a natureza, tão presentes na sociedade brasileira.
O Sítio Roberto Burle Marx é composto por: espaços ajardinados com lagos, canteiros, afloramentos rochosos e arruamentos; 12.002,61m2de viveiros de plantas; uma coleção botânica com cerca de 3.500espécies tropicais e subtropicais, cultivada nos viveiros e jardins; uma extensa área de floresta nativa; nascente e cursos d’água; sete edificações principais – a Capela de Santo Antônio da Bica, do século XVIII; a Casa de Roberto, residência do paisagista; a “Loggia”, ateliê para pinturas de grande formato; o salão de festas conhecido como “Cozinha de Pedra”; o Ateliê, edifício moderno com fachada em cantaria neoclássica; o edifício da Administração; a “Casa de Pedra”. Além da coleção botânica, o SRBM dispõe de um acervo museológico com mais de 3.000 itens e uma biblioteca com cerca de 4.000 títulos.
Martins dos Santos/CCBSTP