Há mais de 10 anos que a população da Trindade, segunda maior cidade do país, palco dos principais eventos históricos, sobret udo de luta pela libertação do arquipélago, não tem um campo para viver as emoções do desporto rei, o futebol. O antigo campo José Cangolo, em honra ao nacionalista são-tomense que resistiu até a morte contra o ataque do exército colonial português naquela região em 1953, foi transformado numa escola secundária. Trindade sem campo e sem futebol, poderá ressuscitar para o desporto Rei, graças a iniciativa do empresário Aurélio Martins(na foto), que aceitou o desafio da população local, em construir um campo para dar vida ao futebol na cidade histórica.
Aurélio Martins, figura do ano 2008, empresário proprietário da empresa GIBELA, político deputado do MLSTP/PSD pelo círculo eleitoral de Lobata, aceitou o desafio lançado pelos jovens da cidade da Trindade no sentido de ser construído um campo de futebol na segunda maior cidade do país. «O mais breve possível, iremos dar uma mão para o arranque da construção de um campo que vai começar primeiramente pela terraplanagem do espaço para prática do futebol. Posteriormente transforma-lo num campo com melhor qualidade. Se calhar poderá haver também a colaboração do nosso governo, para que Trindade tenha um estádio que possa servir a população de Mé-zochi», declarou o empresario Aurélio Martins.
O desafio foi lançado pelos jovens da Trindade, numa altura em que o empresário, entregava as equipas de futebol salão da cidade, um conjunto de equipamentos desportivos. A sede pela prática do desporto, sobretudo o futebol, é grande no seio dos jovens da capital do distrito de Mé-Zochi, por isso mesmo organizaram um torneio inter-zonas com o patrocínio da empresa GIBELA, tradicional apoiante das acções com vista a promoção da prática do desporto. «Acreditamos que com o desporto o nosso país vai crescer, e um dia poderá estar inserido nas grandes competições internacionais», enfatizou, Aurélio Martins.
Trindade, é a região mais populosa de São Tomé e Príncipe depois da cidade de São Tomé. A juventude não esconde a frustração por falta de lazer. «É muito complicado e triste. Trindade é a segunda cidade do país e não dispomos de um campo de futebol, para fazer com que a nossa juventude possa crescer no seio do movimento desportivo. Não há um clube de futebol, porque não temos onde treinar. É muito triste e espero que se dê uma mão a cidade da Trindade», reclamou um dos jovens.
Através da empresa Gibela e com a colaboração de outros parceiros, os jovens da Trindade, buscam solução para um problema que há mais de uma década os sucessivos governos não conseguiram resolver.
Abel Veiga