PARCERIA / Téla Nón – Rádio ONU
Banco Mundial prevê que continente tenha 2,8 mil milhões de pessoas; relatório destaca vantagens económicas da redução das taxas de fertilidade e do aumento de investimentos para educar meninas e mulheres.
O mercado de trabalho deve apostar na educação de qualidade. Foto: Banco Mundial
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Um relatório do Banco Mundial prevê que África tenha 2,8 mil milhões de pessoas em 2060.
No período, a população do planeta deve chegar a 10 mil milhões de habitantes, segundo o estudo intitulado Transição Demográfica de África: Dividendo ou Desastre?
Dividendo Demográfico
A publicação recomenda como os países do continente devem aproveitar as vantagens sociais e económicas do crescimento da população.
O objetivo é que haja mais investimentos no capital humano e um aumento dos instrumentos de produção na África Subsaariana, um fenómeno chamado dividendo demográfico.
Benefícios
O informe menciona os benefícios que podem ser colhidos com a adoção de “políticas certas” como a redução das taxas de fertilidade.
O documento cita também a vantagem do aumento de investimentos na educação e na saúde, em particular de mulheres e meninas, que podem levar a uma mudança demográfica e a melhorias no desenvolvimento em geral.
Capital Humano
O vice-presidente do Banco Mundial para África disse que o crescimento populacional na região não vai contribuir para a expansão económica que se espera senão houver “investimentos certos no capital humano”.
Makhtar Diop declarou que as partes que participam no mercado de trabalho devem apostar na educação de qualidade e nos cuidados de saúde adequados para que o continente “realize em pleno o seu dividendo demográfico”.
Crescimento
O Banco Mundial destaca que a queda rápida da mortalidade infantil e o aumento de meninas na escola demonstraram o apoio político de alto nível para enfrentar os desafios demográficos e o rápido crescimento económico.
Em cidades como Addis Abeba, na Etiópia, e Acra, no Gana a taxa de fertilidade atingiu dois nascimentos por mulher, que é tido como o nível mais baixo jamais alcançado.
O índice contrasta com centros urbanos com 5,4 filhos por cada mulher entre 2005 e 2010, no que é considerado um desafio persistente.
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