PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Projeto é da Nova Parceria da União Africana para Desenvolvimento de África, Nepad; Banco Mundial e Instituto World Resources são os principais parceiros; ações incluem restaurar florestas e ecossistemas e conservar a biodiversidade.
Agricultor em plantação no Senegal. Foto: FAO/Seyllou Diallo
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Nova Parceria da União Africana para Desenvolvimento de África, Nepad, anunciou o lançamento da Iniciativa Paisagens Africanas Resilientes.
O projeto será implementado através de restauração de florestas e ecossistemas, conservação de biodiversidade, gestão de pastagens e práticas agrícolas que aumentam a produtividade e a resiliência de forma sustentável enquanto reduzem as emissões de gases causadores do efeito estufa.
Banco Mundial
O Banco Mundial e o Instituto World Resources são os principais parceiros da iniciativa. Os órgãos vão apoiar a mobilização de recursos financeiros e técnicos de diversas fontes para planear e implementar estratégias específicas por país.
O projeto vai trabalhar com a Iniciativa de Restauração da Paisagem Florestal Africana para levar 100 milhões de hectares de terras degradadas e desmatadas à restauração até 2030.
Ações prioritárias serão baseadas em trabalho analítico como o relatório “Confrontando a Seca em Terras Áridas em África: Oportunidades para Aprimorar a Resiliência”.
O documento, preparado pelo Banco Mundial e parceiros, descreve medidas para reduzir a vulnerabilidade e aprimorar a resiliência de populações que estão a viver em terras áridas.
Desafio Africano
Para o vice-presidente do Banco Mundial para África, “locais de desastres naturais, conflitos sociais e pobreza, as terras áridas estão no centro do desafio de desenvolvimento africano”.
Segundo Makhtar Diop, “reduzir a vulnerabilidade” das pessoas que vivem nestas áreas e melhorar a sua resiliência “vai exigir ações contínuas para abordar as causas dos problemas”.
Endossada pela União Africana em outubro deste ano, a Iniciativa Paisagens Africanas Resilientes e os projetos de apoio vão contribuir, entre outras coisas, para melhorar a fertilidade do solo e a segurança alimentar.
As ações devem favorecer ainda o acesso à água limpa, combater a desertificação, impulsionar o crescimento económico e a diversificação dos meios de subsistência. A outra meta é melhorar a capacidade de resiliência e adaptação à mudança climática.
Para o Banco Mundial, o valor agregado a esta “nova iniciativa transformadora” é que ela liga terras agrícolas, florestas e pastagens num único conceito de gestão para impulsionar a resiliência de ecossistemas e os meios de subsistência.
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