PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Chefe do FMI revelou que um dos pontos da agenda é abordar o impacto da redução dos preços do petróleo; visita inclui encontro com ministros da Comunidade Económica e Monetária da África Central.
Lagarde destacou desafios da queda dos preços do petróleo e aumento nas perturbações relacionadas à segurança. Foto: FMI.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, FMI, vai reunir-se com o presidente nigeriano Muhammadu Buhari em Abuja como parte da sua visita à maior economia africana iniciada esta segunda-feira.
Ao partir para o país, Christine Lagarde disse estar ansiosa para ter reuniões produtivas tanto com o líder nigeriano como com colegas para acompanhar como são abordados desafios económicos importantes. Para ela, o mais essencial é o impacto dos preços baixos do petróleo.
Crise
Quando Bughari foi eleito, em março passado, anunciou um orçamento recorde para este ano. O plano prevê uma duplicação do défice para US$ 11 mil milhões e o auxílio ao país para ajustar-se à crise no petróleo.
O maior produto de exportação da Nigéria perdeu cerca de dois terços do seu valor desde meados de 2014.
Lagarde também deve encontrar-se com líderes seniores além de empresários, mulheres, representantes da sociedade civil e legisladores.
Camarões
A deslocação da chefe do FMI a África inclui uma visita aos Camarões, onde Lagarde deverá encontrar-se com o presidente Paul Biya e a sua equipa económica.
Em dezembro, o país exportador de café, cacau e petróleo apresentou um orçamento de US$ 6,9 mil milhões para 2016.
Comunidade Económica
Os encontros devem incluir executivos do setor privado, mulheres líderes e outros membros da sociedade camaronesa e uma reunião com ministros das Finanças dos seis países membros da Comunidade Económica e Monetária da África Central, Cemac. A reunião decorre na quinta-feira, um dia antes do fim da digressão.
Lagarde disse que como a “maior e mais diversificada economia da Cemac, os Camarões estão bem posicionados para sustentar e reforçar a dinâmica da integração”.
Perturbações
A chefe do FMI destacou os desafios provocados pela queda dos preços do petróleo e pelo aumento nas perturbações relacionadas à segurança.
Para ela, o reforço da integração regional e a implementação de agendas com reformas ambiciosas na região será essencial para assegurar a estabilidade macroeconómica e restaurar o crescimento forte e inclusivo.
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2015-04-06 10:14:51