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Banco Mundial prevê escassez de água na África Central

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Segundo órgão, bem natural é abundante na região, mas mudança climática e crescimento populacional pode mudar situação; em locais onde recurso já é escasso, taxa de crescimento pode cair o equivalente a 6% do PIB.

A falta de água tem o potencial de multiplicar os riscos de conflitos. Foto: Banco Mundial

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

O Banco Mundial avalia que o crescimento populacional, a expansão das cidades e a mudança climática são fatores que estão a gerar um aumento na demanda por água. E essa procura deve crescer de forma exponencial.

Um relatório divulgado pelo órgão destaca que a água pode tornar-se escassa em regiões onde atualmente o recurso existe em abundância, como África Central e Leste da Ásia.

PIB

E em zonas onde já existe pouca água, como o Sahel e o Médio Oriente, a falta de água pode resultar em fortes impactos na agricultura, na saúde e nas rendas. Com isso, a taxa de crescimento em países das regiões poderá cair o equivalente a 6% do Produto Interno Bruto, PIB, até 2050.

O relatório informa também que a redução da disponibilidade de água fresca e a competitividade do uso da água para energia e agricultura são outros fatores que levarão a menor presença de água nas cidades. O Banco Mundial prevê a redução da disponibilidade em dois terços até 2050, na comparação com os níveis atuais.

Migração

A falta de água tem o potencial de multiplicar os riscos de conflitos. O aumento do preço dos alimentos causado por secas também podem gerar confrontos e migração de famílias.

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, revela que a escassez de água “é uma grande ameaça ao crescimento económico e à estabilidade no mundo, sendo que o problema está a piorar devido à mudança climática”.

Mas ainda há espaço para otimismo, segundo o órgão. Com melhores decisões políticas, os impactos negativos podem ser revertidos. Quando governos respondem à falta d’água e alocam 25% do bem natural para ser usado de forma mais valiosa, as perdas económicas caem de forma significativa.

Nas regiões mais secas do mundo, são necessárias políticas amplas para evitar o desperdício de água. O Banco Mundial sugere também mais políticas e reformas ligadas ao combate à mudança climática. Melhor planeamento para alocação de recursos e adoção de incentivos para melhorar a eficiéncia no uso da água são outras sugestões.

 

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