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Fora da escola, crianças são recrutadas para combates no Sudão do Sul

Unicef revela que mais da metade dos alunos está fora da escola; é o pior nível do mundo; 16 mil crianças foram recrutadas por grupos armados nos últimos dois anos e meio; agência ajuda a combater níveis de emergência de desnutrição aguda.

Apelo aos países vizinhos é que mantenham as fronteiras abertas. Foto: Unmiss.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Sudão do Sul tem 51% das crianças em idade escolar fora do ensino. A proporção é a maior do mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

Estima-se que mais de 1,8 milhões de menores estejam nessa situação que é agravada pelo conflito atual que forçou 400 mil crianças a deixar as salas de aula.

Violência

Cerca de 16 mil menores foram recrutados por grupos armados desde dezembro de 2013 quando começou o conflito entre forças do Exército de Libertação do Sudão, Spla, e o Spla na Oposição.

A preocupação do Unicef é que a prática aumente com a nova onda de confrontos. A agência menciona que a violência sexual e os estupros têm sido utilizados como arma de guerra por todas as partes do conflito no país.

O Unicef atua com parceiros para responder a crescente insegurança alimentar de emergência que afeta as crianças em áreas urbanas e rurais. Prevê-se que situação continue a piorar com a atual insegurança.

Denutrição

Cerca de 120 mil menores de cinco anos a sofrer de desnutrição grave foram tratados desde o princípio do ano. O valor representa a um aumento de metade em relação ao mesmo período do ano passado.

Em 2016, sete dos 10 estados do país atingiram o limite de emergência de desnutrição aguda. Mas a preocupação é também com o “aumento da taxa de desnutrição em áreas urbanas.”

No primeiro semestre, o Hospital Infantil Al Sabbah de Juba admitiu um quinto a mais de menores com desnutrição grave e com complicações em relação ao mesmo período de 2015.

Quase cinco milhões de pessoas no Sudão do Sul, ou mais de um terço da população, já enfrentava insegurança alimentar antes da recente onda de combates.

A agência reiterou o seu apelo a todos os grupos armados para que permitam um acesso sem restrições aos necessitados. 

* Apresentação: Mônica Villela Grayley.

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