Caros leitores do jornal digital Téla Nón mais uma vez vimos na contingência de ripostar a tentativa de desvio de atenção na apresentação dos documentos ostentados por Sra. Dra. Maria das Neves.Não queremos transformar isto num diz ele(a) respondemos nós. Não somos parte directa na causa mas, por se tratar de algo que é coisa pública vamos responder, por dever e obrigação, com esses singelos e breves trechos.
Como dizíamos, lemos despretensiosamente os documentos exibidos por Sra. Maria das Neves que, de resto, tenho o maior respeito e consideração. Respeito e consideração porque é uma figura pública são-tomense que assumira em tempos difíceis as regias do destino desse povo. Fê-lo em certo momento com inteligência mas depois foi só descalabro sobre descalabro…enfim.
Jamais ideamos que o básico conspecto criaria “mossas” na mente da Dra. Maria das Neves.
Tenha calma porque não somos investigadores da causa. Se o fossemos, creia, esse processo teria, inevitavelmente, outro rumo.
De facto, o que disse, anteriormente, o mantenho sem suprimir uma vírgula ou erro de escrita que, de propósito, diga-se de passagem, deixei. Por ser erro de escrita ela pode ser a qualquer momento corrigido mas o conteúdo manterá.
Queremos aqui dizer claramente e com certo sentimento de revolta, o facto dos tribunais, a polícia de investigação criminal não funcionar como deviam funcionar.
Depois de termos suscitado justa dúvida aos documentos apresentados por Sra. Maria das Neves, vem, esta com o jogo de cintura apresentar uma “contra”-prova que aqui não deve ser entendida como contra-prova mas sim uma declaração do BISTP que vale por que vale não mais disso.
Se a justiça funcionasse nunca mas nunca a mesma teria a hipótese de querer ludibriar as nossas singelas comentações. Este “cego” viu e disse. Outros viram tal-qualmente. Os documentos apresentados não tinham e continuam, quanto a nós, a não terem credibilidade do ponto de vista policial.
Este leitor é são-tomense puro, puríssimo, nato, navegante das ribaltas das elites são-tomense. O seu requerimento tem a sua razão de ser, e a declaração do BISTP tem o fim preconizado, tem o propósito claro.
Certamente essa declaração só valerá porque o Ministério Público/ PIC, a magistratura que está a frente do processo é aquele que conhecemos.
Uma dica: se o Ministério Público/ PIC tivesse feito uma apreensão precoce dos supostos cheques; pedido o extracto das contas em causa e documentos a revelia do seu conhecimento, com o máximo sigilo e urgência que se impõe nos casos análogos, hoje, não estaria a cantar de galo.
Não desejo a sua incriminação desde logo porque arrastaria consigo muita gente, quase todos da POLITIQUICE. “Espero” que os criminosos fiquem impunes e outros vão em paz. Sempre foi assim em grandes causas de delito funcional, hoje, nada vai mudar. Aliás o próprio magistrado presidente da causa devia declarar-se impedido de funcionar nesta causa, por razões de ordem moral e ético. A menos que o réu Moniz não queira pôr boca no trombone. Aconselho a não o fazer! QUANTO A ISTO FALAREMOS NO FECHO DA CAUSA COMO PROMETEMOS. Mas nesta altura tudo é possível. São-tomenses sabem como é que funcionam as coisas. Há lama de corrupção por onde muitos, salvo raras excepções, lavam. O “povo pequeno” é que não consegue lavar-se nessa lama razão por que são castigados, detidos, presos e feitos de gato-sapato.
Imagine, o que seria o MP/PIC a funcionar como manda as regras básicas. Esses negócios que envolvem milhares e milhares de contos seriam passados a pente-fino. Sabe V. Exa. o que é passar tudo a pente-fino como hipoteticamente passasse na Europa, pelo menos em Portugal, país que todos conhecemos e ouvimos falar nos órgãos de comunicação social.
Amanhã pode V. Exa. exibir os extractos das contas dos intervenientes no negócio bem como os demais documentos que entender pertinentes. No essencial a Sra. Dra. Maria das Neves concorda com os nossos argumentos uma vez que não os pôs em causa.
Se calhar esse expediente feito junto do BISTP decorre de conselhos de pessoa com conhecimento policial ou judiciário. Só que neste momento o “Chico esperto” pode estar a conduzi-lo com pouca proficiência que nessas coisas é necessária. Não quero pôr em causa o Chico espertinho.
Já agora uma palavra para os jornalistas são-tomense. Sabemos de antemão que não têm condições de trabalho mas para trabalhar e prestar aquele jornalismo que os casos como o em apreço, entendemos que um jornalismo de investigação não ficaria nada mal. Prestariam melhor serviço aos vossos leitores se, independentemente das informações que põem a circular, trouxessem outros elementos que encontram prisioneiros nos distintos departamentos ou serviços.
De qualquer forma louvo o vosso trabalho.
Um bem-haja.
Auateia