O estado são-tomense assinou na última semana com a empresa francesa Terminal Link, terceira maior distribuidora mundial de contentores, o acordo de construção do porto de águas profundas na zona de Fernão Dias, nordeste da ilha de São Tomé. 400 milhões de dólares é o valor da obra, que deverá iniciar dentro de quatro anos. Até 2012 a Terminal Link, vai desenvolver estudos de impacto ambiental e outros acertos técnicos necessários na zona, para depois dar início a construção do porto que deverá ficar pronto em 2016.(foto STP-PRESS)
Foi um momento histórico, celebrado no salão nobre do palácio do povo. Governo, Presidente da República, e outros membros de outros órgãos de soberania, juntaranm-se ao corpo diplomático para testemunharam a assinatura do acordo que dá direitos a empresa francesa Terminal Link, para construir o porto de águas profundas na zona de Fernão Dias.
Terceiro maior distribuidor de contentores do mundo, com um capital social que ultrapassa 11 biliões de dólares, a empresa francesa prometeu tudo fazer para honrar os compromissos assumidos em sessão solene.
Localizado no coração do golfo da guiné, zona rica em petróleo e em fase de exploração, o porto de águas profundas de Fernão Dias, poderá funcionar como uma placa giratória de prestação de serviços, não só para os operadores petrolíferos como para todas as outras actividades económicas, na região do golfo e da África Central, com mais de 200 milhões de habitantes.
O Presidente da República, Fradique de Menezes, que convidou os seus antecessores, Manuel Pinto da Costa e Miguel Trovoada para tomarem parte no acto, manifestou-se emocionado pelo facto do país ter avançado para a execução de um projecto cujo o valor é superior a dívida externa acumulada durante os 33 anos de independência, 300 milhões de dólares, já perduados. «É este porto de contentores que vai colocar de facto São Tomé e Príncipe, no mapa mundial», afirmou o chefe de estado tendo apontado o exemplo do porto taiwanês de Taichung de onde partem bilhares de contentores para o mundo.
O impacto na economia são-tomense será forte. O Ministério das Obras Públicas acredita que o futuro porto de águas profubndas vai dar emprego a mais de mil pessoas, e indirectamente cerca de 3 mil pessoas vão beneficiar com as actividades do porto. «O efeito multiplicador que isto vai ter na nossa economia, não será só a nível do emprego que vai gerar. Mais também a nível de serviços que vão estar a volta disso. Não é um projecto de Fradique de Menezes, pelo facto da assinatura estar a decorrer no palácio do povo. Não é um projecto de Rafael Branco, não é um projecto de Maria das Neves. É um projecto de nós todos os santomenses», acrescentou Fradique de Menezes.
A infra-estrutura que se vai extender por 80 hectares, terra uma parte fixa no solo de Fernão Dias e a outra parte será conquistada ao mar.
O projecto para construção do porto de águas profundas, começou a ser estruturado no ano 2002. 5 anos depois já tem pernas para andar.
Abel Veiga