Economia

Consultor Cabo Verdiano promove ancoragem da moeda nacional, ao Euro

Gualberto dnota-de-50-mil.jpgo Rosário ex- Primeiro-ministro de Cabo Verde, está em São Tomé e Príncipe para realizar 3 conferências que mostram as vantagens da ancoragem da dobra ao euro. O perito cabo-verdiano reúne-se esta quarta-feira com os deputados a Assembleia Nacional para promover o projecto de ancoragem que é apoiado pelo Governo do Primeiro-ministro Rafael Branco.

O consultor cabo-verdiano recomendado pelo governo são-tomense, está a transmitir aos deputados e outros dirigentes do país, a experiência cabo-verdiana na ancoragem da sua moeda nacional ao Euro. Gualberto do Rosário considera que a ancoragem da dobra ao euro é a melhor opção. «Cabo verde decidiu pelo escudo português na altura e depois a partir do momento em que o euro foi criado como moeda. Isto porque as nossas trocas comerciais são essencialmente com a Europa. Na altura 96% do comércio de importação de Cabo Verde era feita com a Europa, e as nossas exportações eram canalizadas a 100% para a Europa. Creio que São Tomé e Príncipe não foge a esta regra. Tem uma articulação histórica com a Europa, a semelhança de Cabo Verde e o essencial das trocas económicas também se faz com a Europa. Creio que o euro neste caso pode ser tecnicamente mais indicado», afirmou o perito que foi também ministro do plano e finanças de Cabo Verde.

O governo de Rafael Branco já tomou a decisãoEsta funcionalidade requer suporte iframe. de ancorar a dobra a moeda europeia, ao contrário dos outros governos que defendiam a realização de estudos antes de se tomar uma decisão. Tudo porque os países vizinhos de São Tomé e Príncipe, nomeadamente o Gabão, Guiné Equatorial, e outros, desenvolviam uma intensa campanha diplomática no sentido do arquipélago enveredar pela integração monetária na zona do franco CFA.

Por exemplo o Presidente da Guiné Equatorial, Obian Guema Basogo, realizou uma conferência em São Tomé em que defendeu a integração do país na zona económica e monetária da sub-região. O Presidente do Gabão também disse que era o melhor caminho para São Tomé e Príncipe.

Por sinal o Primeiro-ministro Rafael Branco, já definiu que o caminho que a frágil dobra são-tomense deve seguir é mesmo a Europa até ancorar no poro do Euro.

Abel Veiga

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