Economia

1200 Agricultores conferem os lucros da produção do cacau biológico

Desde ocacaueiro.jpg ano 2005 que uma cooperativa que representa os produtores de cacau biológico, vende directamente para produtores internacionais de chocolate, sobretudo franceses, o cacau produzido sem o uso de produtos químicos. Cuidados especiais marcam todo o processo desde a colheita até a secagem do cacau, por isso a designação biológico. Este ano a cooperativa garante 300 toneladas de cacau biológico. Os 1200 agricultores envolvidos no projecto, somam lucros. Cada quilo do cacau biológico é vendido a 1 euro.

A cooperativa dos agricultores que produzem o cacau biológico, veio anunciar o sucesso do projecto que começou a ser implementado no ano 2005. A produção mais natural possível do cacau, que excluiu o uso de produtos químicos, confere ao produto final uma enorme qualidade. O cacau de São Tomé e Príncipe, que tem fama de qualidade acabou por ser a aposta de grandes importadores internacionais.

Toda a produção de cacau biológico feita em algumas dezenas de comunidades agrícolas de São Tomé e da ilha do Príncipe, é vendida directamente pela cooperativa dos agricultores ao produtor internacional de chocolate. As comunidades agrícolas têm um certificado internacional de qualidade do produto passado por uma instituição internacional, após a avaliação no terreno para provar a qualidade do produto final.

Um projecto que está a renovar a esperança dos agricultores. Cada quilo do cacau biológico é vendido a 1 euro, cerca de 20 mil dobras. Os agricultores que recentemente vendiam a sua produção de cacau convencional, por cerca de 3 mil dobras o quilo, não conseguem esconder agora a enorme satisfação pelo lucro que começa a chegar a mesa das famílias pobres das roças.

Confiança renovada na vida e na produção de uma riqueza que teimosamente algumas pessoas dizem que já não dá para nada. A cooperativa anunciou para este ano uma produção na ordem de 300 toneladas de cacau biológico. Para o futuro breve a projecção é de aumentar a produção para 600 toneladas, ainda mais quando os industriais da Europa estão a pedir mais cacau biológico de São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

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