Política

Projecto da TAP para voar duas vezes semanais para São Tomé já em Outubro está imperado

A delegtap.jpgação da TAP em São Tomé, que recorreu ao governo para anular a decisão do instituto nacional de aviação civil, que recusou o pedido para abertura de uma segunda ligação semanal da companhia portuguesa, não recebeu resposta favorável do executivo, que por sua vez mandou a batata quente para a Assembleia Nacional. A comissão permanente do parlamento, já começou a analisar o assunto.A nível técnico todas as respostas já foram dadas a TAP, ou seja, a única instituição nacional que tem competência técnica para decidir sobre o pedido da companhia aérea portuguesa, para efectuar um segundo voo semanal para São Tomé a partir de Outubro, negou o pedido.

A companhia de bandeira nacional, a STP-Airways, também manifestou-se contra tal possibilidade, alegadamente por causa de um acordo que define o excesso de passageiros por cada companhia.

A delegação da TAP em São Tomé, decidiu levar o caso para as instâncias políticas. Primeiro foi o governo, que prometeu analisar o caso em conselho de ministros. Nenhuma decisão foi anunciada publicamente.

Para o espanto de todos, a comissão permanente da Assembleia Nacional veio anunciar que o caso do segundo voo da TAP para São Tomé, está agora a ser debatido pelos deputados. O caso está politizado, e o presidente da comissão permanente da Assembleia Nacional, Albertino Bragança, acredita que os políticos vão conseguir resolver, o conflito de interesses entre a companhia aérea nacional e a transportadora aérea portuguesa. «Creio que isto irá acontecer na medida em que por um lado a STP-Airways é uma companhia de grande interesse para nós, por outro lado, São Tomé e Príncipe, não pode deixar de entender que a TAP é uma companhia que nos faz falta. É um parceiro de que estamos já habituados, e por isso a questão não deve ser problemática», afirmou o deputado que preside a comissão permanente.

Com a política a tratar do caso, no mínimo só dentro de 3 meses, é que a TAP poderá receber uma resposta, ou seja, se poderá fazer voos bissemanais para São Tomé, ou se terá que contentar apenas com um voo semanal, numa posição de empate em relação a companhia de bandeira nacional a STP-Airways.

O governo terá mandado a batata quente para o parlamento, talvez porque ninguém pode ser jogador e juiz ao mesmo tempo. O governo gere as acções do estado são-tomense na STP-Airways e dirige o INAC, a instituição técnica que mostrou STOP, a TAP. Se o Governo de Rafael Branco, decidisse a favor do protesto apresentado pela delegada da TAP, Natacha Branco, estaria a por em causa a decisão dos técnicos do INAC, e depois tudo poderia acontecer.

Na Assembleia Nacional, as coisas poderão complicar, sobretudo a nível da pressão psicológica. Segundo o presidente da comissão permanente do parlamento, trabalhadores da STP-Airways, têm-se dirigido a casa parlamentar para emitir as suas preocupações sobre esta situação. O Téla Nón apurou que no meio de uma concorrência desenfreada cada parte em competição poderá fazer cortes drásticos nas suas estruturas. Postos de emprego podem estar em causa.

Uma mistura de negócios, que se cruza também com interesses de uma nação que pela primeira vez tenta activar e dinamizar a sua companhia de bandeira. «É preciso que fique claro que o estado são-tomense deve defender os seus interesses, e deve defender os interesses nacionais, sem por em causa os interesses da outra parte», concluiu, Albertino Bragança, sem explicar como será possível aos deputados encontrar este equilíbrio, quando cada uma das partes pretende ganhar cada vez mais dinheiro que a outra.

Abel Veiga

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