O economista de profissão é o Primeiro Presidente do MDFM/PL. O partido decidiu introduzir uma nova estrutura directiva no congresso extraordinário do último fim-de-semana. Manuel de Deus Lima, conquistou a confiança da maioria dos 1200 delegados ao congresso, derrotando o adversário Óscar Sousa. O novo Presidente manifestou-se insatisfeito com a actual situação em que o MDFM-PL, segundo ele está no governo mas sem poder.
Vencedor das eleições legislativas de 2006, em coligação com o PCD, o partido MDFM-PL envolveu-se numa grande crise, que provocou o divórcio com o seu aliado. Acabou por ser membro do actual governo liderado pelo partido que perdeu as eleições. As principais pastas do executivo pertencem ao partido que perdeu as eleições.
Um fracasso político com repercussões no seio do partido. O congresso extraordinário do último fim-de-semana, serviu para lançar as bases para a revitalização, da força política criada pelo Presidente da República Fradique de Menezes em 2002.
O esforço para revitalização exigiu a criação de uma nova estrutura directiva. A testa o presidente honorário, Fradique de Menezes, segue-se o Presidente Executivo, cargo que os congressistas entregaram a Manuel De Deus Lima. Para o pelouro de Secretário-geral foi eleito o Ministro dos Recursos Naturais, Energia e Meio Ambiente Agostinho Rita. Secretário Geral Adjunto é outra posição directiva, que ficou nas mãos do deputado Frederico Ferreira.
O novo presidente executivo, que foi ministro dos recursos naturais no governo de Tomé Vera Cruz, fez questão de realçar o momento político difícil que o partido vive. «Neste momento o MDFM-PL está no governo, mas não está tão no poder como devia», reclamou Manuel De Deus Lima.
A revitalização das bases, é a principal missão da nova equipa directiva. «Esta nova direcção vai tentar ir lá onde as pessoas se encontram para reestruturar o partido. O partido tem de ser devidamente reestruturado», prometeu.
Manuel de Deus Lima quer construir uma família política liberal que une todos os são-tomenses, «Isso é importante não deve ser um partido hostil as outras forças políticas», concluiu.
Diálogo com todas as outras forças políticas é uma das armadas que o Presidente Executivo, pretende utilizar para dar paz e progresso a São Tomé e Príncipe.
Abel Veiga