Política

Ministra da Defesa Nacional em apuros também por causa de bolsas de estudo

Por caus  elsa-3.jpga de 5 bolsas de estudo que a Ministra da Defesa Nacional, terá negociado de forma particular com um Ministro de um país africano amigo, o partido MDFM-PL que integra o actual governo está a exigir que o Primeiro-ministro Rafael Branco, também seja rigoroso e transparente como foi com o antigo Ministro dos Recursos Naturais Agostinho Rita. Segundo o MDFM-PL, a Ministra Elsa Pinto, inclui a sua filha que não é militar na lista dos soldados beneficiários da bolsa.

O MDFM/PL, que no hemiciclo parlamentar, pediu a cabeça da ministra da defesa nacional, como moeda de troca pela exoneração do seu secretário geral Agostinho Rita, do cargo de Ministro dos Recursos Naturais, Energia e Meio Ambiente, continua a atacar o Governo do MLSTP/PSD liderado por Rafael Branco.

Em comissão política o partido, instou o Primeiro-ministro Rafael Branco, a «usar o rigor e a transparência como apanágio do seu governo para todos os membros; pois não deve haver dois pesos e duas medidas», diz a comissão política.

O partido sustenta a sua posição com base na orientação programática do Primeiro-ministro assente na necessidade de resgatar a confiança do cidadão. Por isso o MDFM-PL, exige esclarecimentos do Primeiro-ministro sobre a concessão pela ministra da defesa nacional Elsa Pinto, de 5 bolsas de estudo a militares são-tomenses «na qual a mesma usara os seus poderes para incluir a sua filha que não é militar», refere a comissão política.

Em resposta a acusação a ministra da Defesa Nacional, Elsa Pinto, não desmentiu as informações segundo as quais a sua filha é uma das beneficiárias da bolsa de estudo concedida as forças armadas. «Não existe nenhuma oferta de bolsa ao país, ao estado são-tomense ou ao governo. Daí que o Governo não tem conhecimento de nada, nem tão pouco foi posto a consideração de sua excelência o senhor Primeiro Ministro e Chefe do Governo ou ainda ao conhecimento do conselho de ministros tais ofertas», afirmou a Ministra para depois anunciar que afinal de contas, ela mesma fez contactos fora do âmbito governamental, para conseguir tais bolsas. «Usando as minhas relações pessoais solicitei a uma pessoa amiga a possibilidade de me facultarem algumas bolsas, assunto que se encontra no plano de intenções e que não conheceu nenhum desenvolvimento», sublinhou Elsa Pinto.

Pelo que o Téla Nón apurou, o contacto particular da Ministra da Defesa Nacional, em busca da bolsa de estudo, foi o Ministro das Obras Públicas de Angola, Higino Carneiro. Fonte segura do jornal digital, explicou que as 5 bolsas de formação para militares das forças armadas, seriam realizadas na República Popular da China.

No meio da polémica a ministra da Defesa Nacional, que não desmentiu a presença da sua filha na lista da bolsa, justificou-se com o passado. «É importante esclarecer que decorre de uma prática deste ministério a selecção de candidatos militares e civis para frequência de cursos em vários domínios. É assim que têm viajado técnicos de finanças, negócios estrangeiros, saúde e outros domínios e mesmo alunos que concluem o ensino secundário. Basta dizer que partem para a academia militar ainda este ano lectivo 2008 – 2009, dois civis entre 3 vagas oferecidas as forças armadas 2 candidatos são civis», declarou.

Suspeita de clientelismo, paira sobre o Ministério da Defesa Nacional, mas não só. O Téla Nón tem indicações claras de que mais ministérios poderão estar envolvidos no tal contacto particular com o ministro do país vizinho, para concessão de bolsas de estudo e segundo as palavras da ministra da defesa nacional, sem o conhecimento do estado ou do governo.

O Primeiro-ministro que assumiu a missão de resgatar a confiança da população, terá talvez uma missão difícil, uma vez que de acordo a relatos recolhidos pelo Téla Nón na estrutura das forças armadas, sobretudo oficiais, existem muitos que são pais de filhos com idade para formação e não conseguem. Algum mal-estar sobre a possibilidade da filha da ministra beneficiar da bolsa, terá instalado na instituição, dai segundo fonte do Téla Nón, o facto do assunto que estava guardado no seio do aparelho militar tem vindo a praça pública.

Abel Veiga

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