Política

Razões de saúde única e exclusiva causa da demissão de Carlos Fernandes, 15 dias depois de ter sido investido como Ministro dos Recursos Naturais, Energia e Maio Ambiente

15 diascarlo-fernandes.jpg a frente do ministério que gere o dossier energético são-tomense, Carlos Marques Fernandes, diz que o seu estado de saúde agravou ao ponto de não ter condições para continuar a dirigir o sector. Numa declaração a imprensa esta manhã, o ministro demissionário negou qualquer tipo de contradição com o Primeiro-ministro Rafael Branco, por causa da gestão da empresa de electricidade ou outra causa qualquer.

Carlos Marques Fernandes, faz história. É o ministro que menos tempo exerceu o cargo. Não chegou a aquecer a cadeira do seu gabinete. Bastaram 15 dias para um problema de saúde não especificado na declaração pública ter incomodado tanto o ministro ao ponto de abandonar o cargo. «Em 31 de Otubro apresentei ao senhor Primeiro Ministro Rafael Branco uma carta pondo a disposição dele o cargo para que eu havia sido nomeado pelo decreto presidencial. Os motivos que me levaram a apresentar esta carta consistem pura e simplesmente em motivos de saúde. Repito motivos de saúde é a única razão que me levou a apresentar esta carta», declarou o ministro cessante.

Um problema de saúde que não foi anunciado no dia 17 de Outubro último quando o Presidente da República deu posse ao ministro, mas que segundo Carlos Fernandes, conheceu agravamento após o exercício durante 15 dias das funções de ministro. «Embora viesse já um pouco adoentado, notei que a minha situação de saúde vem-se agravando dia a dia e com esta actividade stressante ela continuou a agravar-se. Como sabem a saúde deve ser preservada e é neste contexto que eu resolvi por o cargo a disposição no sentido de me concentrar nos tratamentos a fazer», reforçou.

Com as razões explicadas o ministro demissionário aproveitou para desmentir informações e rumores que indicam outras causas para a demissão histórica. «Após a apresentação da carta vozes se levantaram dizendo que tem a ver com contradições com o senhor Primeiro Ministro. Isto nunca aconteceu. Eu nunca tive qualquer tipo de problema com o senhor Primeiro Ministro. Desde a primeira hora o senhor primeiro-ministro sempre me deu todo apoio», explicou.

Quanto a problemática do jogo de interesses na EMAE, o ministro considera que a questão de constituição do conselho de administração da empresa pública de electricidade, não está em causa, uma vez que não se chegou se quer a fase de constituição da mesma.

Abel Veiga

 

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