Política

Cerca de 200 militares são-tomenses estão a ser formados por sargentos e oficiais do exército francês em três importantes domínios

Liderança, otropa.jpgperações de manutenção da paz, e métodos de instrução. São as três áreas de formação que estão a ser ministradas no quartel-general das forças armadas são-tomenses, por 16 sargentos e oficiais das forças armadas francesas. Como o Major Alexandre Segundo disse ao Téla Nón, em muitas situações a paz tem que ser mantida, ou imposta, pela força das armas. Daí a importância dos exercícios de combate que estão a ser ministrados. A parceria militar com a França também tem impacto social. Os militares franceses, vão reabilitar duas escolas primárias nos arredores do quartel-general das forças armadas.

A acção de formação que vai demorar 15 dias, enquadra-se no reforço da cooperação militar entre São Tomé e Príncipe e a França, afirmou o Major Alexandre Segundo. Ao pedido das forças armadas são-tomenses, a unidade francesa destacada no Gabão veio ao arquipélago, para elevar a prontidão dos militares são-tomenses, em 3 domínios fundamentais, nomeadamente, liderança, operação de apoio a paz, e método de instrução.

O Major das forças armadas são-tomenses sublinha a importância dos três domínios de formação. «Qualquer comandante de unidade militar, tem que ter capacidade de liderança, é uma formação importante. Também hoje no âmbito sub-regional e continental a questão da manutenção da paz é primordial, e estamos a preparar as nossas praças para darmos contributo em qualquer situação de manutenção da paz», declarou Alexandre Segundo.

O comandante do contingente francês, o capitão Liehrcapitao-frances.jpg(na foto), destacou o trabalho que está a ser realizado com as tropas são-tomenses no terreno. Exercícios importantes para elevar o nível combativo das FASTP. «No terreno estamos a formar a infantaria. É um exercício que tem a ver com situações de combate, em cenários de manutenção da paz. Em situações extremas é verdade que os militares em missão têm que combater», esclareceu o capitão francês.

O major do exército são-tomense, também disse ao Téla Nón que não é possível, preparar as tropas para missões de manutenção da paz, sem treinos de combate. Cuidados primários de saúde são outra faceta importante do curso. Os militares franceses estão a transmitir aos seus colegas são-tomenses, novas técnicas que permitem melhor atendimento aos militares  e civis feridos em situações de catástrofe natural ou de guerra real.

A par dos exercícios militares, o contingente francês, vai reabilitar duas escolas primárias nos arredores da capital do país. Uma na localidade de Ferreira Governo e outra no bairro do aeroporto.

O futuro da cooperação militar entre os dois países, está assegurado. O Major Alexandre Segundo confirma. «Para futuro já propusemos a França a realização de mais formações, bem como seminários. A nossa proposta teve toda receptividade da parte francesa», frisou.

O Chefe do Contingente francês, reforça o conceito de parceria entre as duas instituições militares, tendo anunciado que «nos próximos meses as acções de cooperação, vão passar pela recepção em Libreville de pelotões de militares são-tomenses, para realizar treinos diversos, e também para exercícios a nível de comando, no centro de instrutropa-em-treino.jpgção de comandos que temos em Libreville», pontuou.

Recorde-se que a nível da comunidade económica dos estados da África Central, está a ser preparada uma força multinacional para missões de paz. São Tomé e Príncipe faz parte deste grupo de países, cuja preparação e treino militar é patrocinad  a pela França. Militares são-tomenses têm participado em várias manobras conjuntas com os exércitos dos países da sub-região africana com vista a criação da força de intervenção da África Central.

É a segunda vez que militares franceses treinam e trocam experiências com forças armadas são-tomenses no território nacional. A primeira vez foi de maior envergadura. Em 2007 pára-quedistas franceses e o exército são-tomense, realizaram manobras conjuntas no interior da ilha, incluindo provas de fogo real.

Abel Veiga

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