O Tribunal Constitucional do Gabão, decidiu atender as reivindicações da oposição para a recontagem dos votos das eleições presidenciais de 30 de Agosto último que deram vitória a Ali Bongo, filho do defunto Presidente Omar Bongo. No entanto o processo de recontagem dos votos não está a ser pacífico. A oposição reclama direito de indicar um representante no acto, e o Tribunal Constitucional não concorda.
A tensão ainda marca a vida no vizinho Gabão, após os tumultos que começaram no dia 4 de Setembro último após a divulgação dos resultados das eleições presidenciais de 30 de Agosto, que deram vitória a Ali Bongo.
A oposição pediu a recontagem dos votos, e o Tribunal Constitucional do Gabão aceitou. O processo inicialmente marcado para 29 de Setembro só começou ontem 30 de Setembro, apesar do boicote da oposição que não concorda com a posição do Tribunal Constitucional, que não aceitou a presença de representantes da oposição e de Ali Bongo no processo de recontagem dos votos.
Segundo a AFP, a Presidente do Tribunal Constitucional do Gabão, Marie Madeleine Mborantsuo, justificou que «O tribunal não é um órgão político, onde os actores políticos podem confrontar as suas posições», precisou.
A discórdia no Gabão, mantém-se numa altura em que o senado do país entrou em greve. Desde o dia 27 de Setembro que os senadores não aceitam retomar as suas actividades após as férias. Tudo por causa do não pagamento dos seus emolumentos pelo ministério das finanças e do tesouro.
Segundo o despacho da AFP, o ministério das finanças do Gabão explicou que o não pagamento dos emolumentos tem a ver com as restrições orçamentais impostas pelo Governo para o ano em curso.
Abel Veiga