Política

Notícias da Sub-Região da África Central – Justiça Espanhola investiga Presidente Teodoro Obiang Nguema

Introdução- TN / Há um ditado popular no crioulo fôrro, que diz que «Vizinhos são Irmãos». Por isso o Téla Nón decidiu abrir espaço informativo periódico para divulgar os acontecimentos que ocorrem na nossa vizinhança e que infelizmente não chegam ao conhecimento da maioria dos são-tomenses. No país que se quer seja de prestação de serviços, claro está virado para a sub-região do golfo da Guiné-África Central, não parece correcto que  o mesmo país fique alheio ao que se passa a sua volta. O Téla Nón promete contribuir para a maximização da informação sub-regional no arquipélago. Porque “Vidjan Guê Sá Lumon Dê”, “Vizinhos são Irmãos”, e consequentemente a desgraça ou a sorte que bate a porta do vizinho, mais tarde ou mais cedo baterá a nossa também.

teodoro-obiang-nguema.jpgLEAD – A justiça espanhola está a investigar um negócio de branqueamento de capitais, na ordem de  26,4 milhões de dólares envolvendo alegadamente o Presidente da vizinha Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema.  Segundo o diário espanhol El Mundo, a operação de branqueamento de capitais, foi executada por um casal russo emigrante em Espanha, mas que no passado vivia na Guiné Equatorial.

O casal russo, Vladimir e Julia Kokorev, imigrante em Espanha está sob a alçada da justiça do reino espanhol. Residente em Espanha desde 1997, segundo a imprensa espanhola o casal conhece pessoalmente o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema. Aliás Vladimir e Julia Kokorev, viveram na Guiné Equatorial antes de emigrarem para a Espanha.

Sob os dois recai a suspeita de branqueamento de 26,4 milhões de dólares, transferidos para a conta do Presidente Equato-Guiniense, Teodoro Obiang Nguema. Segundo a imprensa espanhola, o casal funcionou como testa de ferro, nas operações da família Obiang para compra de bens imobiliários em Espanha.

A equipa anti-corrupção da justiça espanhola, está a investigar o casal russo, para esclarecer o negócio de compra de bens imobiliários em Espanha, que terá sido realizado entre os anos 2000 e 2003. O montante foi transferido do banco americano Riggs, para uma conta do banco espanhol Santander.

O caso ficou complicado quando a justiça espanhola, descobriu que a conta do banco americano de onde saiu o dinheiro, pertence a companhia petrolífera da Guiné Equatorial. O casal russo depositou o dinheiro transferido na conta do banco Santander, em nome de uma sociedade designada Kalunga com registo no Panamá.

Guiné Equatorial, é o terceiro maior produtor de petróleo do continente africano. O caso está a gerar polémica. Num despacho da Agência France Press, é dito que a Associação Espanhola para os direitos humanos também já entrou em acção tendo apelado as instituições judiciais espanholas, no sentido de levantar o véu sobre a origem dos bens do Presidente da Guiné Equatorial na Espanha, bem como dos membros da sua família e do seu governo.

O Presidente Teodoro Obiang  Nguema, chefe de estado de uma dos vizinhos de São Tomé e Príncipe, já visitou o arquipélago várias vezes. Há 29 anos que dirige os destinos da Guiné Equatorial.

Note-se que Obiang Nguema Basogo, também está a ser investigado em França num processo de corrupção financeira. Segundo a AFP, a justiça francesa deverá se pronunciar sobre o caso no próximo dia 29.

Abel Veiga

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