Política

INTERPOL vai criar unidade de investigação de delitos ligados a corrupção na África Central

interpol.jpgO Chefe da Organização Internacional da Polícia Criminal, Ronald Noble, reuniu-se na última semana com o Presidente camaronês Paul Biya. Segundo a imprensa camaronesa, o Chefe de Estado Paul Biya, disse que vai propor na próxima reunião da comunidade económica e monetária da África Central, a introdução do passaporte INTERPOL. Documento que vai permitir aos agentes da INTERPOL intervirem livremente em qualquer país da sub-região, para investigar crimes de corrupção, deter os prevaricadores em parceria com as polícias locais, e ajudar no repatriamento do dinheiro roubado e que normalmente é guardado em bancos estrangeiros.

No passado dia 5 de Novembro foi inaugura nos Camarões o escritório regional da Organização Internacional da Polícia Criminal (OIPC) para África Central. Segundo a imprensa camaronesa o secretário-geral da OIPC, Ronald Noble, se reuniu na última semana com o Presidente Paul Biya.

Em declarações a imprensa local o Chefe da Organização Internacional da Polícia Criminal, anunciou para breve a criação de uma unidade de investigação de delitos ligados a corrupção. Um departamento ligado a INTERPOL e que funcionará mesmo na nova sede regional inaugurada em Yaoundé.

Na ocasião o Presidente camaronês, Paul Biya propôs a INTERPOL que a polícia internacional trabalhasse no sentido de o dinheiro roubado e guardado no estrangeiro seja reconduzido para o país de origem.

Ainda segundo a imprensa camaronesa, o Presidente Paul Biya disse ao Chefe da Organização Internacional da Polícia Criminal, que na próxima reunião da CEMAC (comunidade económica e monetária da África Central), vai propor aos seus homólogos o reconhecimento do passaporte INTERPOL. Um processo que vai permitir aos agentes da INTERPOL intervirem nos países da África Central, sem necessidade de utilizar o passaporte ou então pedir visto de entrada.

Combate a criminalidade transfronteiriça, é o grande objectivo do reforço das capacidades da OIPC, na sub-região da África Central.

São Tomé e Príncipe, é membro da Comunidade da África Central, braço político da organização, e observador nas reuniões da Comunidade Económica e Monetária. Numa altura em que aumenta o número de casos de alegada corrupção financeira no país, e a polícia nacional de investigação criminal (PIC), depara com muitas dificuldades em termos de investigação, uma intervenção do departamento da INTERPOL para a sub-região poderia segundo analistas dar uma grande ajuda ao país.

Abel Veiga

To Top