As toneladas de produtos importados pela STP-Trading, e que já provocaram escândalos, estando o caso entregue a justiça, continuam na agenda política são-tomense. Desta vez é o Primeiro-ministro Rafael Branco(na foto) que é acusado de distribuir para a população tais produtos alegadamente impróprios para o consumo humano. A denúncia do crime de atentado contra a saúde pública, foi feita pelo MDFM-PL do Presidente Fradique de Menezes.
O MDFM-PL, acusou o Primeiro Ministro Rafael Branco e as câmaras distritais de serem responsáveis pelo crime de atentado contra a saúde pública que alegadamente está a ser cometido contra a população.
Tudo por causa dos produtos importados pela STP-Trading, do mercado brasileiro, e que gerou grande polémica no país. A importação no valor de 5 milhões de dólares, foi rejeitada pela população porque a maior parte da mercadoria foi considerada imprópria para consumo humano, pelos organismos competentes dos ministérios da agricultura e do comércio.
Com prazo de validade expirado ou em vias de expirar, os produtos da STP-Trading, estarão segundo o partido MDFM-PL, a serem utilizados pelo Primeiro-ministro Rafael Branco e as câmaras distritais em acções que põem em causa a saúde pública. «Temos que ter a coragem de dizer as coisas na cara. É verdade que o senhor Primeiro Ministro, estava a distribuir esses produtos nas praias, Cruz, Gamboa, e Luxinga. O primeiro-ministro distribuiu sim senhor», garantiu o secretário-geral do MDFM-PL, Raul Cravid.
O MDFM-PL, recorda que a importação escandalosa da STP-Trading, envolveu 5 milhões de dólares cedidos pelo Brasil em forma de linha de crédito. «Nós dizemos quem é que vai pagar? É um crédito. Porque de outra forma ou outra, é mais uma dívida que todos nós vamos carregar. Julgo que não é por esta via que o país vai conhecer crescimento e melhorias», reforçou.
O MDFM-PL, diz que o Primeiro Ministro está a cometer crime de atentado contra a saúde pública. «É um atentado a saúde pública distribuir ao povo produtos fora de validade ou no limite do prazo de validade. É um atentado a saúde das pessoas. Veja que recentemente a polícia de investigação criminal retirava das lojas todos os produtos que estavam no limite do prazo de validade e porquê que o próprio governo e as câmaras estão a distribuir esses produtos?», interrogou.
Note-se que na última semana a Direcção do Comércio, alertou a população para o perigo do consumo de umas bolachas importadas pela STP-Trading. Bolachas cujo prazo de validade está expirado. Na altura a direcção do comércio prometeu agir no sentido de responsabilizar criminalmente as pessoas que criminosamente colocaram no mercado as bolachas expiradas, que a STP-trading importou do Brasil.
Abel Veiga