José Carlos Barroso, Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, manifestou tal desconhecimento, esta manhã quando recebia do Programa das Nações Unidas (PNUD), os equipamentos informáticos importados exactamente para fazer o novo registo dos eleitores.
Os equipamentos informáticos que desde finais de 2009 eram aguardados em São Tomé e Príncipe para criação da nova base de dados eleitorais, foram entregues esta manhã a Comissão Eleitoral Nacional. O representante residente do PNUD que fez a entrega dos materiais, disse que a instituição vai colaborar com a CEN, na formação dos agentes que vão utilizar os equipamentos informáticos.
No total de 30 quits de equipamentos informáticos, destacam-se 1 computador, uma impressora e uma máquina fotográfica digital. «São equipamentos um pouco sofisticados, que exigem bom domínio por parte dos utilizadores, de forma a assegurar que os trabalhos sejam bem-feitos», afirmou o Representante do PNUD.
Formação dos agentes eleitorais é para já a principal prioridade. Por isso o Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, disse que não sabe quando é que vão começar os trabalhos de recenseamentos dos eleitores. «Hoje não posso dizer quando é que começará, porque não quero falhar na programação. Vamos formar os agentes que vão utilizar os equipamentos e depois programar», enfatizou José Carlos Barreiros, para depois explicar que nesta primeira fase a CEN vai formar os formadores que depois irão formar os agentes eleitorais dos distritos.
Mas antes mesmo da formação dos agentes eleitorais, a Comissão Eleitoral Nacional, quer saber se o software dos equipamentos informáticos que foram comprados, se adapta a realidade são-tomense. «Uma das questões que vamos ter que ver com o técnico da empresa que forneceu os equipamentos para sabermos qual é o software que vem no equipamento e se esse software adapta a nossa realidade», reforçou.
Porque ainda nesta semana o Presidente da República disse que iria pedir esclarecimentos a comissão eleitoral nacional, para dentro de 1 ou 2 semanas marcar a data das eleições, o Presidente da CEN, avisou que só depois de concluir todo trabalho de formação de formadores, depois formação dos agentes, e também depois de ter garantias de que o software dos equipamentos adapta a realidade são-tomense, é que «iremos informar ao senhor Presidente da República que está tudo preparado, para o senhor Presidente da República marcar as eleições», concluiu, José Carlos Barreiros.
Nunca na história de São Tomé e Príncipe pós regime democrático, viveu-se tanta indecisão na marcação da data das eleições legislativas.
Abel Veiga