Política

Príncipe autónomo vai explorar ao máximo as oportunidades que se abrem na sub-região do golfo da Guiné e no mundo

to-ze-cassandra.jpgA constatação é do Presidente do Governo Regional do Príncipe, José Cassandra, que em declaração ao Téla Nón, realçou alguns ganhos que a ilha vai ter com a conquista da autonomia. As autoridades locais, terão possibilidades de negociar e atrair investimentos para a ilha. Localizado no coração do golfo da Guiné, Príncipe não quer perder as oportunidades de negócios em crescimento na região.

O estatuto político e administrativo da ilha do Príncipe, já foi aprovado pela Assembleia Nacional, falta apenas a promulgação pelo Presidente da República e a consequentemente publicação. Um instrumento jurídico-legal, que para a ilha do Príncipe representa vitória numa guerra política que teve várias batalhas. «Este é um combate que vem desde 1974, na altura liderado pelo nosso conterrâneo Aguinelo Salvaterra, com outros membros como Silvestre Umbelina, Marcelo d´Andrade, Pedro Umbelina, Rodrigo Cassandra, Lopes d´Andrade, estiveram na charneira da então declaração de Princípio para se saber na altura qual era o destino a dar a ilha do Príncipe», explicou José Cassandra, tendo acrescentado que o interesse do povo da ilha em ser autónomo, gerou sequencialmente outras manifestações políticas que foram reflectidas pelos deputados do Príncipe e não só.

José Cassandra, deu exemplos de alguns ganhos que Príncipe vai ter como resultado da autonomia. «Basta dizer que a partir de agora as eleições para a região deverão passar a ser de 4 em 4 anos como propusemos no estatuto. Passaremos a fazer como está no estatuto, empréstimos para o desenvolvimento da região, desde que devidamente justificados», sublinhou.

As autoridades da ilha terão portas abertas para criar novas parcerias para o desenvolvimento. «O Príncipe poderá implementar dinâmicas no sentido de olhar para outras parcerias. Quer ao nível da região do golfo, quer a outros níveis internacionais. É uma grande mais-valia que a aprovação do estatuto traz», frisou.

José Cassandra, sente que Príncipe carrega doravante grande peso sobre os ombros. Peso de responsabilidade. «Por isso pensamos que é o momento de toda a população do Príncipe, os quadros do Príncipe, que estão na diáspora e os que estão em São Tomé, passarem a olhar mais para esta região. Porque a partir de agora as responsabilidades serão maiores», destacou o Presidente do Governo Regional.

Mas, se a aprovação pela Assembleia Nacional, do estatuto político e administrativo do Príncipe foi possível, José Cassandra em nome do povo do Príncipe, dá todo mérito ao Presidente do Parlamento Francisco Silva. «Quero agradecer o empenho e a dedicação que o Presidente da Assembleia Nacional teve para que essa lei fosse aprovada. Estendemos os nossos agradecimentos a Assembleia Nacional, mas o mentor desta aprovação foi o Presidente da Assembleia Nacional por isso o agradecimento da população do Príncipe», declarou.

Príncipe é considerado como uma das regiões mais pobres do país. A autonomia é uma das armas que os habitantes e o poder local, pretendem utilizar para combater a pobreza e começar a caminhar no sentido do crescimento económico.

Abel Veiga

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