Política

Elsa Pinto garante que vai cumprir com rigor e isenção as funções de Procuradora Geral da República

Numa comunicação feita na quarta – feira, Elsa Pinto, desvalorizou a proposta da Ordem dos Advogados para que se demita das Funções de Procuradora Geral da República. Garante que vai cumprir o seu mandato, e explicou o caso da queixa crime de que é alvo.

A Procuradora Geral da República, ignorou os argumentos da Ordem dos Advogados, segundo os quais há sua investidura no cargo é incompatível com as funções de Procuradora Geral República. «Cabe ao Governo ajuizar e se pronunciar sobre o perfil da incompatibilidades  Segundo a Procuradora Geral, por si seleccionada. A escolha que recaiu sobre mim foi fruto de profunda análise e baseada em critérios de natureza objectiva e técnica. Os proponentes da minha candidatura saberão naturalmente fundamentar a sua posição», declarou Elsa Pinto.

A Procuradora Geral da República, não alimenta discussões com a Ordem dos Advogados sobre a compatibilidade ou incompatibilidade das suas funções, e acrescentam que « aos que temem apenas deixo a máxima popular – quem não deve não teme».

Sem temor, anunciou que suspendeu o seu mandato como deputada a Assembleia Nacional, e « cessei todas as minhas actividades político-partidárias». Sublinhou.

Elsa Pinto, concentrou a sua atenção no caso do alegado cheque foi emitido por si para pagamento de uma alegada dívida de 15 mil euros, a uma empresa de aluguer de viaturas, durante a campanha para as eleições presidenciais de 2011 em que foi candidata.

O proprietário da empresa de aluguer de viaturas, terá avançado com uma queixa crime há cerca de 1 ano. «Tomei conhecimento oficioso deste processo movido contra mim há mais ou menos 1 ano, quando o senhor doutor Roberto Raposo, procurador geral da república cessante, me informou verbalmente de que existe uma queixa interposta contra mim, sem desvendar os meandros e detalhes da mesma. Apenas me informou que se tratava de uma dívida a favor da empresa Prestígio e propôs-me uma solução pouco abonatória a si, enquanto Procurador Geral, o que aqui abstenho de citar», afirmou para depois acrescentar que não reconheceu a dívida nos moldes em que foi apresentada pelo ex-Procurador Geral da República, isso porque segundo Elsa Pinto, «o queixoso tinha participado no dia 17 de Julho de 2011 num assalto orquestrado contra o meu director de campanha, fazendo-se pagar ilicitamente do valor reclamado, situação que me levou a interpor igualmente uma queixa crime contra o mesmo, cujos autos estão tramitando nesta procuradoria», pontuou.

Segundo Elsa Pinto, diante dos factos o ex-Procurador Geral Roberto Raposo, « tranquilizou-me e disse-me que a matéria não era crime, porque o referido cheque foi apresentado cinco meses depois da data prevista à cobrança e que havia uma despenalização que na linguagem corrente significa uma matéria de natureza cível. Depois disto nunca mais fui contactada para o que quer que seja», frisou.

A queixa crime da empresa Prestígio data de 10 de Novembro de 2011. O sócio gerente da empresa foi ouvido pela pelo ministério público no dia 4 de Abril de 2012. No dia 4 de Maio de 2012 o processo subiu para o ex- Procurador Geral da República, que não deu qualquer diligência no sentido de resolução do caso. «Não fui citada, ou notificada, não fui ouvida nem como declarante, nem como arguida nos autos», refere à Procuradora Geral da República.

Por isso mesmo, nunca foi constituída arguida no caso. Elsa Pinto diz que só no passado dia 6 de Fevereiro, « tomei conhecimento desta vergonhosa cabala através de um telefonema feito pelo jornalista da Voz de América» concluiu.

Abel Veiga

37 Comments

37 Comments

  1. Dlima

    14 de Fevereiro de 2013 at 12:52

    A nomeação da Srª Elsa Pinto para PGR foi um tiro no pés do PR e do PM. Uma vez que esta Srª não teve sensatez de se dimitir do cargo, por amor ao poder, depois do máu estar causado na sociedade santomense, esperemos agora que o PR e o PM tenham um pouco de dignidade e assumam os seus erros e currijam esta trapalhada em que se meteram.

    STP merece coisa melhor…

  2. Jose Rufino

    14 de Fevereiro de 2013 at 12:57

    Os garunos sao mesmo assim,fazem orelha moco,para tudo que dizem ao seu respeito,..a Senhora nao tem culpa,pais nao serio por isto tudo da no que da…a falta de honestidade perdora neste pais se calhar ate a eternidade..enfim…que rigor vai ter alguem que tem rabo na estrada?…so mesmo em Sao Tome e Principe,para poder-mos assistir sempre as mesmas coisas e pelas mesma razao…enfim…dai a pouco tudo acaba e esta senhora vai fazendo o seu mandato numa boa sem si chatear..bando de corruptos ladroes,mas enfim ja estamos habituados a estes tipos de dirigentes politico,mais uma das pecas carnavalesco.Deus abencoe S tome ePrincipe.

  3. Jose Rufino

    14 de Fevereiro de 2013 at 12:59

    (Gatunos).queria eu dizer..

  4. DC

    14 de Fevereiro de 2013 at 13:13

    Objectivamente, a pessoa em causa não deveria ter sido nomeada para aquele cargo.
    No entanto, tendo sido nomeada e se, de facto, anunciou a suspensão (e não a renúncia) do mandato de deputada, verifica-se uma contradição entre este facto e a posição adoptada:
    1º o cargo de PGR e o mandato de deputado assentam em lógicas totalmente distintas;
    2º se a nomeada pretende cumprir integralmente o mandato na PGR, porque não renunciar ao mandato de deputada, sobretudo quando, em situações de normalidade, o mandato (ora iniciado) da PGR deverá terminar após o termo da legislatura em curso?
    3º Ao não optar pela renúncia ao mandato de deputada, preferindo antes a suspensão, a pessoa em causa está a contribuir para o reforço das críticas que legitimamente têm sido feitas, desde logo por deixar subentender que tenciona salvaguardar a hipótese de regressar ao parlamento ainda na presente legislatura!

  5. Madalena

    14 de Fevereiro de 2013 at 13:13

    Demita-se e deixa de dar trabalho a gente, pra ler e ouvir as suas retoricas.
    Depois da visita à RPA do PR-STP, certamente que vai ponderar a sua saida.

    • joao

      14 de Fevereiro de 2013 at 15:47

      Ela nao vai, o puder e mto bom, nao viu como o pinto da costa correu atras!Esta no sangue dos Pintos…isso agora doa a quem duer stp pertence a familia Pinto.

  6. Dlima

    14 de Fevereiro de 2013 at 13:18

    O Dono do deste jornal (O Pinto/MLSTP) já começa a fazer das suas…

    Espero, assim como vinha sendo feito na governação do ADI/Patrice, que este jornal adopte igualmente uma postura crítica para com as atitudes pouco dígna do Pinto/mlspt.
    Já agora convido o Srs “sábios” Fernando Maquengo e o seu chefe, que se querem fazer conhecer, que venham a praça pública e deêm uma palavra sobre esta situação.

  7. E. Santos

    14 de Fevereiro de 2013 at 13:59

    Hehehehehehe, voces esperavam outra coisa desta Sra. Verga mas não parte. É preciso ter muita lata.
    Se eu fizesse parte da classe dos juízes do Ministério Público eu entrava em Greve. Se ela quizer, vai dirigir fantasmas. Não querem monopolizar o país, então fiquem com o país para eles.
    Confesso que não me submeteria a ser dirigido por alguém com menos caracter do que eu. Alguém em quem a classe não se pudesse espelhar.
    Vamos esperar pela reação da Ordem e dos juízes. Dinheiro não é tudo na vida. A nossa dignidade está acima. Se baixarem agora, podem nunca mais conseguir levantar meus caros. Entrem em greve até que a Sra sinta vergonha e se demita. Se não resultar o país faz menifestação pública, mas não se pode baixar os braços a esta atrocidade. Estamos em 2013. Convenhamos.

  8. seja inteligente

    14 de Fevereiro de 2013 at 14:34

    Alguem tem que parar essa senhora,este país não tem dono. Assim como está não dá para continuar, ja que ela não se demite, alguem tem que demiti-la ao passo de nós santomenses sermos apelidados de povo sem honra e que não sabe o que quer.

  9. Barão de Água Ize

    14 de Fevereiro de 2013 at 14:55

    Senhora Elsa, demita-se! Deixe a justiça correr e se for inocente, então reapareça e faça politica. Até poderá vir a ser nomeada novamente para PGR, mas agora saia de cena por respeito ao povo Sãotomense.

    • joao

      14 de Fevereiro de 2013 at 16:02

      Meu caro amigo, aquela mulher e muito lagalaga, flontado, repara bem na buca dela, ate ja esta a preparar pra comer…

  10. Maria Assuncao

    14 de Fevereiro de 2013 at 14:56

    A Dra Elsa, “desta vez vou escrever bem o seu nome viu!” nao est’a a ser nada sensata, e mostra que ‘e uma pessoa razoável e de bem, pois esta sua atitude nao lhe fica bem,est’a a ser intelectualmente deselegante, ‘e so o k lhe digo.
    Com cumprimentos.

    • Maria Assuncao

      14 de Fevereiro de 2013 at 14:59

      Desculpem leitores, le-se depois da palavra sensata sem o “e”,quis dizer p que a Sra. seja 1 pessoa razoável e de bem como quer demonstrar ser.

  11. original

    14 de Fevereiro de 2013 at 15:13

    Já viram que este País é mesmo assim?Quando o patrice estava no poder,houve tantas críticas relacionadas com diversas situações e não mudou nada,nada até que deu o que deu.Hoje,estamos perante uma situação onde 95% dos comentários não concordam com a nova Procuradora e que também não vai dar em nada.Portanto aconselho-vos a dar tempo ao tempo e esperar para ver.

  12. JOSE CARLOS

    14 de Fevereiro de 2013 at 15:17

    A desculpa é sempre a mesma; cabala politica

  13. keblancana

    14 de Fevereiro de 2013 at 15:35

    STP é assim:
    1.Quem sugeriu a nomeação “tem rabo preso”.
    2. quem nomeou…”tem rabo preso”
    3. quem aceitou e foi nomeado….”tem rabo preso”

    A Nomeação da Elsa é menos mal neste sistema. Querem nomear quem??????….

    O Fortunato Pires nem sequer tem formação Superior em coisa alguma e é Procurador da república para não sei o quê… Vocês nunca comentaram.

    Continuemos a representar a nossa Republica faz de conta. Menos um cheque, mais um cheque, já se passaram tantos cheques e não viu consequência nenhuma. Discutam politica, discutam País… soluções politicas para que haja melhor redistribuição de rendimento para todos santomenses e não politiquices.

  14. Preto

    14 de Fevereiro de 2013 at 15:42

    Ainda tas aí? Ja pagaste a dívida?

  15. The Politics

    14 de Fevereiro de 2013 at 15:57

    NÃO GARANTA NADA Y TENHA CARACTER E HONESTIDADE Y DEMITA-SE DO CARGO. A SUA NOMEAÇÃO VIOLA A LEI PORTANDO DEVERIA POR O CARGO A DESPOSIÇÃO.

  16. demitir

    14 de Fevereiro de 2013 at 16:00

    Oh Dlima, que credibilidade tem o PR e PM!
    É verdade que a Elsa deve demitir-se do cargo, mas infelizmente ela foi nomeada, quem tem corrigir o erro é o Sr. PM e PR.
    Quando o PM vem dizer que é responsável, ele aqui esta a gozar com os santomenses até porque ele é que criou o dito “caso Elsa Pinto” .
    Ele mas do que ninguém sabia que Elsa tem casos por resolver. Penso que o pais esta de tal forma que próprio PM esta perdido. O PM é de facto alguém com alguma capacidade de orientação mas esta a pecar juntamente com os camaradas de meia tigela. Erros cometesse mas podemos corrigi-lo. Como ? Neste caso o PM e PR deve a convidar a Elsa a demitir-se. Até digo mas, como é uma Sra podem brindar-se com um espumantezinho.
    Deixa de espectáculos políticos e tomem uma decisão sensata.

  17. Matias

    14 de Fevereiro de 2013 at 16:40

    Alcino é que falou comigo pra propor o nome da dama.
    Apenas fiz meu trabalho.

  18. savimbi

    14 de Fevereiro de 2013 at 17:18

    DEPOIS DE TUDO O QUE O QUE OUVI DEM DIRECTO HOJE NA TVS:

    POR FAVOR:
    Dr Manuel Pinto da Costa
    DR.Alcino Pinto
    Dr Gabriel Costa
    Dra Elsa Pinto……..
    Senhores Deputados: Desculpem O MOMENTO É PARA AGIR.

    Força e Coragem, Elsa Pinto.

    Agora entendo todo esses panfletos de ADI,Raposo,Levy,RDPAfrica à volta desta nomeação.
    ESTÁ MAIS DO QUE CLARO.

    Força Elsa Pinto.

  19. Sacode puera

    14 de Fevereiro de 2013 at 17:39

    Senhora P G R vamos para frente e tomar conta destes bandidos todos o Probolema e o ADI esta com medo da senhora isso tudo e chantagens .chegou o momento para os cambalacheiros irem para justiça prestar as conta primeiro caso T V S e os outros estão pra vir .

  20. Intendido da terra

    14 de Fevereiro de 2013 at 19:47

    Na verdade vamos ter vergonha na cara.. ate quando essas coisa feias..
    homens intelectual agem como inteletual a nao ser que nao Têm uma postura de homens pra estar no mando , meus senhores nao acetemos essas coisas o pais é nosso indepedentemente da inclinaçao partidaria defendemos o que é bom pra nossa naçoa..
    no é aceitavel pinto PR..pinto assemb…
    pinto PGR…

  21. MLSTPENSES

    15 de Fevereiro de 2013 at 8:49

    Senhora ELSA PINTO, faça um favor a nação, e DEMITA-SE.
    Não se agarre ao poder!

    O povo não quer a senhora!

    A onde é que já se viu que o presidente da Republica é que escolhe a procuradora geral da República?

    A onde?

    Só no país das bananas.

    E o sr Gabriel Costa aceitou a imposição do sr Pinto da Costa porque tornou um lambe-botas desse.

    Só para ser o 1º ministro.

    Que pouca vergonha, Gabriel Costa.

    Um homem deve ter princípio e não aceitar tudo que se lhe impõe.

    O senhor também deveria demitir-se juntamente com a Elsa Pinto!

  22. C. Semedo

    15 de Fevereiro de 2013 at 9:02

    Sejamos racionais, a questão que se coloca não é o da Sra fazer ou não o seu trabalho, para além da questão do cheque sem cobertura, a nomeação desta senhora é incompatível com as funções políticas que ela vem exercendo. A Presidente da Ordem dos advogados quando fala, fala em nome do conjuntos dos advogados, isto quer dizer que todos os membros deste orgão que dizem direito com profissionalismo acham que ela não deve ser PGR. Todos aqueles cumplices na nomeação da Senhora, fizeram por má fé, porque também são conhecedores desta incompatibilidade. Dizer que vai cumprir com rigor e imparcialidade é conversa para boi dormir. O pior de tudo isto é a imagem do país que sempre se transmite para o mundo. Existem outros objectivos por de trás deste filme que vamos ver ao longo dos próximos dias.

  23. binóculo seculo XXI

    15 de Fevereiro de 2013 at 9:05

    Quando um país está desorganizado os corruptos encontram terreno fértil para o desmando, saques e outros delitos. A explicação da procuradora é baste elucidativa. O manhoso do Raposo disse-lhe que que a matéria não era crime, porque o referido cheque foi apresentado cinco meses depois da data prevista à cobrança e que havia uma despenalização que na linguagem corrente significa uma matéria de natureza cível. Por outro lado, nunca foi citada, ou notificada, não fui ouvida nem como declarante, nem como arguida nos autos. Por isso mesmo, nunca foi constituída arguida no caso.
    O que se passa é o grande temor que a sua presença encerra. Querem vê-la de costas como o diabo foge da cruz. O trabalho que certamente irá fazer para descortinar todos os malabarismos levados ao cabo pelos larápios do XIVº Governo Constitucional está a tirar o sono dessa cambada de bandidos disfarçados de políticos. Aqueles que desgraçaram o país e o deixaram de tangas, estão com muitas dores de cabeça e têm medo de brevemente serem atingidos pelos braços longos da lei. Muito curioso e hilariante são expressões tantas vezes repetidas pelos cibernautas que até causam espanto: Alguém tem que parar essa senhora; Este país não tem dono; Assim como está não dá para continuar… Pergunto: Parar o quê? Se a música nem sequer ainda começou? Claro que o país até bem pouco tempo, pertencia ao senhor PT e os seus sabugos e que cometeram os maiores desmandos na história da 2ª república. Agora, resta as novas autoridades, sem tibieza, lavar e arrumar a casa. Doa a quem doer. A lei é dura, mas é lei.

  24. ze maria gomes

    15 de Fevereiro de 2013 at 12:03

    Ética e política
    Esta crónica de hoje intitula-se, de novo, Ética e Política – parte II.
    Se na semana passada eu trouxe um assunto português – a escolha do secretário de Estado do Empreendedorismo e Inovação, alguém que teve responsabilidades na gestão da SLN (Sociedade Lusa de Negócios), proprietária do BPN (Banco Português de Negócios) que tanto mal tem causado ao contribuinte português, enquanto quase todos os responsáveis continuam com as suas fortunas, feitas na base da desonestidade, intactas –, hoje trago um assunto polémico são-tomense. E essa legítima polémica gira à volta da nomeação da já investida nova Procuradora Geral da República.
    É que se trata de uma pessoa clara e intensamente conotada com um partido político, com provas dadas quanto à sua, mais do que lealdade, fidelidade partidária (é claro que existe uma imensa diferença entre lealdade e fidelidade, só não a reconhece quem considera de somenos importância a consciência individual). Mesmo quem, como eu que reconhece a sua ignorância em relação aos meandros da Lei máxima da Nação (para além do óbvio que qualquer cidadão minimamente informado deve – tem a obrigação de conhecer –, sabe o que se espera de um Procurador: que seja alguém que, mesmo nomeado pelo Presidente da República sob proposta do Governo, portanto dependendo a sua existência da confiança desses dois órgãos de soberania, saiba manter a equidistância necessária em relação aos vários poderes, inclusive os do Ministério Público, para zelar pela defesa da legalidade democrática. Repito: zelar pela legalidade democrática.
    Ora, todos concordam – desde a classe política e a governativa à sociedade civil, mesmo essa incipiente que em São Tomé e Príncipe não conta para nada! – que a Justiça é um dos calcanhares de Aquiles do sistema democrático do arquipélago: basta olhar para casos judiciais altamente politizados e sem resolução que envergonhariam o maior chauvinista patrioteiro são-tomense se ele não se dignasse a olhar para o país como se fosse a roça do pai que tem de ser celebrada não importa porquê. Num tal cenário, em que ninguém acredita na Justiça e muito menos nos seus agentes (eu não acredito de todo e sei de muita gente que também não!), espera-se ao menos que os políticos e governantes tenham um pouco de respeito, se não pelo povo, por aquilo que lhes sai da boca. E o que lhes sai da boca é: luta contra a corrupção (a que deveriam acrescentar luta contra a impunidade, mas nunca o fazem), transparência, credibilização e fortalecimento das instituições do Estado, imparcialidade, enfim, um sem úmero de disponibilidades que raramente – para não dizer nunca – são actualizadas tanto nas escolhas que são feitas quanto no modus operandi das instituições do Estado. Repito o que disse na crónica da semana passada: “À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”, isto é, que “A mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita”. Um Procurador Geral da República, de um país que quer ser visto como democrático, tem de estar acima de suspeitas de parcialidade partidária, de idoneidade social e ética, pelo menos – já que a idoneidade moral é outra coisa.
    Estou convencida de que um bom político é também aquele que evita polémicas sobretudo se elas têm a ver com o seu comportamento perante aqueles a quem serve – se é que em São Tomé e Príncipe (e não apenas nesse país, note-se), os políticos e os governantes se vêem como servidores públicos, que são. Por isso, há gestos, verbais e performativos, que devem ser evitados. Aceitar uma tal nomeação, ou pactuar com ela, é no mínimo ser autista e estar-se a borrifar para a opinião pública. E isso é mau num país que quer ser democrático. Não importa em que continente esse país se encontre.

    • E. Santos

      15 de Fevereiro de 2013 at 16:06

      Mas tens dúvida. Esles estão mesmo se borrifando para nós, para a opinião pública. E isto é de facto intolerável.
      No tempo do mono é que se dava ao luxo de utilizar a máxima “faça o que eu digo e não o que eu faço”. Ou seja a eles é reservado o direito de ser desonestos, de cometer fraúdes….e acham que tem moral para vir com o discurso de que “quem não deve não teme”.
      Eu não devo e nem temo, mas não quero a Sra. a representar a Justiça do meu país.

  25. De longe

    15 de Fevereiro de 2013 at 14:08

    Claro, a senhora tem que defender o tachinho com unhas e dentes, uma autentica incompetente, mas também é S.TOMÉ, onde qualquer pé rapado pode ser governante.

  26. Mé Pó Feladu

    15 de Fevereiro de 2013 at 14:23

    viva stp, viva democracia, viva o povo haver vamos bem haja, meus caros aquele abraço tamanho do mundo

  27. Olimidê Teixeira

    15 de Fevereiro de 2013 at 21:50

    Um presidente que supostamente foi eleito
    para limpar a má imagem deixado por si nos
    primeiros mandatos, acaba por eleger um
    outro senhor que ja foi primeiro ministro e
    nada fez, depois um presidente da assembleia
    eleito pelos seus amigos da coligação MLSTP/
    MDFM/PCD e agora esta senhora? O país esta
    indo de mal a pior so espero que um dia os
    senhores do afeganistão ou mesmo
    paquistão cheguem a STP que ao meu ver é
    que andamos a procurar visto que a
    população que elegeu supostamente esses
    vagabundos nao fazem nada….

  28. Bernardino Monteiro

    16 de Fevereiro de 2013 at 22:27

    Sr elsa pinto, prometeu que vai governar com rigor, espero bem que sim, a nossa justica e uma das piores da africa, no pais democratico a justica tem que ser feita com rigor sem previlegio e arbitrariedade, a lei previlegia os senhores da herarquia e os politicos, e pobre leva com arbitrariedade, ninguem esta em cima da lei, mais em sao tome ate parece que sim,

  29. Beatu Salu

    16 de Fevereiro de 2013 at 22:35

    Em menos de uês sai de Procuradora Geral da República para Procurada Geral na República. Uma pessoa que ocupa um lugar destes deve estar acima de qualquer suspeita. Credo. Mais fortes são os puderes de deus

  30. Chinha

    16 de Fevereiro de 2013 at 22:39

    Estamos feitos. o Presidente deveria começar por demitir o dito conselheiro

  31. ze maria gomes

    17 de Fevereiro de 2013 at 3:57

    Dra Elsa Pinto, ai está por onde começar:

    “São Tomé e Príncipe: Parlamento rejeita levantamento de imunidade de deputado

    São Tomé, 07/05 – O Parlamento são-tomenserejeitou hoje um pedido da Procuradoria Geral da República(PGR) para levantar a imunidade do líder da bancada parlamentar dopartido no poder, Alcino Pinto, para que seja ouvido pela Justiçacomo arguido por alegada implicação num caso de burla.

    O líder do grupo parlamentar do Movimento de Libertação de São Tomé ePríncipe /Partido Social Democrata (MLSTP/PSD, no poder) foi indiciadopor suposta burla de três mil e 600 euros à empresa “Air São Tomé”.

    O caso foi denunciado em Fevereiro passado pelo líder do PartidoTrabalhista, Anacleto Rolim, com base em documentos saídos da Air SãoTomé, da qual Alcino Pinto é o director-geral.

    Os documentos dão conta de facturas no valor de três mil e 600 eurospara aluguer de uma viatura para a Air São Tomé, mas suspeita-se queo veículo e a empresa de aluguer eram fictícias.

    A denúncia foi levada à Procuradoria Geral da República, que concluiuque o deputado terá praticado crime de burla qualificada.

    Entretanto, o Parlamento chumbou o pedido de levantamento daimunidade do deputado com 41 votos a favor e duas abstenções porconsiderar que o Ministério Público está a violar a lei.

    “A condição indispensável para que a Assembleia Nacional autorize osdeputados a serem ouvidos como arguidos precede sempre de uma audiçãodo referido deputado, mas neste caso o deputado Alcino Pinto não foiouvido porque o Ministério Público tentou ouví-lo fora da lei”,esclareceu a fonte.

    O Parlamento considera, por outro lado, que na carta da ProcuradoriaGeral não existem elementos que indiciem matéria de crime.

    A PGR diz aguardar a resposta formal daAssembléia Nacional para assumir uma posição.

  32. Eduardo

    17 de Fevereiro de 2013 at 13:19

    Eu acho que esse cargo do PGR tanto faz como outro, nao deveria ser nomeado por PR nem o PM deveria ser votado conforme o Curriculum Vitae do candidato, nao esquece que o pais e a RDSTP. Sao essas nominacoes que contradiz a regra da democracia.

  33. Motxí

    18 de Fevereiro de 2013 at 11:43

    O único k posso dizer é k, mais uma vez dou conta k estamos num país de brincadeiras de mau gosto, as pessoas por interesses próprio e partidários perdem noção do k fazem…sinceramente Sr. Presidente, desta vez falhas redondamente.

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