Política

PIC exige dinheiro que o Estado não tem para dar e já entrou no 29º dia de greve

Alguns agentes trabalham e outros não. A Ministra da Justiça Edite Ten Jua, garante que as portas da PIC não estão fechadas. Os casos de crime público, como o roubo do dinheiro da CECAB estão a ser seguidos por agentes que se afastaram da greve infinita. Ten Jua, avisou que o Estado são-tomense não tem capacidade para pagar o valor que os agentes em greve exigem.

Após 29 dias de greve, os agentes da Polícia de Investigação Criminal, em greve repetem sinais de desorganização. A Ministra da Justiça Edite Ten Jua, confirma. «Um grupo cuja liderança tem estado a mudar de trabalhadores, tem estado a fazer algumas reivindicações, que não são novas. As dificuldades que encontramos na PIC eram a vários níveis. Nestes 11 meses de governação alguma coisa foi feita. Para uma polícia que carece de tudo como sempre dissemos alguma coisa foi feita», referiu a ministra.

Segundo Edite Tem Jua, o que foi feito não é visível, mas foi muito importante ara a instituição. Com apoio de parceiros internacionais, com destaque para Portugal, foi feita a revisão da lei orgânica da PIC, e criou-se um regulamento interno, que a PIC não tinha.

Acções enquadradas num processo de mudança e reforma da instituição, como determinou um estudo realizado pelo PNUD. Segundo a Ministra o diálogo encetado pelo Governo para facilitar a reestruturação da PIC, envolveu actuais e antigos responsáveis da instituição.

A intransigência dos agentes que avançaram para a greve, no sentido de conseguirem o aumento dos subsídios na ordem de 100%, frustrou o diálogo. «A nível das reivindicações, falam sempre na questão de 100% do subsídio de piquete, 100% do subsídio de risco e 100% do subsídio de férias. Pergunto qual é o sector da administração em São Tomé e Príncipe, que está em condições de poder dar de facto 100% de subsídios aos seus funcionários? O Estado não tem capacidade de dar aumento de 100% de subsídios», precisou Edite Ten Jua.

A Ministra da Justiça fez tais declarações no estabelecimento prisional de São Tomé, onde inaugurou algumas obras que trouxe qualidade para os serviços prisionais. Indicou o caso dos serviços prisionais e de reinserção social, como modelo bem sucedido da política de diálogo e concertação que o seu ministério tem desenvolvido junto aos sectores sob a sua tutela, com vista a restruturar e modernizar. «A questão da PIC é mais profunda do que um ou outro subsídio. Não podemos continuar da forma como estamos. Com isto quero dizer que cumpre-se fazer uma reestruturação da própria policia de investigação criminal. Temos que avaliar o número de pessoas que temos, as funções que as pessoas têm na PIC. Deixe-me dizer que neste momento dos 87 funcionários que temos na PIC somente 6 são nomeados, os demais são eventuais ou contratados», frisou.

Ten Jua, garantiu que a PIC não está paralisada. «Não podemos dizer que a Polícia de Investigação Criminal está de portas fechadas. Não é verdade. Há agentes, inspetores e subinspetores que estão a trabalhar», assegurou..

Uma greve parcial, que segundo a ministra não põe em causa a investigação de alguns crimes que ocorreram nos últimos tempos. Um deles é o roubo do dinheiro da CECAB. Alguns assaltantes foram detidos, estando outros dois a monte. «O que posso dizer ao cidadão nacional, é que não é correcto dizer que o facto da PIC estar em greve o caso CECAB está encerrado. Posso dizer que mesmo com o número mínimo de funcionários que estão em serviço o caso continua a ser seguido. Temos dados que não posso revelar. O país não parou a Polícia de Ordem Pública continua a fazer o seu serviço», sublinhou.

Nesta altura festiva, há tendência para o aumento da criminalidade. A Ministra da Justiça, diz que o Governo está prevenido. «Dizer as pessoas que há um funcionamento parcial da PIC e em colaboração com a Polícia de Ordem Pública as questões são tratadas», concluiu.

Abel Veiga

25 Comments

25 Comments

  1. Trinta Mil

    17 de Dezembro de 2013 at 14:40

    Vamos resolver isso de uma vez por todas. 100% de quase nada é nada. Por isso a ministra não pode estranhar com os 100%.
    200% seria melhor para repor o poder de compra destes trabalhadores.

    • conobia cumé izé

      18 de Dezembro de 2013 at 8:03

      Vamos lá senhora Ministra; há dinheiro! Venderam petróleo, Os cofres não estão cheios? O nosso saco azul Taiwnês esvasiou-se ? O dinheiro de Angola não aposta na segurança do País ? Então os deputados não querem do Governo ? Da la Senhora aqueles que ariscam a vida na descoberta de crimes !…Queremos ou não a Justiça a funcionar? Assim já não será preciso avaliar os Magistrados do Ministério público e Judicias,incluindo o primeiro MAGISTRADO DA NAÇÃO PARA NÃO INDUTAR E COMUTAR PENAS AOS PETROLEIROS APRISIONADOS PELA NOSSA MARINHA !…Depois dizem que os Juizes não são aptos…Malandrisse !!!…Fui

  2. Por bem de s.tome e principe

    17 de Dezembro de 2013 at 14:57

    PIC deve ser URGENTEMENTE reformada,estruturada e ter CREDIBILIDADE.Merecer confiança e lealdade.
    Nesta PIC não se vê estes requisitos.
    Vale mais pouco,mais com profissionalizações,credíveis,do que tanta gente sem estes requisitos.REFORMA urgente na PIC é indispensável.

  3. manuete

    17 de Dezembro de 2013 at 16:12

    Isto é conversa para boi dormir. A senhora não tem é competencia para lidar com a questão devido a sua arrogância e prepotência….Fui

  4. Ah Tchu Tchu Tcha

    17 de Dezembro de 2013 at 16:19

    180 milhões de Angola.
    60 milhões por ano.
    30 milhões já foram transferidos….
    Tanta publicidade, Gabriel, Pinto, Tela Non, jornal Ke Kua, etc.
    Mas, afinal onde está o dinheiro?

  5. Paulo

    17 de Dezembro de 2013 at 16:28

    ela tem mt bem competência,mais oque o Governo tem q fazer é extinguir esta policia de investigação e criar uma outra.Mts dos seus quadros jovens são corruptos e sem formação para tal.Um bem haja a todos

    • S.Tomé Poderoso

      18 de Dezembro de 2013 at 12:12

      discordo totalmente meu caro, vejo que da administração publica a Edite, não percebe. não tem competência, fala barrato, por favor mostre algo que essa ministra fez de bom???, o que sabe distabelizar o grupo nemeando um Director Adjunto, para coagir os Agentes, é sabido que nesse colectivo alguns dos quais não têm o comportamento adequado, ou pr outra a que esperamos deles mais digo que o poder é pra ser exercido, se estão identificados porquê não tomar medidas. nem isso ela sabe fazer, apenas arrogância!

    • S.Tomé Poderoso

      18 de Dezembro de 2013 at 12:14

      e pra sua informação, nenhum Governo tem a COMPETÊNCIA, de extinguir uma Policia!, ainda mais um Governo que não foi eleito, vá se informar melhor.

    • S.Tomé Poderoso

      18 de Dezembro de 2013 at 12:24

      A Senhora Ministra, nem tem vergonha de fazer essas declarações. ora vejamos…,o Ministério da Justiça Abri um concurso publico e recruta pessoal, dá formação, concede o estágio, da posse aos Agentes e depois vem com declarações dizendo que estão eventuais…, “RESUMINDO CLARA INCOMPETÊNCIA”, agora pergunto de quem é a culpa???, e dizer que a PIC é uma das Direcções do Estado onde tem mais jovem formados, com licenciaturas, finalistas e formações específicas de policia nas mais prestigiadas escolas de policia internacionalmente, mais é ignorado, um agente ganha 100 euros, e quando reclama os subsídios consagrados da Lei, nem diálogo a senhora faz. por favor senhora camarada não manche ainda mais o meu partido, DEMITA-SE!

  6. adelmiro basto

    17 de Dezembro de 2013 at 16:39

    Com isto quero dizer que cumpre-se fazer uma reestruturação da própria TVS. Temos que avaliar o número de pessoas que temos, as funções que as pessoas têm na TVS.

    “Deixe-me dizer que neste momento dos 87 funcionários que temos na TVS somente ALGUNS são nomeados, os demais são eventuais ou contratados ou ainda CACHOLADOS».

    Portanto Dr Adelino Lucas segue as pisadas da Dra TENJUA porque precisa fazer mesma coisa lá naquela TVS.

    • António Menezes

      18 de Dezembro de 2013 at 6:42

      Deixe me dizer uma coisa. Credo que incompetência…
      O número de pessoal da administração pública é demasiado grande e não é só na PIC , senhora ministra. Então para sermos mais sérios, transparentes e trabalhar para o Pais o que se deve fazer é o seguinte, e está em muitos relatórios: TER A CORAGEM DE REESTRUTURAR A NOSSA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, REDUZIR O PESSOAL E DEIXAR DE ENQUADRAR AMIGOS, COMADRES E MILITANTES DOS PARTIDOS NO PODER, NA FUNÇÃO PÚBLICA.
      Assim, teríamos mais rendimentos, pagaríamos melhor os funcionários e teríamos dinheiro para fazer outras coisas e criar empregos em sectores afins. O problema é que os políticos não querem trabalhar, só usufruem do estado em vez de o servir.
      Quando é que gasta com os funcionários do estado fantasmas?
      Então, tenham a coragem de reduzir o pessoal passando da presidência, assembleia, ministérios, direcções e passando pelas empresas de estado.
      Diga la se não é isso?

  7. Põe boca não tira

    17 de Dezembro de 2013 at 17:21

    Uma Ministra sem a capacidade de diálo, prepotente e arrongante vem falar em diálogo para dialogar com quem? É essa postura que esperava-se da senhora?
    Se não tem 100% dá ao menos 50%. O que sei é que ofereceram os agentes em greve 200.000,00 quando outros vivem a grande e a francesa, isso é uma pouca vergonha….. A sebhora devia é pedir a sua demissão……fui…….

  8. Eterno Madiba

    17 de Dezembro de 2013 at 17:40

    Eu continuo a afirmar«este governo é um dos mais incopetentes de sempre».

  9. Jovens Sãotomense

    18 de Dezembro de 2013 at 8:53

    Isto chama-se de caos,caos,caos.Zé povinho abre olho !!!!!!!!!!! Próxima revindicação será dos militares.

  10. djatta

    18 de Dezembro de 2013 at 11:50

    “ETERNO COPIADOR”,nao suje o nome de MANDELA, por favor.
    A palavra que quer utilizar escreve-se assim :
    ” o governo….incompetente”. O acordo do singular é com a palavra governo.

    • Eterno Madiba

      18 de Dezembro de 2013 at 13:14

      Bem visto. Agradeço!

  11. feijoada

    18 de Dezembro de 2013 at 12:43

    Os professores estão perto de uma greve jamais vistos por incumprimento de acordo assinado entre o Governo e sindicato dos professores.

    Isto chama-se cacau maduro….. O Gabriel Costa pisou bem na casca de banana madura protelado pelo os ditos mandões de STP.

  12. Esperanza

    18 de Dezembro de 2013 at 17:53

    O disprezo do governo e da ministra em relação aos problemas da pic é tipico de um estado que banaliza a actividade da policia e a justiça. Como é possível o governo não dar atenção a PIC tenha ela razão ou não? Sim, é possível, porque eles andam rodiados de seguraça pago pelo estado e o zé povinho que se lixe com ataque dos criminoso. Isso é de doer o coração. Incopetentes e igoistas que só pensam neles e nos seu familiares.

  13. malebobo

    19 de Dezembro de 2013 at 8:07

    por favor senhora ministra deixa de tanta arrogância, não se governa com este tipo de comportamento, dialogo é a via mais importante na democracia,

  14. Eu quero Tcha

    19 de Dezembro de 2013 at 8:15

    Sem ovos não se faz omoletes!

    • António Menezes

      20 de Dezembro de 2013 at 15:55

      O problema é que existem muitos ovos que são comidos apenas por alguns, meia dúzia dos políticos.

  15. nilton carvalho

    19 de Dezembro de 2013 at 15:40

    como e possivel dizerem que a PIC esta exigindo dinheiro que o pais nao tem?? que vergonha,qual pais que nao tem dinheiro?tem pais tem dinheiro ate dizer chega,isto e uma brincadeira para com os homens da lei.

  16. fala fala

    19 de Dezembro de 2013 at 15:55

    O governo, deveria acabar com esta instituição e formar uma outra mais credivel, a PIC, ja deu o q deveria dar, ja não tem credibilidade, transformou-se em casa de negocio

    • servo de Déus

      20 de Dezembro de 2013 at 10:21

      Isto não é bem assim, ACABAR!!! com a PIC, mas sim sofrer uma restruturação profunda, porq de facto isto precisa mesmo é ser restruturado.

  17. pantufas

    20 de Dezembro de 2013 at 15:32

    Compraram um carro zero km ao Adelino Lucas,e não tem dinheiro

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