O Comandante da Guarda Costeira, capitão-de-mar-e-guerra, Idalécio João(na foto), chamou a imprensa para uma visita aos bairros da Praia Nazaré e da Praia Lagarto, localizadas na marginal 12 de Julho, para segundo o comandante militar, «o povo de São Tomé e Príncipe ver a situação nestas duas localidades».
Uma situação terrível, só equiparada as regiões africanas em que se faz o garimpo. Os dois bairros vizinhos do aeroporto internacional, estão totalmente esburacados. Residências estão a demolir uma atrás da outra. Tudo por causa da extracção de areia.
São os mesmos habitantes, que realizam a extracção de areia até que as suas residências acabem por ruir. O centro da praia Lagarto, se transformou num mercado nacional de areia. A matéria-prima muito procurada para a construção civil, está amontoada por toda a parte.
Durante a visita do Comandante da Guarda Costeira, registou-se o surgimento de várias unidades de produção de blocos. A areia é extraída do quintal de cada residência e no mesmo quintal, inicia-se a produção de blocos.
Um dos produtores de blocos, garantiu que não tem outra alternativa para sustentar a sua família, a não ser extrair areia no quintal, e produzir blocos. Prometeu prosseguir com a operação, mesmo se isso implicar a perda da sua vida. O cidadão lançou críticas ao comando da guarda costeira, tendo perguntado «quando os dirigentes roubam, porquê que vocês não vão aborda-los»?
No entanto na Praia Lagarto, muitos moradores estão descontentes com a situação de anarquia total que domina o bairro. Juvelina Francês, levantou a sua voz, contra a desordem. «Estado tem que tomar medidas contra isso. Pessoas de outras localidades também vêm extrair areia cá. Agora, só estão nesta vida. Não querem nada com o trabalho. Só querem dinheiro», desabafou a habitante da Praia Lagarto.
Sobretudo homens das Praias Lagarto e Nazaré, é que se manifestam decididos em prosseguir com a extracção de areia. Decididos em dar as suas vidas, pela causa do esburacamento dos dois bairros da marginal 12 de Julho.
Talvez o temperamento exaltado que manifestaram durante a visita do Comandante da Guarda Costeira, tirou-lhes discernimento para perceber o que está a ser preparado, e o que vem aí.
O capitão de mar e guerra Idalécio João, visitou as duas localidades acompanhado pelo capitão dos portos de São Tomé e Príncipe, Rui Cravid. Mais importante ainda é que fez-se acompanhar pelo Chefe das Operações Militares das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, o tenente coronel Tomé da Glória.
O mecanismo operacional das forças armadas, já estará activado para por a sua máquina em marcha em direcção aos dois bairros. «Tem que haver autoridade do Estado. A Capitania dos portos está inserida na guarda costeira e tem jurisdição sobre o território que vem do mar para dentro numa distância de 80 metros. Temos homens com músculos, para repor a autoridade do Estado nesta zona toda», declarou o comandante da guarda costeira.
O capitão de mar e guerra, Idalécio João, acrescentou que «não estamos aqui para combater contra ninguém. Apenas para por fim ao vandalismo nesta área».
Questionado sobre a resistência que sobretudo os homens das duas localidades têm oferecido nesta fase de diálogo e aconselhamento, o comandante da guarda costeira, avisou que «eles não podem resistir contra os militares».
O comandante da guarda costeira, esclareceu que o plano operacional dos militares, não se limitará apenas aos que extraem e vendem areia. «Há que tomar medidas contra quem está a extrair e contra quem está a comprar a areia. Quem compra roubo também é ladrão», sublinhou.
Os militares não agem por sua própria conta. Agem obedecendo a ordens ou decisões das instituições do poder democrático. O comandante da guarda costeira, assegurou que até esta quarta feira deverá sair um comunicado das instituições democráticas do Estado, que ao que tudo indica orientará as forças da guarda costeira a repor a autoridade do Estado nos dois bairros assaltados pela anarquia.
Militares da guarda costeira já estão a patrulhar a estrada que dá acesso ao aeroporto internacional, para impedir o transporte de areia que é extraída das Praias Nazaré e Lagarto.
Abel Veiga
Original
18 de Janeiro de 2017 at 11:53
Estão a combater o efeito sem preocupar com as causas.Enquanto não for combatido às causas,os efeitos hão-de ser manifestado sob diversas formas.A questão de areia fica combatido e estes jovens vão passar a assaltar todas residências naquela zona e a partir daí ninguém vai estar seguro.O desmando deve ser combatido na verticalidade e Hrizontalidade como forma de enviar mensagem aos outros,quando não, passa a ser um fiasco igual ao que temos na rua.Quem organiza a sociedade são os políticos que estão no poder e se os mesmos são maiores corruptos,temos uma imagem que representa clone deles.
rapaz de Riboque
18 de Janeiro de 2017 at 12:13
senhor Comandante tenha cuidado com a gordura esta muito gordo coma menos cuide da sua saúde e tenha um bom êxito no seu trabalho para travar esta onda de vandalismo mas também abra os olhos com os seus militares porque ha alguns corrupos as suas ordens
sangazuza
19 de Janeiro de 2017 at 8:59
Na minha opinião este pais esta de pernas para o ar. Alias este problema de extração de areia é uma questão de sobrecivecia. O mal mesmo é ver a rádio nacional ja ha mais de oito dias que a partir das vinte horas ate a manha do dia seguinte fica sem uma alma viva. Limitam.se a programar musicas e publicidades e nada mais e aquilo fica entregue a bicharada. Esta é gestão de Patrice trovoada. Este é o nosso dibai.
FÉDÉ KÁ DÓXI
19 de Janeiro de 2017 at 11:20
Todo mundo quer vida fácil. Ninguém quer se esforçar. Até o Estado. Estes estão a fazer assalto aos bolsos de toda a forma. Aumento de impostos de todo o calibre. Vamos ver que ate este Governo terminar o seu mandato, até mesmo para ir-mos à casa de banho em nossas casas, vamos ter que pagar. Assalto as casas para roubo huuuum, não tem fim a curto prazo, aos campos, glebas etc etc igual forma. Os que conseguem empregos se têm à sua disposição bens do estado (dinheiro ou outro que pode desviar) vabú só. Até quando. O Estado deve encontrar a forma de por termo a todod otipo de roubo. DAF dos Ministérios, Empresas Estatais, Nos Campos, Lotes, Propriedade privada e tudo. Mão dura. Há qto tempo esta história de roubo de areia, não tem sido feito. Não é de hoje. Mas com a campanha, vamos deixar andar. Porque é que não vão roubar areia no Condomínio de Vila Maria? Bem haja
pernanbuco
19 de Janeiro de 2017 at 11:57
Tem razão senhor sangazuza. Mas este problema não esta só no estado de abandono em que esta a radio nacional mas temos todos que admitir que já não existe imprensa em s.tome e principe. Motivo para seperguntar onde estão aqueles homens e mulheres que num passaso recente conseguiram fazer com que ao nível de África stp estivesse bem,posicionado em matéria de liberdade de imprensa e qualidade de,imprensa? Por exemplo, a nossa tvs hoje é Mais um canal de palhaçada do que o resto. Abandono também se vê na tvs. Aquele João ramos é marionete nas mãos de Oscar medeiros. O braçanan da rádio não esta a conseguir dar um passo desde o que ele encontrou utilizou e esgotou. Muito fraco aquele miúdo.
makai
23 de Janeiro de 2017 at 7:12
ja esta o a construir casa aos jovens?