Política

“COP da África” ressalta necessidade de investimentos para adaptação e mitigação

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Liderança da ONU intercede junto a líderes do continente por maior auxílio no financiamento climático para economias da região; implementação de contribuições nacionalmente determinadas pelos países africanos precisa de US$ 41,3 bilhões por ano.

27a. Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP27, no Egito, é conhecida como a “COP da África” pelas expectativas em relação aos resultados em benefício do continente após as sessões em Sharm El Sheik. Esta quarta-feira é o Dia de Finanças.

O secretário-geral António Guterres reiterou que os bancos multilaterais de desenvolvimento têm uma enorme capacidade de mobilizar e alavancar o financiamento privado que ainda não vem sendo usado. Ele falava em evento dos líderes sobre a Aceleração da Adaptação na África, onde defendeu fundos adicionais para os africanos.

Adaptação e mitigação no financiamento climático

Guterres vê a necessidade de grandes investimentos para que “não se gaste muito mais no futuro com as consequências dos desastres”. Para o chefe da ONU está  muito claro que é preciso compartilhar fundos entre a adaptação e mitigação no financiamento climático.

A região anfitriã da COP27 concentra 17% da população mundial e os líderes insistem na mobilização do financiamento para adaptação. As avaliações apontam que a região é a que mais sofre os efeitos do aquecimento global, com eventos como a seca no Chifre da África.

De acordo com a ONU, o continente recebe apenas 5,5% do financiamento climático. Mas os gastos anuais com a adaptação  chegam a US$ 11,4 bilhões. O valor que é necessário são US$ 41,3 bilhões por ano para implementar as Contribuições Nacionalmente Determinadas para os países africanos.

Consumo global de energia primária

A conselheira do secretário-geral para a África, Cristina Duarte, pediu foco no incentivo à produção energética. Cristina Duarte ressalta, em artigo, que o continente representa 3,3% do consumo global de energia primária, 1,1% da geração de eletricidade e 3% da energia e indústria global.

Para ela, o futuro do continente e a sua transformação residem numa matriz energética equilibrada. Nessa realidade,  o acesso à energia renovável solar e eólica devem fazer parte de um leque de opções.

A subsecretária-geral considera ainda que é um equívoco o argumento de que os africanos precisam de uma imagem realista do financiamento energético/clima.

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