Análise

O factor «Micau»

Em vésperas das legislativas, o seu lento e silencioso afundamento diante dos olhos de todo o país, cheio de alimento, aquele naufrágio a conta-gotas, minuto a minuto, conteve uma tremenda carga de mau presságio.

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O Factor «Micau»

São de Deus Lima

Na última edição deste semanário, o ex-primeiro-ministro e líder do MLSTP/PSD, Joaquim Rafael Branco, anunciou para 15 de Novembro o congresso do seu partido e, de permeio, voltou a advertir que as causas da derrota de 1 de Agosto devem ser fundamentalmente encontradas nas hostes social-democratas.

«A forma como divulgamos e comunicamos, afastou o povo de nós e o povo tem sempre razão».

O ex-primeiro-ministro, um trabalhador incansável, para além de todas as críticas, tem toda a razão. Mas não apenas no que toca a eventuais falhas de comunicação com o eleitorado.

Em várias ocasiões, em público ou entre quatro paredes, os partidos do governo cessante analisaram as prováveis razões do castigo de 1 de Agosto. Os motivos, é sabido, foram vários, envolvendo, obviamente, o próprio executivo e as forças que o sustentavam, com destaque para uma sequência de escândalos ou suspeições de escândalos de corrupção que, em determinados momentos, secundarizaram ou abafaram as obras, as acções positivas. Porque houve obras e é preciso dizê-lo e reconhecê-lo. Sem medo dos que fazem do apedrejamento irracional uma forma de afirmação, mesmo quando se fartaram de se banquetear à mesa daqueles que hoje apedrejam sem pudor nem memória.

Contudo, na inventariação das prováveis causas da derrota, políticos e analistas deixaram de fora um factor chamado «Micau»: o barco cabo-verdiano que, a escassos dias das eleições, naufragou diante do ilhéu das Cabras, com cerca de 700 toneladas de arroz a bordo.

Sejamos claros:

Em nenhum país que é país, o primeiro-ministro ou membros do governo são chamados a intervir para socorrer um pequeno navio cargueiro em apuros. Entre as empresas, direcções, institutos, capitanias, departamentos, secções e sectores afins, deveriam sobrar, supostamente, poder e competência administrativa e técnica para atender o problema. Caso não estivesse o país, como sempre, do mais alto ao mais baixo escalão, mergulhado em campanha eleitoral, das unhas dos pés à raiz dos cabelos, totalmente alheio aos assuntos correntes da administração do Estado.

Sejamos claros:

Se em tais circunstâncias, num país como São Tomé e Príncipe, algo corre mal – e algo correu muito mal – as responsabilidades são imputadas ao governo. Sobretudo se esse governo não ordena e anuncia, alto e bom som, a abertura imediata de um rigoroso inquérito.

Sejamos ainda claros:

Teria sido possível salvar o avariado navio «Micau» ainda que todas as entidades competentes, incluindo o próprio governo, tivessem nisso investido imediatamente todos os seus esforços? Talvez não.

Teria sido possível salvar a carga de arroz ou parte significativa dessa carga, caso as mesmas entidades se tivessem movimentado prontamente, mobilizando, conjugando e maximizando todos os recursos? Muito provavelmente, sim.

A verdade foi outra. No porto de São Tomé, seis dias depois do primeiro pedido de socorro, com o navio já claramente em descida, as caras dos responsáveis dos diferentes sectores estampadas na TVS, traduziam apenas embaraço, desnorte, impotência e um lamentável sacudir de água dos respectivos capotes.

Sejamos, mais uma vez, claros:

a derrota de um governo resulta sempre do somatório de uma série de factores, não sendo fácil atribuir peso exacto a cada um.

Teria a coligação MLSTP/PCD sido castigada caso não tivesse acontecido o desastre chamado «Micau»? Provavelmente sim.

«Micau» não terá determinado a rejeição do governo de Rafael Branco.

Porém, em vésperas das legislativas, o seu lento e silencioso afundamento diante dos olhos de todo o país, cheio de alimento, aquele naufrágio a conta-gotas, minuto a minuto, sete dias após o primeiro pedido de socorro, conteve uma inapagável premonição, uma tremenda carga de mau presságio. Que, na altura, só o governo e os partidos do governo não conseguiram ver.

Artigo originalmente publicado no «Correio da Semana»

20 Comments

20 Comments

  1. Matabala

    9 de Outubro de 2010 at 10:35

    Mas O Sr Rafael ainda não conseguiu ver as causas de sua derrota??? Então ele é mesmo cego, portanto esta mostrando agora mais uma razão para que povo esteja seguro que tomou a melhor decisão…acho que é preciso um novo Jornal só para fazer a lista das razõs…STP Trading na cabeça da Lista…Navio Micau, falta de agua no hospital, falta de qualidade das estradas, falta de luz, falta de sal, arroz, oleo…Avê Maria…quer dizer, como isso não faltava em sua casa nem na casa de seus amigos, ele pensou que o resto não conta…hehehe.
    Meu caro, o povo ja sabe pelo menos ver que são os governantes que devem zelar pelo bem estar dos seus Cidadãos ok? E Seus cidadão não são apenas seus eleitores mas sim a população total do país…

  2. Matabala

    9 de Outubro de 2010 at 12:28

    Boa analise São…A queda de um Governo é resultado de uma série de deslises; e o de R Branco, ora esta envolvido escandalos, quando não estava, não conseguia resolver outros, ora a cobrir escandalos dos outros…enfim…nem era preciso perguntar mais nada…

  3. António Veiga Costa

    10 de Outubro de 2010 at 0:40

    Causas? Corrupção, conivência com a corrupção, omissão na corrupção dos amigos e parceiros (PCD), e repetindo o amigo Matabala (acima): Caso STP Trading na cabeça.

  4. manuel fernandes da trindade

    10 de Outubro de 2010 at 0:47

    Esta São n tem vergonha, pq vir com esta conversa para defender o seu amiguissimo e seu complot é preciso não ter vergonha. Tb teria participado a são naquelas corrupções ou quer defender o quê? Pensa com cabeça e não com o que está pensar agora. Todo mundo conhece a Sra. São

  5. A OUTRA VIA

    10 de Outubro de 2010 at 7:22

    Ate tinha muita simpatia pelo Sr. “Rafael Preto”,mas a falta de agua no Hospital durante meses foi muito grave. Ca se faz ca se paga, mais cedo ou mais tarde.
    Oh Sao, nao se trata de elogio barato, pois tem uma capacidade de escrita irrepreensivel a todos os niveis. Tiro-lhe o chapeu e estendo-lhe uma passadeira vermelha. Cordias saudacoes.

    • Teodora Cabral

      10 de Outubro de 2010 at 17:29

      A forma de comunicação, é óbvio, que não foi a única ou a essencial para a derrota pesada do MLSTP. As causas serão mais de natureza estrutural, ao contrário do que diz a Conceição Lima. Senão vejamos:

      1- é possível um governo, do MLSTP + PCD, andar a proclamar a necessidade de restaurar autoridade de estado no país e no entanto recusar, ele mesmo, por omissão, incompetência ou outra coisa qualquer, não dar sinais de autenticidade de querer restaurar esta mesma autoridade de estado e, no entanto, querer que só o povo cumpra com a legalidade instituída? Que país é este? Que exemplo se dá com esta atitude? É óbvio que ninguém poderia acreditar nesta coisa. O que é que impediu o governo do senhor Rafael Branco de melhorar a transparência governativa da coisa pública durante estes anos todos? Quando o povo esperava maior transparência este governo (MLSTP+PCD) escolheu mais negócios escondidos. Aliás, há quem diz cá no país, (basta ir ao avenida ou papa figo)que esta gente foi para o governo para resolverem definitivamente os seus problemas pessoais, tendo em conta a idade deles (Tiny + Branco). Isto é o que se diz por ai… E nenhum deles fizeram nada, em termos de transparência governativa para contrariar estas coisas que são ditas. Basta ver que a quantidade de escândalos aumentou no país com este governo… Lembram-se de STP Trading?
      2- O governo em vez de aproveitar esta oportunidade para melhorar a nossa democracia fez tudo ao contrário. Não queria marcar eleições (autárquicas, regionais e legislativas) com o pretexto de que não havia dinheiro para tal enquanto faziam festas todos os dias e gastavam dinheiro no combustível com viaturas de estado. Não conseguiram acabar ou minimizar o problema do “banho”, muito pelo contrário, no país. O MLSTP foi o maior “banhista” nestas eleições porque estando no governo estavam convencidos que os meios que tinham seriam suficientes para ganhar eleições com o fenómeno “banho”. O tiro saiu-lhes pela culatra. A senhora ministra da defesa chegou a dizer na televisão que prendia o governador do príncipe Tozé Cassandra. Toda a gente cá no país ficou indignada com isto. A população do Príncipe ficou revoltada, com razão. Nem no tempo do Pinto da Costa isto aconteceu. Isto é democracia? O senhor Rafael Branco ainda fez ela festinhas na cabeça em vez de demitir a senhora. Acham que o povo, sobretudo os jovens, estavam contente com isso?
      3- No interior do próprio MLSTP só se ouvia confusões, todos os dias, demissões, zangas de comadres, mesmo próximo do acto eleitoral. Acham que um partido que quer ganhar eleições pode-se comportar assim? É óbvio que não. O povo não é burro nem estúpido. O António Quintas pediu a sua demissão do partido em vésperas do acto eleitoral. O Adelino Izidro acusou o Rafael Branco de grande e incorrigível corrupto. Além disso, o partido em vez de distanciar de alguns corruptos, que tem no seu seio, aproximou-se ainda mais desta casta parasitária que vive a nossa custa. Como é que acham que o partido poderia ganhar as eleições assim?
      4- O partido não tinha um projecto para o país. Basta ver as decisões tomadas pelo governo. Ou eram impostas ou eram avulsas sem qualquer objectivo estratégico.
      5- O governo estava convencido que bastando estar a usufruir e controlar as ferramentas do estado e tendo cumplicidades internacionais que ajudavam a injectar dinheiro para o “banho”, estava resolvido o problema da vitória nas eleições, decorrente deste facto. Até neste capítulo foram ingénuos e incompetentes. O povo já não é burro. Eu própria, sem pedir nem fazer nada para tal, usufrui do dinheiro do “banho” do MLSTP e votei noutro partido. É bem feita… São burros e incompetentes e pagaram caro pelo seu deslumbramento e incompetência. Eu vi tanto dinheiro a passar de mão em mão, nestas eleições, como nunca vi na minha vida…
      O MLSTP ainda dá graças que teve o resultado que teve por causa do “Banho” senão o resultado seria muito pior.
      6- Acham que o povo ainda vai votar, em massa, num partido constituído por gente que já deu sinais de incompetência e corrupção como o actual MLSTP? Quem ainda acredita no Alcino Pinto? Quem ainda acredita no Quintas? Quem ainda acredita na Elsa Pinto? Quem ainda acredita no Pósser? Quem ainda acredita no Rafael Branco? Quem ainda acredita no Tiny? Quem ainda acredita no Valdemar? Quem ainda acredita na Maria? Isto é uma brincadeira ou quê? Só os familiares destas pessoas é que acreditam neles… Este partido se não mudar de política vai definhado aos poucos… Acreditam no que vos digo…
      Fui
      Teodora Cabral

    • António Veiga Costa

      11 de Outubro de 2010 at 22:42

      Grande Teodora Cabral,

      enquanto a São Lima “filosofou” (escreveu bem, mas filosoficamente), a Sra. foi direta e objetiva. Disse abertamente e franca tudo o que o povo andava falando a boca pequena pelos cantos.
      Verdade verdadeira.
      Perderam pq pensavam que o povo é burro.

  6. SUBÁ

    10 de Outubro de 2010 at 11:29

    Eu quando leio esta notícia, ainda me apetece chorar. Sabem porquê; varios motivos:
    1º Por estar a ver grande investimento a ser engolido pelo nosso mar, sem que ninguem podesse pronunciar;
    2º Não houve nenhum tido de tentativa ou ao menos um esforço, um encontro, para saber se tentamos ou não resgatar o navio, ou menos menos as 700 toneladas de arroz.
    3º Não tivemos nenhum um tipo de consideração com as pessoas que pelo menos quiseram trazer alimento para o nosso país, o que muitos não o fazem;
    4º Mesmo sabendo que o navio não estava regularmente punidos dos papeis para a descarga, isso “nunca em país algum”, a solução era deixar afundar….
    Agora pergunto, a quem chamaremos a responsabilidade? Ou este caso morrerá como muitos outros neste país?
    Bem haja a todos.

    • Felisbela Soares Aragão

      10 de Outubro de 2010 at 22:55

      Tudo isto que começa a acontecer, no país, é preocupante. Eu conheço muito bem o meu país e, acreditem, estou muito preocupada com todos os sinais que começam a ser dados. Tenham muito cuidado… Acreditem no que vos digo…
      O meu marido já esteve dentro da escola do MLSTP, como militante destacado, e sei perfeitamente aquilo que vos digo. Ele abandonou este partido porque não concordava com muitas coisas feias que por lá faziam. Esta gente é ruim, é má, está disposta a fazer tudo para regressarem mais rapidamente ao poder. Eles só se preocupam com o partido, com os seus bens materiais, estão “cagando” (desculpem-me a expressão) pelo nosso país. Podem crer naquilo que vos digo. . . Por isso é que eu estou muito preocupada com a situação que julgo começa a dar sinais de que vai acontecer. Deus proteja Patrice Trovoada e todos os políticos que ganharam eleições porque eu temo muito aquilo que pode acontecer no país e pode fazer com ele regride em vez de avançar.
      Segundo consta, cá no país, em circuito fechado, muito fechado, o MLSTP está a preparar a sua táctica habitual para regressarem rapidamente ao poder. Como vocês sabem, quem controla o mercado de S.T.P em bens alimentares são agentes e militantes do MLSTP. Estes já começaram a ensaiar a táctica de fazer tudo para que os géneros alimentares comecem a faltar no mercado para intranquilizar a população e depois responsabilizarem o actual governo por isso. Agora pergunto-vos eu: um partido que faz isto merece ser governo de algum país? Isto não é má-fé? Por favor, digam-me se isto não é má–fé? Isto é a forma de se fazer política em alguma parte do mundo? Sinceramente. Quando me contaram isto, vocês não imaginam como fiquei… O mau marido que andou neste partido, durante muito tempo, não se incomodou muito porque segundo ele esta prática já era habitual há muito tempo. Eu fiquei indignada com isto. Vocês não imaginam que eu nem sequer dormi…O país não merece os políticos que tem. Se eu não tivesse responsabilidades familiares, eu digo-vos que eu abandonaria este país para sempre.
      Além disso, eu soube também, que já estão a preparar sabotagem em pontos específicos, como na EMAE, alfândega, etc., para criarem dificuldades ao governo fazendo sabotagem no fornecimento de energia, da água e descarga de produtos na alfândega para que o povo revolte contra o governo. Isto é fazer política, minha gente? Que raio de política é esta? O país merece isto? O povo merece isto? Eu que nem sequer votei em partido nenhum mereço estar a ser prejudicada por esta gente? Por favor, basta. Por favor, chega. Por favor, deixem o país em paz. Por favor deixem o povo em paz. Já basta de sofrimento. Eu sou mãe, tenho filhos para criar. Tenho meus pais doentes que precisam de luz, de água e de comida. Credo! Credo! Credo! Não me interessa partido nenhum, eu só quero que me deixem viver em paz e com sossego, por favor. Eu peço a esta gente, por favor, por favor, deixem-nos em paz, vocês têm gerador e poços de água no quintal, deixem os pobres viver em paz…
      Dizem por ai, que na ilha do Príncipe a sabotagem já começou. A população está sem luz já há algum tempo. Isto é serviço? Só por causa de eleições a população tem que pagar este preço tão grande por causa desta gente?
      Agora preparam para começar a festa em S.Tomé e estão calados na Assembleia, até Novembro, altura do Congresso, para, lá para o Natal, depois de terem planeado e feito tudo isto, começarem a pedir a queda do governo. Sempre foi esta a táctica deste partido má índole, desgraçados, malvados…
      O Patrice e todos os políticos que foram eleitos nesta última eleição têm que tomar muito cuidado. Deus dá ele muita inteligência para combater estes demónios, vigaristas, assassinos, ladrões, sanguessugas que passam a vida a maltratar o povo.
      É por isso que estão revoltados com Patrice por causa da cooperação com a Líbia. Isto pode ajudar a dar cabo dos planos deles em relação a importação de produtos para o país.
      Bem haja a todos
      Felisbela Soares Aragão

    • António Veiga Costa

      11 de Outubro de 2010 at 22:50

      Felisbela,

      não se desespere, fique tranquila. Boicote de energia nunca foi novidade. Era prática usual do governo MLSTP/PCD o país às escuras.
      Ruptura de estoque também era comum no governo deles.
      Agora, querer tomar o poder já é outra conversa, mas, também não se preocupe: o povo corta o pescoço deles num piscar de olhos. O símbolo do santomense é o machim!
      Esses corruptos já nos cansaram!!!

  7. Digno de Respeito

    11 de Outubro de 2010 at 4:01

    Triste e lamentável situação. Até parecia que o produto transportado pelo “MICAU” viar salvar exclusivamente qualquer população que nao fosse a santomense…

    Certo é que os Caboverdianos revelaram (como sempre) o seu sentimento para o povo irmão. Todo esforço nulo perdido nas profundesas do mar tropical e como o resultado lá se afund(ara)ou o(s) malfeitores.

    Tal como diz a sabedoria popular “MUCLU FÉ CHITXI MATÁ SUN DÊ Ê CÁ PÓTÓ NI SON PLUMÊ” e não tardou a resposta popular que marca a mais uma vez a história entre várias outras ESTÓRIAS “fé dô de bem, fé da ubwê dê.”

    Mas, o mais entristesse são as nnossa crianças e os mais desfavorecidos que diriamente sofrem em consequência das acções maléficas… E como sempre a culpa more solteira.

    São Lima, apareça mais vezes e vai desenferrujando a tua caneta em prol do (re)conhecimento social. Benvinda…

  8. ct

    11 de Outubro de 2010 at 8:03

    Abel, censuras-ti o meu comentário né.
    Atenção……..vejo os comentários aqui com mesmo nível de linguagem

  9. QUINTINO

    11 de Outubro de 2010 at 9:53

    DESCULPA ME A POEIRA, A DONA SÃO DEUS LIMA TENS MUITA QUALIDADE NO SEU PROFISSIONALISMO, TENS CERTEZA OU ESTAS SEGURA NAQUILO QUE DISSESTE? A CAUSA DA DERROTA FORAM SOBEJAMENTE CONHECIDO E O MLSTPs E PDCs ESTÃO CONSCIENTE, O NAVIO MICAU É SUPOSTAMENTE OUTRA CAUSA. OS MLSTPs/PCDs VÃO PAGAR PELO ERRO SUCESSIVO COMETIDO AO POVO HUMILDES DESSES ILHAS. HOUVE MUITA BARBARIDADE COMETIDA NESTE PAÍS APÓS INDEPENDÊNCIA. E POVO FINALMENTE JÁ COMEÇOU A ABRIR OS OLHOS E A JULGAR OS COXOS E AMPUTADOS DESTE PAÍS.

    VIVA UMA DAS MELHOR JORNALISTA DESSAS ILHAS.

  10. Zidane

    11 de Outubro de 2010 at 15:47

    Realmente é estranho. Um governo nas vésperas das eleições, com a faca e queijo na mão, a ver pávido e sereno, todo esse escandalos, casos e acontecimentos referidos aqui, merece mesmo essa derrota.Não sei o que se estava a passar com Rafael.Será conluio?, complicidades? Cansaço? Envolvimento também nesses escândalos? Efectivamente o Rafael revelou ser um político junior.
    Estou de acordo com a São. O Governo de Rafael não foi assim tão mau governo, pois teve muitas iniciativas que se o actual Governo não desperdiçar, poderemos começar a sair da situação dificil em que nos encontramos.A ver vamos

  11. Agapito Mendes Dias

    12 de Outubro de 2010 at 14:23

    São,

    Qual o teu objectivo em publicar artigos desta natureza.

    A quem queres prejudicar ?

    • Ninguém

      14 de Outubro de 2010 at 12:29

      Triste país onde só se pode escrever para prejudicar (ou beneficiar?)alguém.

      Triste país onde o esforço para se ser um livre-pensador se transforma num estigma ou numa maldição.

  12. Madalena

    12 de Outubro de 2010 at 17:19

    Como não houve perdas de vidas humanas, foi muito feliz.
    O banho do Arroz, a estrategia montada a volta disso foi de rir. Uns dias antes das eleições, o arroz que era parto de gente rica e muita posse, passa a ser prato tipico e factor de campanha. Africa deve libertar dos libertadores. Como é possivel um país como o nosso, Arroz ser noticia, onde é que vamos parar!!
    mandioca! inhame, milho(farinha de milho, matola, epepa, cheren, kuskus, milho fervido com coco, papa, kamoca, etc, batata doce, banana, fruta pão, matabala, ene coisas para se alimentar, mas as nossas mentes, mais as dos nossos dirigentes, nos tornaram sem limites na vida. Africa tem que libertar dos libertadores.
    Não devemos gastar dinheiro, para importar:
    Açucar, milho, arroz, oleo, leite, queijo,, carne(suino, vaca, coelho, carneiro e cabra), podemos incluisivo experimentar o trigo que diziam que apenas vegeta e não dá semente, eu não acredito, Africa liberta-se!!
    Podiamos ser um povo mais bem sucedido se não fosse o caracter de gente que nos governa. 35 anos de incompetencia. Africa liberta-se dos libertadores!
    Quando!!!
    Nem o chocolate se ensina a confeccionar, nem nos manuais do liceu, se encontra como se faz o chocolate. Que pena!!
    Africa !! Liberta-se dos libertadores.

  13. Digno de Respeito

    14 de Outubro de 2010 at 2:13

    Não vejo nesta notícia qual indíco de prejudicar quem quer que seja. Entendo que a jornalista apenas fez o seu trabalho. O profissional nesta área deve informar com verdade e imparcialidade (parece-me que é a parte difícil no país porque o interesse pessoal fala mais alto)

  14. Digno de Respeito

    14 de Outubro de 2010 at 2:14

    digo: “indício” (..) de prejudicar

  15. P.F.

    16 de Outubro de 2010 at 19:05

    Coisas & Lugares-Sábado-15 Out.(2010)- Quero congratular-me com o contributo dado aqui neste espaço, pelos Srs(as) que estão a passar por Matabala,Leopardo,E.Santos, a Srª D. Madalena e tantos outros cidadãos anónimos,mulheres e homens de coragem que se têm intervido em quuestões que estão a provocar várias reações como temas de destaque no em S. Tomé e Príncipe. Refiro-me aos titulos do Diário Digital “Tela Non”, onde diz que (O GOVERNO PROCURA SOLUÇÕES PARA GARANTIR REFEIÇÃO PARRA MAIS DE 40 MIL CRIANÇAS) e o caso “MICAU”, respectivamente, um assunto que mereceu nesta tribuna grrandes contestações preocupações e repúdios e aplausos por parte dos através do qual sublinho e subscrevo em baixo e apesar da distancia que nos separa vai daqui os votos de profunda admiração, respeito e parabens,na convicção de que um simples gesto pode fazer a diferênça:
    O Governo procura soluções para garantir refeição para mais de 40 mil crianças e como é a sua obrigação e relativvamentte a esta questão o corre-me a ideia de dizer o seguinte: Com um pouco de imaginação e espírito de sacrifício e de trabalho abnegado chegarremos la.O Governo deve contunuar a mobilizar o País e chamar a todos a participar.Reinventar um novo discurso que premee os que valorizam o mundo de trabalho e não incentive a população a um crónico vício de preguiça e
    o habito assistencialista
    ou seja Pedinte,promovendo iniciativas familiares ou privadas, o coopperativismo e o associativismo, diversificando o sector de agricultura, a pecuária, as pescas e outras áreas produtivas que até agora já deram provas,devolvendo assim, a maior parte da população activa aos campos
    e descentralizando o País, apostando nas melhores vias de acesso e outras infra-estruturas básicas com vista a permitir uma maior centrralidade em articulação com o poder local e outros parceiros, innstitundo Bancos de iddeias, criando para isso, espaços S.O.S, aldeias jovens e a outras formas de cooperativismo, empresas emergentes destinados a planttações e cultivos de produtos e bens alimentares adequados ao abastecimento das cantinas e refeitórios para servir a comunidade escolar em todo o território nacional e ao mesmo tempo fomentar um novo sistema de “SASE”, serviço de apoio ao sistema escolar para facilitar a vida às famílias carenciadas em parceria com as autarquias. Desculpem esta minhha modesta opinião e acho do fundo de coração que é execuível a médio e longo prazo e pode resultar e ajudar-nos a atingir os melhores objectivos e acançar outros patamares de desenvovimento no que se refere a alimmentação das crianças em todas as escolas do País, recuperrando uma das frases da SrªD.Madalena,a quem saudo calorosamente,diz o texto, “AFRICA!!LIBERTA-TE DOS LIBERTADORES.

    MICAU
    Reportando-me agora a questão relacionada com o navio Cabo-verdiano “MICAU”, cumpro o dever de tecer o seguinte comentário:
    Esta é daquelas coisas que ultrapassam o limite das conveniencias. Basta reparar quue somos um povo muito conservador, agarrado ao fantasma do passado e passamos a vida a queixa e a criticar, quando dederiamos guardar as nossas energias para tomar decisões certas nas horas certas e agir em função dos acontecimentos.Qualquuer observador atento que acompanha a vida do nosso País questiona e interroga-se: Os problemas já estão devidamente identificados.Os diagnósticos estão feitos, mas o que é que já fizemos para debelar estes males? Qual tem sido o nosso papel, enquanto cidadão deste maravilhoso País? Reclama-se uma sociedade Cívil organizada e coesa para intervir, atuando em grupo quando se trata de questões e nãonacionais, reagindo em nome do colectivo e não individual, apontando caminho,propostas e soluções quer dentro ou fora,angariando recursos, deixando de lado os interesses partidários e de grupos, respeitando os bens cumuns para resgatar o País do estado em que ele se encontra e as coisas que o enfermam? A ideia que estou a querer pasasr é gerar um movimento de solidariedade para com o País e chamar a atenção as pessoas que nenhum Governo do Mundo que consigue fazer tudo sem ajuda da oposição e do povo que o elegeu nas urnas e estes por sua vez estarao aqui para pedir contas e fiscalizar as suas acções ou sacionar se for o caso.Fica a promessa de que no próximo trabalho debruçarei sobre um tema relacionado com o empreendedorismo social e inovador tecnológico.Porque o País precisava de um jornal assim.Até lá,um bem haja.

    Coisas & Lugares
    Lisboa,16/10/2010

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